quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Que venha 2012!


Boas festas e um Ano Novo de lutas e vitórias

Em 2011 vimos uma impressionante retomada de lutas no mundo e, ainda em que menor escala, no Brasi

l a classe operária esteve à frente de greves no decorrer de todo o ano enfrentando patrões e o governo. Vimos também a CSP-Conlutas, a nossa Central, presente em cada uma dessas mobilizações.


Em 2012, acreditamos que as lutas vão continuar. A nossa Central continuará em cada uma delas e ajudará a impulsioná-las por meio do fortalecimento da organização de base.

A CSP-Conlutas é construída pelos trabalhadores organizados em seus locais de trabalho, nas universidades, nas escolas, na luta pela moradia, nas lutas contra a opressão.

Queremos agradecer a cada um que em 2011, por meio de sua atuação, ajudou a construir a CSP-Conlutas. E é com a confiança em cada um de vocês, que clamamos: Que venha 2012, um ano de lutas e vitórias. E, assim, como o slogan do 1º Congresso Nacional da Central, reafirmamos: “O futuro é grande… Vamos de mãos dadas”.

Boas festas!


Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Sindsaúde acusa HRTM de substituir funcionários em greve por servidores sem vínculo com o Estado

O Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) protocolou ontem, 26, no Ministério Público (MP), uma denúncia contra o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), afirmando que a unidade está substituindo os trabalhadores que estão em greve desde a semana passada por profissionais sem vínculo com o Estado ou com a empresa terceirizada JMT.

De acordo com João Morais, diretor regional do Sindsaúde/RN, o ato desrespeita a constituição, uma vez que o servidor público só pode exercer suas funções através de concurso público ou empresa que tenha ganho licitação para prestação de serviços terceirizados.

"Não se pode colocar um funcionário para trabalhar sem ser concursado ou ligado a uma empresa terceirizada, e a greve não é total, mas sim parcial, mais do que os 30% dos funcionários previstos por lei estão mantidos", destaca João Morais.

Segundo o diretor regional do Sindsaúde/RN, a substituição dos funcionários em greve por trabalhadores sem vínculo com o governo ou com a JMT foi verificada na última sexta-feira, 23, durante o ato público promovido pelo sindicato no HRTM.

"Nós percebemos que o maqueiro não era funcionário da empresa, assim como o pessoal da copa, e hoje (ontem), protocolamos a denúncia junto ao Ministério Público", diz João Morais, complementando que hoje, 27, a partir das 9h, um novo ato público em frente ao Tarcísio Maia está programado.

Em conversa com a equipe do jornal O Mossoroense, o diretor-geral do HRTM, Ney Robson, afirmou que a contratação dos servidores terceirizados é realizada diretamente entre a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a JMT.

"Nós não temos conhecimento sobre essa informação prestada pelo sindicato. O hospital não tem controle sobre esses funcionários. O que nós temos ciência é do repasse do Estado para a empresa", explica Ney Robson, acrescentando: "Cerca de 90% dos funcionários já estão trabalhando, e até quarta-feira o pagamento estará normalizado, inclusive o 13° salário", conclui.

Fonte: O Mossoroense - 27/12/2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Uma chaga social em meio ao desenvolvimento

Mossoró - A paisagem vista da janela da casa de dona Edineide Evarista da Silva não reflete em nada o desenvolvimento estampado em revistas nacionais. Pelo contrário: o amontoado de lixo responsável pela fedentina do lugar e o entrelaçado de fios que levam clandestinamente a energia para os casebres da favela do Tranquilim (Zona Leste) são a moldura de uma realidade comum a 133 famílias que vivem em Mossoró sem nenhuma renda fixa por mês. Mãe de três filhos, sendo um com 18 anos, seguido pelo segundo de 13 e o caçula de 8 anos de idade, a renda da família é extraída do trabalho do patriarca Francisco da Silva Lima que se desdobra viajando pelas cidades da vizinhança em busca de uma vaga nas empresas que aplicam calçamento. Para conseguir, em média, 700 reais por mês, ele precisa aplicar mil metros de pedras, o que lhe consume praticamente um trabalho de segunda a segunda.

