sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Organizando a luta

Segundo encontro dos agentes de saúde e de endemias de Mossoró reúne mais de 200 trabalhadores e aprova dia de paralisação estadual

Auditório lotado. Mais de 200 agentes.
Mais de 200 trabalhadores participaram do 2º encontro de agentes de saúde e de endemias de Mossoró, realizado nesta quinta-feira (27), no auditório do Sesi. Organizado pelo Sindsaúde/RN – Regional de Mossoró, o evento debateu a atual luta dos agentes pela aprovação do Piso Nacional da categoria, no valor de dois salários mínimos, e aprovou uma paralisação estadual para o dia 6 de dezembro, com um ato público na Governadoria, em Natal.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Vídeo

Sindsaúde/RN Mossoró: Lutando a gente faz história

Vídeo mostra as lutas travadas pelos agentes de saúde e de endemias de Mossoró/RN, entre os anos de 2005 e 2012, tendo à frente o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública de Mossoró/RN (Sindsaúde). Só quem luta faz história!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

II Encontro dos Agentes de Saúde e de Endemias

Confira a programação do evento

Tema: União, Luta e Conquista do Piso Nacional dos Agentes.

8h - Abertura:
Apresentação de vídeos de atos públicos e de slides de mobilizações dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, realizados pelo Sindsaúde de Mossoró, em defesa dos direitos da categoria.

9h - Formação de Mesa com Diretores e Convidados
10h - Palestra com Damião Braz: diretor da Confederação Nacional dos Agentes (Conacs).
11h - Intervenções de 3 minutos por pessoa.

12h - Almoço

13h Palestra com Priscila Costa: diretora do Sindicato dos servidores de Itabira (MG).
14h - Intervenções de 3 minutos por pessoas.
15h - Assembleia para tirada de deliberações.

O Encontro acontece nesta quinta-feira, dia 27, a partir das 8 horas, no Sesi.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Atenção, Agentes de Saúde e de Endemias!

Pesquisa do IBGE revela

Mais da metade das famílias potiguares vive com até dois salários mínimos

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/2011), divulgada neste dia 22 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou o que os trabalhadores potiguares já sentem na pele. O Rio Grande do Norte tem uma das maiores concentrações de renda do Nordeste. O estado possui 258 mil (55,4%) famílias vivendo com uma renda de dois salários mínimos. São 258 mil (24,2%) com um salário e outras 18 mil (1,7%) com um rendimento mensal superior a 20 salários mínimos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Caos e abandono

A saúde pública no RN: À espera de um milagre? 

A saúde pública do Rio Grande do Norte vive a maior crise de sua história. Pacientes nos corredores, entubados sem sedativos, desabastecimento completo de remédios e materiais básicos. No maior hospital do estado, todos os dias morrem oito pessoas em média por falta de atendimento adequado

É difícil descrever a situação da saúde pública do Rio Grande do Norte. Entretanto, se fosse possível resumi-la numa só palavra, esta seria “desumana”. A atual crise nos hospitais do estado não possui precedentes nos últimos vinte anos. Há um caos generalizado no setor, com a ausência de leitos, medicamentos e insumos em níveis altíssimos. A maioria dos pacientes está em macas nos corredores, esperando vagas de UTI'’s e sem tratamento digno. Por todas as unidades de saúde, é comum a falta de esparadrapos, sabão e reagentes para exames laboratoriais, por exemplo. Em Natal, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, pacientes são entubados nos corredores, sem sedativos. E esta é apenas uma amostra dos graves problemas vividos pela população pobre na busca por atendimento médico.

No dia 4 de julho deste ano, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) decretou situação de calamidade na saúde pública do Rio Grande do Norte, prometendo solucionar a crise de desabastecimento. Mais de dois meses depois, nada mudou nos hospitais do estado. Pelo menos não para melhor. A cada dia que passa, a situação se agrava ainda mais e uma certeza vai se consolidando: a de que o “Plano de Enfrentamento para os Serviços de Urgência e Emergência do RN”, anunciado pelo governo como a salvação da lavoura, não saiu do discurso. Pior: o decreto de calamidade está servindo apenas para suspender férias e licenças-prêmios dos servidores. O drama da saúde pública, na verdade, tem mostrado o completo desrespeito da governadora Rosalba pela vida da população.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Nacional

STF começa a julgar núcleo político do mensalão

Relator do processo conclui que houve compra de votos no Congresso

Um mês e meio após o início do julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) finalmente começou a julgar o chamado 'núcleo político' do mensalão na tarde desse dia 17 de setembro. José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares respondem por corrupção ativa e estão entre os 23 réus julgados nessa etapa.

