quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Gripe Suína

Casos suspeitos chegam a 742 no RN
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou ontem, novo boletim epidemiológico da Influenza A (H1N1) no Rio Grande do Norte. Segundo os dados informados, o Estado permanece com 90 casos confirmados, dos quais 12 óbitos, e o total de descartados continua em 173, dos quais 6 óbitos. Já a quantidade de notificações contou com um acréscimo de 137 casos, passando para um total de 1005.
Dessa forma, o número de casos suspeitos aumentou para 742, mas permanece em 8 o total de óbitos à espera de resultados laboratoriais. Segundo a técnica responsável pela Vigilância da Influenza no RN, Stella Leal, o aumento de casos notificados não significa que estes necessariamente ocorreram nesta última semana, mas, apenas, que nesse período os dados foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Além disso, a técnica informou que a maior parte dos pacientes suspeitos já se encontra curada, fora da fase sintomática, somente aguardando os resultados dos exames.
Boletim
As informações do boletim baseiam-se nos registros recebidos pelas Unidades de Resposta Rápida (URR) da Sesap e da Secretaria Municipal de Saúde de Natal. Esses números referem-se às notificações realizadas desde a última semana do mês de abril deste ano, quando foram informados e processados no Sinan os primeiros casos de gripe A no Estado.
Fonte: jornal Diário de Natal - 23/12/2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Saúde Pública

Prefeitura será responsável por surto de dengue
“A responsabilidade por um novo surto da doença é da prefeitura”, afirma a diretora da Regional do Sindsaúde de Mossoró, Ana Melo. De acordo com ela, os agentes de endemias enfrentam uma pesada carga de trabalho e não possuem as condições necessárias para realizar as visitas, como lanterna, luvas, escada e protetor solar. “Cada agente de endemia é responsável por cobrir entre 800 e 1000 residências. Por dia, somos obrigados a cumprir uma média de 34 casas trabalhadas.”, afirma.
Ainda segundo Ana Melo, a prefeitura favorece a proliferação do mosquito ao não garantir os serviços mais básicos nos bairros pobres. “A falta do saneamento básico e da coleta de lixo são fatores de risco não só para uma epidemia de dengue mas também para várias outras doenças. Em Mossoró só tem bueiro aberto.”, denuncia a diretora.
Como se não bastassem as péssimas condições de trabalho, a prefeitura e o Sindserpum querem derrubar a decisão dos agentes de endemias de trabalhar em horário corrido, das 7h às 13h, por causa da retirada do auxílio-transporte em agosto desse ano. A prefeitura alega que, nesse horário, várias casas deixam de ser visitadas porque muitas pessoas estão almoçando quando os agentes chegam e não querem interromper a refeição por causa da vistoria.
Entretanto, os agentes de endemias dizem o contrário. Com o horário corrido, eles conseguem visitar casas que, em geral, estavam fechadas à tarde. Quanto ao constrangimento de interromper o almoço das pessoas, o agente de endemias Marcelo Salazar, 27, rebate: “As pessoas não se incomodam com a gente. Até nos chamam para almoçar. Somos bem recebidos nas casas.”.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Meio ambiente

Socialismo ou catástrofe ambiental?


Por Gilberto Marques, de Belém (PA)



O relatório de 2001 do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) concluiu que “a humanidade vem saqueando a terra”. A conclusão foi feita depois da constatação da elevação da temperatura terrestre e dos problemas ambientais, provocados pela emissão crescente de gases poluentes na atmosfera.

Qual o caminho a seguir no debate sobre o meio ambiente?
Desde o final dos anos 1960, abriu-se uma forte discussão sobre a problemática ambiental e as medidas para sua solução. O relatório do Clube de Roma e a Conferência de Estocolmo, ambos de 1972, defenderam que se deveria limitar o crescimento econômico. Em 1973, o diretor de meio ambiente da ONU, Maurice Strong, apresentou o conceito de ecodesenvolvimento que subsidiou a elaboração das propostas de desenvolvimento sustentável: crescimento econômico com preservação ambiental e solidariedade entre os países.


Outros encontros mundiais foram realizados, como o Eco 92, no Rio de Janeiro, e documentos assinados: o relatório de Brundtland da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Protocolo de Kioto para redução da emissão de gases poluentes. Propostas reformistas, insuficientes para resolver o desequilíbrio ecológico mundial. Kioto sequer foi aceito pelos Estados Unidos, nação responsável por grande parte da devastação.


Para compreendermos o fracasso dessas propostas, é preciso entender a lógica da produção capitalista. A maioria da população não dispõe dos meios de produção para a sua manutenção. Para não morrer de fome, tem de vender sua força de trabalho e receber em troca apenas uma parte da riqueza que produziu. Isso possibilita o lucro do capitalista e a miséria para a ampla maioria da população mundial.


Para aumentar seus lucros, o capitalista tem de aumentar cada vez mais sua produção e fazer com que as pessoas consumam cada dia mais. A corrida intransigente pelo lucro leva a uma universalização crescente das necessidades, que se traduz em consumo crescente e apropriação acelerada da natureza. Isso faz com que o ritmo da produção supere em muito o ritmo da natureza em se recompor.


Assim, não é a humanidade que está saqueando a natureza. Fundamentalmente, a burguesia saqueia o meio ambiente e seu principal componente, o trabalhador. É por isso que 862 milhões de pessoas passam fome permanentemente, sendo que em situações de crise os famintos chegam a dois bilhões.

Amazônia, desenvolvimento sustentável e capitalismo
É possível haver desenvolvimento sustentável no capitalismo? E solidariedade verdadeira entre países imperialistas e subdesenvolvidos? Vejamos essas questões analisando o caso amazônico.