"E isso é quando tem emprego, porque acontece de não aparecer nada e aí, só mesmo o dinheiro que minha esposa recebe", completa ele se referindo aos benefícios de transferência de renda do Governo Federal que ajudam a complementar a renda familiar, quando não acaba sendo a única no mês. Para desafogar as despesas, o filho primogênito já não mora mais em casa, hoje está com uns parentes na cidade de Areia Branca.

O segundo e o caçula se criaram na vida à mercê dos serviços públicos, quando esses chegam até a família de seu Francisco e dona Edineide, que dividem com as outras 145 famílias do Tranquilim a esperança da criação de um conjunto habitacional que os resgatam daquela situação. Enquanto esse dia não chega, seu Francisco precisa percorrer quase 700 metros para conseguir três galões de água que abastece a família, o trajeto se repete em dias intercalados.

"Já vieram aqui prometendo nos tirar pra outra região, mas isso já faz sete anos que escutamos e nunca aconteceu", diz seu Francisco reclamando ainda do amontoado de lixo e da falta de abastecimento de água. Resta aos pais apostarem na educação dos filhos, que frequentam uma unidade perto da localidade. No entanto, essa realidade não é comum a todos porque alguns relataram que tiveram que retirar o filho da escola para poder ajudar na renda da família.

Ontem, a noite de Natal não foi muito diferente para essas famílias: "é só mais uma noite", exclamou o patriarca sem muita esperança de que o ano novo que se anuncia trará grandes mudanças para a família. "Aqui a gente tenta reunir os filhos, come o misturado que tem e depois vai dormir, sem saber direito o que vai ter na panela no outro dia", finaliza ele.

Levantamento aponta pobreza em Mossoró
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta uma radiografia das condições de famílias que residem em aglomerados subnormais. Nessa subnormalidade estão inclusos os assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros, que somam 46 comunidades no Rio Grande do Norte distribuídas apenas entre a capital e Mossoró. Aqui, refletem essa realidade as comunidades da Favela do Fio (zona oeste), Forno Velho (zona sul), Santa Helena (zona norte), Tranquilim (leste) e Wilson Rosado (zona oeste).

Em média, as casas são resididas por, em média, 3,7 pessoas, no entanto, na Favela do Fio está a média é bem superior e chega a 4,4 pessoas por cada lar, sendo, inclusive, o maior percentual entre todas as favelas do Estado. Existem pouco mais de 1.600 residências subnormais em Mossoró. Entre esses domicílios, apenas 76% dispõem de abastecimento de água, enquanto na capital esse índice chega a 96%. Quando o critério é energia elétrica, enquanto 80% do Estado está abastecido, apenas 77% dos moradores em aglomerados subnormais de Mossoró tem energia elétrica instalada.

De acordo com o IBGE, existem no Rio Grande do Norte 86.718 pessoas morando em condições precárias, das quais, 5.977 em Mossoró, onde a renda mediana dos moradores é de R$ 68, o que configura estado de indigência.

Fonte: Jornal de Fato - 25/12/2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Funcionários da limpeza do HRTM realizam nova greve

Os servidores terceirizados para o serviço de higienização dos hospitais de Mossoró e região decretaram greve por tempo indeterminado na manhã de ontem. Os funcionários cobram o pagamento dos meses de salário atrasados, além do 13º salário. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Mossoró (SINDSAÚDE), João Morais, a empresa alega que não está pagando os funcionários porque não recebeu o repasse da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP).

O procurador-geral do Estado, Miguel Josino, afirmou que participou na tarde de ontem de uma reunião com o secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, e com representantes da empresa fornecedora de mão-de-obra terceirizada, na qual ficou acordado que o pagamento do 13º salário e dos dois meses em atraso será efetuado na próxima terça-feira.

Miguel Josino disse ainda que o Estado não tem nenhuma fatura em aberto além da referente ao mês de dezembro. O procurador também confirmou que existe um pagamento em aberto referente ao ano passado.