O julgamento do núcleo político é a quarta fase dos sete pontos em que a Ação Penal 470 foi dividida. A mais complexa. A grande maioria dos réus envolvidos nas etapas anteriores, que analisou o desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, incluído o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e o publicitário Marcos Valério, foi condenada. Pelo andar da carruagem, é improvável que os dirigentes do PT escapem das condenações.

O partido, com Lula à frente, trabalha agora para evitar o desgaste de terem quadros históricos atrás das grades. Aposta-se na prescrição de alguns crimes para evitar que as penas de conjunto excedam oito anos de prisão, o que levaria ao seu cumprimento em regime fechado.

STF: Houve compra de votos
Nesse primeiro dia de julgamento do núcleo político, o ministro relator do processo, Joaquim Barbosa, concluiu que houve, sim, compra de votos no Congresso Nacional. Durante a 24ª sessão do julgamento, Barbosa descreveu os repasses financeiros realizados pelo PT a diversos partidos e mostrou que eles não se limitaram aos partidos da base aliada, tendo o PP, por exemplo, participado da partilha.

O Partido Progressista era um partido de oposição na época, não havendo razão para o PT repassar recursos para a sigla honrar dívidas de campanha, como afirmava a tese do caixa 2. Tal fato responde também os argumentos de que o mensalão não faria sentido, já que os partidos apontados como beneficiários do esquema já integrariam a base do governo. Os repasses se deram em troca de importantes votações que ocorreriam no plenário.

Segundo depoimento de Delúbio Soares à CPI dos Correios, o PT teria repassado R$ 8 milhões ao PP. O total de recursos repassados aos partidos totalizaria R$ 55 milhões. Tudo via saque do Banco Rural. “Não há qualquer dúvida da existência do esquema de compra de votos”, concluiu Barbosa, apontando votações como a reforma Tributária ou da Previdência, em 2003, como influenciadas pelo esquema do mensalão.

Denúncia pode arrastar Lula ao centro dos escândalos

Para piorar ainda mais a situação do PT, denúncia da revista Veja deste último final de semana traz depoimentos atribuídos a Marcos Valério em que o publicitário acusa Lula de ser o verdadeiro mentor do mensalão. Valério, além disso, afirma que o total de recursos desviados através do esquema do mensalão superaria os R$ 350 milhões, e não os R$ 106 milhões já calculados.

A reportagem foi editada para coincidir com o início do julgamento de Zé Dirceu no STF. Não está claro se os depoimentos de Valério são reais ou não. Uma das hipóteses afirma que o publicitário realmente falou à revista. No entanto, o advogado do réu teria sido contra a publicação, que poderia prejudicar seu cliente que, apesar de condenado, ainda não teve sua sentença anunciada pelo Supremo. O acordo feito com a revista, então, seria que Veja publicaria o conteúdo da entrevista de Marcos Valério sob a forma de “relatos a amigos e parentes”.

Segundo a revista, Valério teria um acordo com o PT, no qual ele se dispunha a não revelar segredos sobre o mensalão em troca da pressão do partido em seu favor no STF. Com sua condenação e a perspectiva de uma pena larga, esse acordo estaria indo por água abaixo. Real ou invenção de Veja, o fato é que a reportagem traz um elemento bastante concreto: Marcos Valério é um bode expiatório e uma caixa preta que, com o passar do tempo, está com cada vez menos a perder.

As eleições, o PT e a direita

Com a corda cada vez mais próxima do pescoço dos figurões do partido, o PT tenta retomar a velha tese do “golpe das elites”. O esquema destrinchado pelo STF e os fartos indícios e evidências apontam, porém, para a existência de um sofisticado esquema de desvio de verbas e compra de votos. Esquema herdado do “valerioduto” articulado para o esquema do mensalão mineiro nas eleições de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas, em 1998.