Uma área maior que a França já foi derrubada na Amazônia, o que leva alguns cientistas a afirmar que a floresta pode desaparecer em 30 ou 40 anos. Segundo o Inpe, entre agosto de 2007 e julho de 2008 o desmatamento na Amazônia foi de 11.968 quilômetros quadrados. Diante disso, Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, afirmou que, “ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia pertence a todos nós”. Já o jornal britânico The Independent escreveu que “a Amazônia é muito importante para ser deixada com os brasileiros”.


As atividades que mais desmatam são aquelas relacionadas com pecuária, soja e madeireiras. Qual o destino dessa produção? O envio como produto de exportação para abastecer o mercado mundial. A soja plantada no norte do Mato Grosso e no sul do Pará serve de ração para o gado europeu, ou seja, os países ditos ecologicamente corretos criam seus gados confinados porque são alimentados com a soja que derruba as árvores da Amazônia.


As grandes multinacionais da mineração estão explorando em ritmo assustador as imensas reservas minerais da região e os principais laboratórios farmacêuticos mundiais extraem a biodiversidade amazônica para produzir seus produtos. Enquanto o presidente Lula faz discursos críticos sobre a devastação, seu governo continua apoiando financeiramente o agronegócio e as multinacionais mineradoras.

Socialismo e meio ambiente
O capitalismo é ecologicamente insustentável. O padrão das sociedades industriais imperialistas, seu consumo e sua produção destroem a multiplicidade das espécies, fazendo com que o ambiente natural, ao se tornar mais uniforme e menos articulado, se apresente mais sensível a choques externos, o que pode fazer desaparecer o sistema como um todo.


A crise econômica mundial desnudou ainda mais esse modo de produção. Segundo um estudo do governo britânico, seriam necessários US$ 540 bilhões para controlar a emissão dos gases que produzem o efeito estufa. “Não há dinheiro para isso”, é o que dizem os governos imperialistas. Mas apenas na semana de 12 a 18 de outubro de 2008 eles injetaram US$ 4 trilhões para salvar empresas e bancos.


Por isso, não basta defender a preservação sem ter claro que as questões ambientais só podem ser verdadeiramente compreendidas no plano da luta de classes e antiimperialista. No capitalismo, reformas parciais são totalmente insuficientes, mesmo do ponto de vista ambiental. O dilema entre socialismo ou barbárie vale também para a problemática ambiental.


O fim da exploração irracional dos recursos do planeta só pode ser alcançado por um mundo socialista, baseado na propriedade social dos meios de produção e no planejamento econômico que garanta a racionalização da exploração dos recursos do planeta. A revolução socialista não é nossa única possibilidade, mas é a única chance de salvar a vida humana e o meio ambiente.


Denúncia

Assédio Moral é crime!


No exercício de suas funções, o trabalhador pode sofrer Assédio Moral de diversas formas por parte dos chefes. As mais comuns são: isolar o trabalhador do grupo sem dar explicação, desmoralizar publicamente, fazer piadas e divulgar boatos sobre o funcionário, impedir que os trabalhadores conversem. Humilhar e constranger é Assédio Moral.


O Assédio Moral piora as condições de trabalho e causa prejuízos emocionais. Nas próximas semanas, a Regional do Sindsaúde de Mossoró vai iniciar uma campanha de esclarecimento sobre o que é Assédio Moral e como identificá-lo. O sindicato fará um cartaz e um boletim especial para melhor informar os trabalhadores da saúde sobre o tema, além de incentivar denúncias junto ao Ministério Público do Trabalho. Assédio Moral é crime! Ligue para 3316-1419 e denuncie!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Gripe Suína

Gerência da saúde alerta que vírus da gripe H1N1 circula no município

Foram notificados até agora 79 casos da gripe suína no Estado do Rio Grande do Norte. Segundo relatório da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), foram registrados dez óbitos, sendo um, em Mossoró.

O médico e coordenador do grupo de acompanhamento ao H1N1 em Mossoró, Luiz Gomes, explicou que o vírus da gripe suína já tem circulação em todo o país, e que a sua presença em Mossoró já era esperada, uma vez que o vírus é rápido na sua propagação. Por isso, a Gerência da Saúde, através do Departamento de Vigilância à Saúde, emitiu orientação à população sobre os cuidados para evitar o contágio pelo vírus H1N1, transmissor da gripe suína.

A principal, segundo Luiz Gomes, é que as pessoas que estiverem gripadas evitem circular em locais de aglomeração, pois o vírus da gripe tem maior facilidade de circulação nestas condições. "Quem apresentar sintomas da gripe, como febre, tosse e dor de cabeça, devem procurar orientação médica imediatamente", alertou o coordenador do grupo sobre o H1N1.

Em Mossoró, o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) é a unidade médica de referência para a coleta de material para diagnóstico da doença. Porém, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão habilitadas a atender pacientes com suspeitas de H1N1. O médico também faz questão de tranquilizar a população, afirmando que "não há motivo para pânico, mas as pessoas devem, sim, ter cuidados para evitar contraírem a doença", frisa o médico Luiz Gomes.

A Gripe A se transmite com muita facilidade entre seres humanos, através de fluídos como a saliva, pela via aérea, pelo contato estreito entre mucosas bucais ou mediante a mão e boca do indivíduo afetado. Por isso, é importante evitar coçar os olhos, ou levar os dedos à boca. Sobretudo, é importante lembrar que uma pessoa que tenha uma vida saudável e venha se contaminar provavelmente terá uma recuperação mais satisfatória que pessoas de vida desregrada.
Fonte: jornal O mossoroense - 04/12/09

Humor

CHARGE

Retirado do jornal O mossoroense - 04/12/09