O representante da empresa terceirizada, Jonas Alves, afirma que o governo está devendo novembro e dezembro, além das faturas referentes aos três últimos meses de 2010. Jonas Alves afirma que a empresa está devendo apenas o décimo dos fu
ncionários, e não os dois meses, como a categoria afirma.

Fonte: Jornal de Fato - 22/12/2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mais uma vez...

TERCEIRIZADOS DO HRTM ENTRAM EM GREVE CONTRA ATRASO DE SALÁRIO

Reunidos em assembleia na manhã desta quinta-feira, dia 22, os trabalhadores da JMT Service, empresa terceirizada que presta serviço de locação de mão de obra ao governo do Rio Grande do Norte, decidiram paralisar todas as suas atividades no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró. Auxiliares de serviços gerais, copeiros e maqueiros cruzaram os braços em protesto contra o não pagamento dos salários de outubro e novembro, além do décimo terceiro, que deveria ter sido pago no último dia 20.

Revoltados com o desrespeito da empresa e do Governo de Rosalba Ciarlini (DEM), os funcionários estão decididos a só voltar ao trabalho com a quitação completa do débito. Segundo os próprios terceirizados, a empresa JMT justificou o atraso dos pagamentos afirmando que o governo do estado não tem feito o repasse dos recursos regularmente. O Sindsaúde Regional de Mossoró está à frente da organização da greve.

Adeus 2011

SINDSAÚDE MOSSORÓ REÚNE SÓCIOS EM FESTA DE FIM DE ANO

Na noite do último dia 16 de dezembro, o Sindsaúde Regional de Mossoró realizou a tradicional festa de fim de ano do sindicato. A comemoração ocorreu na AABB e reuniu uma grande quantidade de trabalhadores da saúde e seus familiares. Animada pela banda Caceteiros do Forró, a festa não deixou faltar comida e bebida para os sócios. "Após mais um ano de muita luta de nossa categoria, nada mais justo do que esse momento de descontração entre todos os trabalhadores da saúde de nossa regional. Afinal, são essas pessoas que fazem a saúde pública funcionar, mesmo com o descaso e os ataques do governo do estado aos nossos direitos. Mas estaremos preparados para os desafios do próximo ano.", comentou João Morais, diretor do Sindsaúde Mossoró.

Abaixo, veja fotos da festa de fim de ano.






































segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

UM ANO INESQUECÍVEL PARA OS TRABALHADORES DO MUNDO

Esse é o momento em que as pessoas refletem sobre o ano que está acabando, mas, também, sobre o que está vindo. Alegrias e tristezas, esperanças e frustrações. Momentos muito diferentes, cheios de significados, bons ou ruins. A tradição natalina projeta uma alegria artificial e muitas vezes inexistente. Mas o décimo terceiro salário e as férias (para os quem têm) tornam o fim de ano mais agradável para muitos.

É hora também de pensar coletivamente no futuro. Queremos nos dirigir aos ativistas que acompanharam junto conosco as lutas durante 2011. Com certeza, você viu as revoluções no Norte da África e do Oriente Médio. Deve ter se emocionado junto com a gente ao ver as vitórias dos trabalhadores, que derrubaram ditaduras no Egito e na Tunísia. E, agora, torce pelas novas lutas contra o governo militar egípcio.

Você também acompanhou a revolução na Líbia e o debate em relação ao ditador Kadafi. Viu como nós estivemos na defesa do levante popular contra a ditadura e pôde comprovar que, desde o início, nos colocamos contra a interferência dos EUA e de governos europeus na Líbia. Na realidade, estes governos nunca tiveram a mínima preocupação com a democracia. Por isso, apoiaram Kadafi enquanto ele mantinha uma ditadura firme e assegurava o controle das empresas multinacionais sobre o petróleo líbio. Só passaram para a oposição quando os trabalhadores se rebelaram diretamente contra o ditador, para tentar manter seu controle sobre o petróleo.