E tudo isso para quê? Para o PT estabelecer a maioria no Congresso Nacional e poder aprovar projetos como a Lei de Falências (exigida pelo FMI) e a reforma da Previdência do setor público, medida que o governo FHC tentou impor e não conseguiu e que gerou uma greve do funcionalismo e marchas que levaram dezenas de milhares a Brasília em 2003. Ou seja, se é verdade que a oposição de direita, com boa parte da imprensa a tiracolo, exploram politicamente o julgamento do mensalão, também é verdade que o próprio PT cavou o escândalo com as próprias mãos ao se apropriar da política e dos métodos da direita.

O mensalão tucano, aliás, que deu origem ao do PT, está longe de ser julgado e prestes a prescrever.

Justiça será feita?
Mesmo que os réus sejam condenados, é improvável que alguém vá realmente preso. Até hoje o STF condenou cinco deputados e ninguém foi para a cadeia. Também é improvável que os R$ 350 milhões desviados, segundo Marcos Valério, voltem aos cofres públicos ou que as medidas que o próprio STF está reconhecendo que foram aprovadas com mensalão no Congresso, como a reforma da Previdência, sejam anuladas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Nacional

Brasil, um país doente

As filas intermináveis e as horas de espera nos hospitais, a demora de muitos meses para o atendimento de especialistas são partes do cotidiano dos trabalhadores e de todo o povo pobre do país.

Laura, uma jovem de 23 anos, passou por cinco hospitais públicos em São Paulo em busca de atendimento. Enquanto passava de um hospital a outro, o coágulo em sua perna se deslocou para o pulmão. Morreu três dias depois no Hospital das Clínicas. Werley Guimarães caiu do telhado em Brasília (DF). Fraturou várias costelas e entrou em insuficiência respiratória. Necessitava de UTI, mas não havia vagas. A família conseguiu uma liminar na justiça garantindo vaga, mas não adiantou. Werley morreu.

Duas situações
Esses casos ocorreram em Brasília e São Paulo, a capital e a cidade mais rica do Brasil. No restante do país, a situação é muito mais grave. As mortes desnecessárias mostram a face mais brutal do caos na saúde pública. As filas intermináveis e as horas de espera nos hospitais, a demora de muitos meses para o atendimento de especialistas são partes do cotidiano dos trabalhadores e de todo o povo pobre do país.

Mas isso não existe para a elite do país que inclui os grandes empresários, políticos dos grandes partidos e outros. Eles são atendidos rapidamente em hospitais modernos e luxuosos (como o Einstein e o Sírio Libanês, em São Paulo), com especialistas qualificados. Por isso, quando um dos candidatos da oposição de direita ou do bloco governista prometer que tudo será resolvido votando nele, lembre-se disso: eles não precisam da saúde pública. Por isso, a cada ano, a situação fica pior.

Desastre causado pela privatização da saúde
Foi imposto um plano de privatização da saúde no país, sucateando o setor e estimulando os planos privados. Hoje 47,9 milhões de pessoas, 25% da população brasileira, pagam pelos planos de saúde privados. Agora que já conseguiram impor a privatização, esses planos também apresentam enormes problemas, com grandes atrasos nos atendimentos nos hospitais e nas consultas a especialistas. Além disso, ainda “empurram” parte dos pacientes para os já abarrotados hospitais públicos, como nos casos de politraumatizados, pacientes terminais, portadores de HIV e pessoas com transtornos mentais mais severos.

Em julho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – em geral completamente omissa – suspendeu a comercialização de nada menos do que 268 planos de saúde de 37 operadoras. Isso é mais uma comprovação de que, ao contrário do que afirmam os defensores da privatização do atendimento em saúde, a gestão privada não garante os parâmetros necessários para um bom atendimento em saúde.

A pesquisa IBOPE, de maio de 2012, identificou que, mais uma vez, a saúde é a principal preocupação dos brasileiros. Apesar do apoio popular ao governo Dilma, 66% dos entrevistados desaprovam a política de saúde deste mesmo governo.

O problema do financiamento
A Emenda Constitucional número 29 (EC-29) estava em tramitação no Congresso Nacional há vários anos. Havia várias propostas no Congresso quanto à regulamentação do piso de gastos federais de saúde, sendo a mais conhecida a do senador Tião Viana (PT), que propunha um piso mínimo de gastos federais equivalentes a 10% da receita corrente bruta da federação.