A situação na Europa deve ter alertado a todos sobre a dimensão histórica que a crise econômica está tomando. Uma situação que, hoje, se traduz em mobilizações radicalizadas dos trabalhadores e crises políticas. O capitalismo se aproveitou da queda das ditaduras stalinistas no Leste Europeu para comemorar a “morte do socialismo”. Agora, a crise econômica recoloca a discussão da necessidade do socialismo para o mundo.

Como não podia deixar de ser, você também viu a evolução do governo Dilma. Grande parte dos trabalhadores segue apoiando o governo. Mas os ativistas que estiveram à frente das lutas metalúrgicas, da construção civil, de professores, dos Correios, dos bancários e do funcionalismo público podem tirar suas próprias conclusões. De que lado estava o governo? Ao lado das greves, contra os patrões? Ou em defesa dos patrões, usando até a repressão para derrotar os trabalhadores?

O ano de 2011 dificilmente poderá ser esquecido. É o momento em que a crise econômica internacional se juntou a grandes mobilizações populares em muitas partes do mundo. A revolução e o socialismo começam a voltar ao primeiro plano das discussões. Agora, é hora de pensar em 2012 e no futuro. Um mundo para os trabalhadores ou para os exploradores?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Mossoró: Dengue atinge mais de 1.500 pessoas neste ano

Entra e sai ano, e a dengue continua a preocupar em Mossoró. Já são 2.978 casos notificados e 1.518 confirmados este ano (janeiro a 24 de novembro), e a situação ainda pode piorar. O alerta é do Ministério da Saúde: Mossoró está entre os 48 municípios brasileiros com risco de epidemia de dengue, segundo levantamento oficial divulgado há uma semana.

Em Mossoró, os casos confirmados este ano superam os de 2010 e já houve morte por dengue em 2011, segundo o Departamento de Vigilância à Saúde do Município. A situação preocupa porque a rede de enfrentamento à dengue se mostra ineficiente. A população não contribui como deveria, segundo autoridades sanitárias, e não há profissionais suficientes.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) denuncia que os agentes de endemias estão sobrecarregados no trabalho de campo contra a doença. Até a recente convocação de 34 agentes não resolve a carência desses profissionais nem fortalece o combate à dengue em Mossoró, haja vista o tamanho da necessidade.

A quantidade continuará insuficiente para cobertura da cidade, segundo o Sindsaúde. A Lei Municipal 922/06 determina 170 agentes de endemias em campo em Mossoró. A convocação dos 34 aumenta o efetivo para 85 agentes, 50% da lei, ou seja, metade do necessário para eficiente combate à dengue em Mossoró. E houve ainda exoneração de agentes com contratos provisórios.

Com isso, 59 áreas continuam descobertas em Mossoró, cada uma com entre 800 e mil imóveis, segundo o Sindsaúde. Ou seja, cerca de 50 mil imóveis estão sem receber visitas dos agentes, tornando-se candidatos a criadouros do mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti. Os agentes trabalham na forma de arrastão para não deixar a população totalmente desprotegida.

Enquanto isso, a dengue avança e preocupa em Mossoró. Pelos números oficiais, 28 pacientes de dengue sofreram graves complicações e nove contraíram a forma hemorrágica da doença. Mas a situação é bem mais grave, porque há casos não comunicados aos órgãos sanitários, principalmente, na periferia e zona rural. Não aparecem nas estatísticas oficiais.

RISCO
No último dia 5, o Ministério da Saúde divulgou os mais recentes dados do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), que não identifica os casos de dengue no país, mas mostra em quais cidades há mais focos do mosquito transmissor. Dos 48 municípios em situação de risco para epidemia, dois são do RN: Mossoró e Currais Novos.

As cidades com mais de 4% de infestação (quantidade de casas infectadas a cada 100 residências) são consideradas em risco, de acordo com padrões internacionais. Mossoró está com índice de 4,6%. E nos últimos anos, a cidade sempre aparece entre as que mais têm risco de surto de dengue no Brasil e no Estado, o que leva a crer que dengue é algo crônico em Mossoró.