Esta proposta, embora não fosse a ideal, permitiria uma importante injeção de gastos federais no SUS. Estima-se que significaria um aumento de nada mais do que R$ 32,5 bilhões de reais ao ano para a saúde em 2016 (acrescido de correção monetária).

Manobras
A realidade, no entanto, foi bem outra. A Lei Complementar 141 (LC 141), sancionada por Dilma no dia 13 de janeiro, define que o orçamento federal da saúde vai variar de acordo com o crescimento do PIB. Todos sabem que o PIB de 2011 foi de medíocres 2,7%, portanto este é o piso de aumento de gastos federais para a saúde para o próximo orçamento federal.

Para piorar, Dilma conseguiu aprovar a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) para até 2015. A DRU permite ao governo tirar da seguridade social até 20% de seu orçamento, transferindo o dinheiro para itens de maior “preocupação governamental” (em outras palavras, pagamento de juros da dívida pública aos banqueiros nacionais e internacionais, que já come cerca de 47% da receita da federação). Para se ter uma ideia do volume de recursos drenados pela DRU, entre 2005 e 2010 foram 228,7 bilhões de reais!

Mais cortes
Para piorar, o ministro da fazenda, Mantega, já anunciou cortes no orçamento deste ano. No caso da saúde, o corte vai ser de R$ 5 bilhões de reais (num orçamento para a saúde federal de R$ 71 bilhões). O resultado de tanta luta e expectativa de melhora do financiamento do SUS deu em nada. Apesar das promessas dos candidatos do PT em defesa da saúde, o que temos de fato é a manutenção da mesma política dos governos da direita (PSDB-DEM). Ou seja, privatização e poucas verbas para a saúde pública.

Qual a solução?
A privatização e o subfinanciamento da saúde tem que acabar. É necessário um sistema 100% público e estatal. O Estado brasileiro, em seus três níveis (federal, estadual e municipal), deve duplicar os gastos com saúde, chegando a pelo menos 6% do PIB (Produto Interno Bruto). Toda verba pública deve ser gasta apenas em saúde dentro do sistema estatal. Todos os hospitais e demais equipamentos precisam ser estatizados.

Texto do médico Ary Blinder, de São Paulo (SP).

sábado, 15 de setembro de 2012

É hora de mudar a direção estadual!

COMISSÃO ELEITORAL DAS ELEIÇÕES DO SINDSAÚDE/RN EM 2012 É APROVADA

A comissão eleitoral que irá organizar as eleições do Sindsaúde/RN em 2012 foi aprovada nesta sexta-feira, dia 14, em assembleia realizada na Secretaria Estadual de Saúde (SESAP). A assembleia reuniu cerca de 320 trabalhadores da saúde e foi marcada por uma forte disputa entre a Oposição CSP-Conlutas na Saúde (junto com o grupo do diretor Paulo Martins) e a maioria da direção estadual do Sindsaúde (Natal). A Oposição propôs que a comissão eleitoral tivesse representações de todas as chapas concorrentes à eleição. Entretanto, como era de se esperar, a maioria da direção do nosso sindicato foi contra, já que deseja ter apenas para si mesma as informações e a condução da eleição.

Na votação, a Oposição venceu num claro contraste de braços levantados. Mas a maioria da direção do Sindsaúde pediu a contagem dos votos um por um. Neste momento, a assembleia aumentou de tamanho. Quando a maioria da direção estadual percebeu o risco de ser derrotada pela Oposição, deu o comando para os servidores dos outros andares do prédio descerem. No final, a maioria da diretoria do Sindsaúde teve 164 votos e a oposição unificada 160. Uma diferença de apenas 4 votos.

A maior parte do público que votou com a maioria da direção estadual era de servidores do nível central da SESAP, servidores do interior, Caicó, Currais Novos, Apodi, São José de Mipibu, Pau dos Ferros e uma minoria do Hospital Santa Catarina e Giselda Trigueiro, de Natal.

Os trabalhadores que votaram com a Oposição eram, na sua maioria, dos hospitais Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Maria Alice Fernandes, servidores municipais e municipalizados de Natal, servidores da Regional de Mossoró e da região de Touros e Macau.

Falta de democracia e manipulação foram mais uma vez utilizadas
Esta assembleia só teve seu edital publicado em jornal quatro dias antes de acontecer. Na maioria das unidades de saúde estaduais e municipais de Natal, os cartazes só foram fixados 1 ou 2 dias antes da assembleia. A escolha do local também não foi à toa, pois a diretoria estadual sempre tem maioria de votos do nível central por apoiar a diferenciação da Gratificação de Produtividade entre o nível central e as unidades de saúde. Com o discurso de que a Oposição quer rebaixar a Gratificação de Produtividade do nível central, a maioria da direção do Sindsaúde sempre realiza as assembleias na SESAP para ter mais votos.

Esta assembleia foi mais um exemplo de como age este grupo que dirige o Sindsaúde. Esconde as informações da maioria dos servidores e privilegia os seus eleitores com informações antecipadas. Estas manipulações colocam sempre este grupo em vantagem em relação às oposições. Assim, a maioria da direção estadual do Sindsaúde impõe sempre a sua vontade, mesmo que esta não represente a vontade da maioria dos sócios.

Unidade entre a oposição demonstrou que é possível derrotar este grupo do Sindsaúde
Mesmo só tomando conhecimento da assembleia com quatro dias de antecedência, a Oposição conseguiu colocar 160 servidores dispostos a mudar os rumos do Sindsaúde. Foram muitas as manifestações de apoio e até palavras de ordem em favor desta mudança. A unidade construída entre a Oposição CSP-Conlutas na Saúde e o grupo de oposição liderado pelo diretor dissidente, Paulo Martins, demonstrou que é possível derrotar este grupo. Ao final, a Oposição saiu fortalecida para enfrentar, nos próximos dois meses de campanha, uma disputa para reverter o atual quadro de paralisia e falta de democracia do sindicato. Esta é uma necessidade dos trabalhadores da saúde e da luta pela saúde pública, estatal e de qualidade.

É possível lutar, é possível vencer! Vamos à vitória por um Sindsaúde de luta e democrático!

Oposição CSP-Conlutas na Saúde


Contatos:
www.facebook.com/oposicaocspconlutasnasaudern
email: oposicaoconlutasnasaudern@hotmail.com

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Saúde Pública

Número de mortos por suicídio chega a um milhão por ano no mundo

Um milhão de pessoas por ano se suicidam, uma quantidade maior que o total de vítimas de guerras e homicídios. O número está no relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em Genebra nesta segunda-feira (10) para marcar a décima edição do Dia Mundial de Prevenção de Suicídio.

A OMS destacou que as taxas de suicídio mais elevadas são a dos países do leste da Europa, como Lituânia ou Rússia, enquanto as mais baixas se situam na América Central e do Sul, em países como Peru, México, Brasil ou Colômbia. Estados Unidos, Europa e Ásia estão na metade da escala. Não há estatísticas sobre o tema em muitos países africanos e do sudeste asiático.

“Uma pessoa se suicida no mundo a cada 40 segundos aproximadamente, ou seja, mais do que o número combinado das vítimas de guerras e homicídios”, informou o relatório da Organização Mundial da Saúde. O número de tentativas de suicídio ainda é muito grande, com 20 milhões de tentativas por ano. Cinco por cento das pessoas no mundo fazem uma tentativa de suicídio pelo menos uma vez em sua vida, segundo a OMS.

O problema está se agravando e o suicídio “se transformou em um problema de saúde muito importante” para a OMS, disse nesta segunda-feira o doutor Shekhar Saxena, ao apresentar esse relatório à imprensa em Genebra. “O suicídio é uma das grandes causas de morte no mundo e durante os últimos anos, sua taxa aumentou em 60% em alguns países”, acrescentou.

O suicídio é a segunda causa de morte no mundo entre os adolescentes de 15 a 19 anos, mas também alcança taxas elevadas entre pessoas mais velhas. A OMS destaca que há três vezes mais suicídios entre homens do que entre mulheres, independente das faixas de idade e os países considerados. Por outro lado, há três vezes mais tentativas de suicídio entre as mulheres que entre os homens.

A disparidade entre as estatísticas é explicada pelo fato que os homens empregam métodos mais radicais que as mulheres para morrer.

Fonte: Carta Capital

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

No Rio Grande do Norte...

CAOS NA SAÚDE CONTINUA!

Rosalba mentiu. Há dois meses, a governadora decretou situação de calamidade na saúde do RN para resolver os problemas do setor. Mas até agora nada mudou. Faltam leitos, medicamentos e insumos.