Cerca de 85% dos focos estão dentro das residências
Com a insuficiência de agentes de endemias e a proximidade do período chuvoso em Mossoró, torna-se ainda mais importante a participação na comunidade no combate à dengue, cuja ferramenta mais eficiente continua sendo a prevenção. O Departamento de Vigilância à Saúde recomenda medidas simples para evitar focos.

É o caso de não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nos pneus para evitar o acúmulo de água. Também não se deve deixar água acumulada sobre a laje da residência nem nas calhas, que onde deve se remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.

Outro cuidado importante é com a vasilha embaixo dos vasos de plantas, que não podem ter água parada e que têm que ficar secas ou cobertas com areia. As caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas, como também qualquer outro tipo de reservatório de água.

Vasilhas que servem para animais não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar. Garrafas ou latas ou copos devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados, devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado), entre outras medidas para se evitar acúmulo de água.

População é convocada a ajudar na prevenção
O avanço da dengue em Mossoró não decorre apenas da insuficiência de pessoal para combate de campo à doença. A população também tem sua parcela de culpa, porque, segundo o Departamento de Vigilância à Saúde do Município, mais de 85% dos focos do mosquito transmissor estão nas residências, principalmente nos tonéis e potes.

É que, devido a falhas no sistema de abastecimento de água ou até por questões culturais, muitas famílias ainda armazenam água potável em tonéis, criando condições ideais para proliferação do Aedes aegypti: água parada e limpa. Somam-se a isso condições climáticas favoráveis, como chuvas seguidas de sol, que devem se intensificar a partir de janeiro.

Na tentativa de conter a doença, o Programa de Controle à Dengue em Mossoró pretente intensificar ações para os próximos meses, período chuvoso, quando os focos do mosquito aumentam de forma considerável. A ênfase será novamente na educação, a fim de reforçar na comunidade a necessidade de evitar criadouros do mosquito nas suas próprias casas.

Fonte: O Mossoroense - 11/12/2011

Deu na Imprensa

Hospital Regional Tarcísio Maia permanece com carência de ortopedistas e anestesiologista

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) continua a enfrentar carência de médicos especialistas. A escala de plantões não está fechada, cujas lacunas provocam ausências de profissionais de várias especialidades para atendimento de urgência e emergência, função do hospital que atende a pacientes de Mossoró e de vários municípios do interior.

As principais carências do Hospital Tarcísio Maia permanecem sendo ortopedia e anestesiologia. A ausência desses profissionais deixa pacientes e vítimas de acidentes automobilísticos e outros traumas sem atendimento: cirurgias não são realizadas e as vítimas chegam a ficar horas agonizando em busca de atendimento pelo Sistema Único de Saúde.

O setor de pediatria é outro gargalo, o que deixa sem atendimento milhares de crianças carentes, que não conseguem atendimento adequado nem mesmo na rede privada. Recentemente, a única clínica pediátrica de Mossoró, a Uniped, encerrou suas atividades e aumentou a carência de atendimento médico a crianças em Mossoró.

Segundo especialistas, o problema é a má distribuição de médicos no Rio Grande do Norte. A maioria está concentrada na região metropolitana. Dos 103 anestesiologistas no Estado, apenas 11 trabalham em Mossoró. Dos 56 ortopedistas do Rio Grande do Norte, somente 11 atuam em Mossoró. E apenas 12 dos 197 pediatras atendem na cidade.

Fonte: O Mossoroense - 15/12/2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mossoró

SERVIDORES ESTADUAIS DENUNCIAM DESCASO NA SAÚDE

No Rio Grande do Norte, sob o comando da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), a saúde pública vive um drama atrás do outro. Não bastasse a falta de profissionais, as macas nos corredores dos hospitais, os baixos salários e o não pagamento de direitos, o abandono da saúde atinge agora os aspectos mais básicos das unidades. Em Mossoró, há pelo menos três meses, não há internet no hospital Rafael Fernandes, no Laboratório Regional (LAREM), no Banco de Leite, no Hemocentro e no Laboratório de Citopatologia. Já os motoristas das ambulâncias de Assú, Apodi e do hospital Tarcísio Maia tiveram suas diárias (dinheiro para alimentação quando viajam) cortadas pelo governo há dois meses.

A ausência de conexão de internet no sistema de saúde em Mossoró, a exemplo do Hemocentro e do hospital Rafael Fernandes, tem conseqüências graves. Resultados de exames não são enviados e o sangue coletado deixa de ser liberado em função da falta de internet, já que é preciso ter o resultado dos exames para realizar o processo. “Às vezes, só há conexão quando os próprios servidores levam seus modens para o trabalho. Sem isso, não tem como trabalhar. Estamos nessa situação simplesmente porque o governo do estado não está pagando o serviço de internet. Um absurdo.”, denunciou Jussirene Oliveira, diretora do Sindsaúde Mossoró.

Aliado a este problema, está o desrespeito aos motoristas de ambulâncias. A diária de um motorista que precisa viajar de uma cidade a outra para levar sangue, pacientes, remédios e até órgãos custa R$ 35. Há cerca de dois meses a governadora Rosalba cortou esse direito dos trabalhadores, que utilizavam a diária para a alimentação durante as viagens. Antes, os motoristas já sofriam com os atrasos no pagamento do recurso. O resultado é que motoristas de Assú, Apodi e Mossoró vem deixando de realizar suas viagens. Com isso, a população está ficando sem serviços importantes. No Hemocentro, quase não há mais estoque de sangue, já que os veículos não saem para fazer coleta.

Mas esse descaso não é por falta de recursos. Em setembro, o RN bateu recorde de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), fechando o mês com mais de R$ 279 milhões. O aumento foi de 18,7% em relação ao mesmo período de 2010. Entretanto, mesmo com o estado arrecadando mais, a governadora Rosalba Ciarlini mostrou seu cuidado com a saúde pública. Para o orçamento de 2012, vai cortar R$ 17,5 milhões da saúde.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Estado

CARAVANA DO SINDSAÚDE MOSSORÓ VAI A CAICÓ EM DEFESA DOS DIREITOS DOS SERVIDORES DA SAÚDE

A luta contra o desrespeito da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) aos direitos dos servidores estaduais da saúde continua. No dia 9 de novembro, o Sindsaúde Regional de Mossoró participou de uma caravana a Caicó com o objetivo de realizar um ato público em defesa das conquistas dos trabalhadores. O protesto com paralisação de advertência, que contou com a participação de servidores de outros municípios, como Natal e Pau dos Ferros, reuniu cerca de 130 pessoas e mandou um recado ao governo do Rio Grande do Norte. Sem a regularização das dívidas com a categoria e o reajuste salarial, a saúde pública vai parar. Revoltados com as péssimas condições de trabalho nos hospitais e o não pagamento das indenizações (plantões), os trabalhadores fizeram uma caminhada pelas ruas do centro de Caicó, demonstrando muita disposição de luta.

Mais de 30 funcionários do Banco de Leite, Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e Hospital Rafael Fernandes, por exemplo, fizeram parte da caravana de Mossoró. Para a direção do Sindsaúde na região, a caravana mostrou a força dos servidores do estado no município e a vontade da diretoria em mobilizar os trabalhadores. “Nossa tarefa é incentivar e organizar os servidores a lutar por melhores condições de trabalho, reajuste e pagamento de direitos atrasados. Direção de sindicato de luta tem que mobilizar a categoria, e não colocar medo nos trabalhadores, afirmando que outras categorias tiveram suas greves derrotadas. Infelizmente, esse foi o caminho escolhido pela direção do Sindsaúde Estadual (Natal). Mas nós, da Regional Mossoró, vamos no sentido contrário, vamos no caminho da luta.”, disse João Morais, diretor do sindicato em Mossoró.

Os servidores entregaram a pauta de reivindicações ao Estado ainda em maio, mas até agora não conseguiram abrir as negociações. Os trabalhadores pedem um reajuste de 7,1% (inflação acumulada até abril 2011), reajustes nas gratificações, convocação de concursados e melhores condições de trabalho.