No dia 4 de julho, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) decretou situação de calamidade na saúde pública do Rio Grande do Norte. Dois meses depois, praticamente nada mudou nos hospitais do estado. O caos continua e os problemas não foram resolvidos, a exemplo da falta de leitos, medicamentos e insumos. Além disso, o decreto é usado para suspender férias e licenças prêmio.

A maioria dos pacientes permanece em macas nos corredores, esperando vagas de UTI's e sem tratamento digno. O tal “Plano de Enfrentamento para os Serviços de Urgência e Emergência do RN” não saiu do discurso.

A situação mostra o completo desrespeito da governadora pela vida da população. Em Mossoró, o número de leitos é baixíssimo e não atende as necessidades do município e cidades vizinhas. As unidades de saúde também sofrem sem medicamentos.

Em Natal, no Walfredo Gurgel, o maior hospital do estado, pacientes são entubados nos corredores e sem receber sedativos. Nos demais hospitais, é comum a falta de esparadrapos e reagentes para exames laboratoriais, por exemplo.

“Rosalba é a calamidade!”

Para o Sindsaúde de Mossoró, o decreto não surtiu efeito porque o Governo Rosalba é a própria calamidade. “Faltam remédios, profissionais e muitos leitos. As pessoas reclamam da demora no atendimento. Muitas só conseguem marcar exames após um ou dois anos. Rosalba é a calamidade.”, diz João Morais, diretor do sindicato.

Dinheiro tem, mas para onde ele vai? Segundo o Tribunal de Contas do Estado, o governo investiu 35% menos em saúde do que em publicidade em 2011. Foram R$ 11.076.834,92 para a saúde, e R$ 16.851.590,51 para publicidade. O Portal da Transparência diz mais. Em 18 meses de governo, Rosalba teve uma receita superior a R$ 12 bilhões. Uma média de R$ 700 milhões por mês ou R$ 23 milhões por dia.

Enquanto isso, a maioria da direção estadual do Sindsaúde (Natal) não mobiliza a categoria para a luta.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Em Mossoró...

Sindicato avalia que número de agentes de saúde convocados pela PMM é insuficiente

O Jornal Oficial de Mossoró (JOM) publicou ontem a nomeação de 64 concursados para os cargos de agentes comunitários de saúde e agentes de endemias. No total, foram convocados 26 agentes de endemias e 38 agentes de saúde. Segundo o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), o número de agentes de endemias convocados é suficiente para atender à demanda, mas não se pode dizer o mesmo dos agentes de saúde.

"Seria necessário pelo menos uma média de três agentes por unidade de saúde, como temos 38 deveriam ter sido convocados 114 concursados. Infelizmente, foram nomeados somente 38, o que dá uma média de um agente por unidade. Os profissionais reclamam que as unidades devem atender 150 famílias, mas tem unidade atendendo 250 famílias. Daí a necessidade de mais agentes", esclarece o coordenador do Sindsaúde/RN.

A convocação dos profissionais foi anunciada durante audiência da Prefeitura com o sindicato. De acordo com João Morais, a entidade aproveitou a oportunidade para expor algumas reivindicações. "Argumentamos que a quantidade de agentes de saúde era insuficiente e o gerente Benjamim Bento disse que iria fazer um estudo da necessidade para mais nomeações", comenta o sindicalista.

Além de mais nomeações, o sindicato também solicitou, segundo João Morais, reajuste da gratificação da produtividade e da gratificação de atividades estaduais. "Essas gratificações estão sem reajuste desde 2007. Por isso, reivindicamos a inflação acumulada do período além de 100% para a produtividade e 50% para as atividades estaduais", explica.

O Sindsaúde/RN também reivindicou a implantação da gratificação de campo para os agentes de saúde e de endemias, que devem ser calculadas com o percentual de 50% sobre o salário base. "A equipe de técnicos da Prefeitura ficou de fazer um estudo de viabilidade das reivindicações e nos convocar para outra reunião", conclui João Morais.


Fonte: O Mossoroense - 07/09/2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Vitória!

AGENTES DE ENDEMIAS MUDAM PARA REGIME ESTATUTÁRIO

Desde 2006, ao lado do Sindsaúde de Mossoró, os agentes de endemias lutavam para serem reconhecidos como servidores efetivos. Muitos protestos e negociações foram feitos para quebrar a intransigência da Prefeitura de Mossoró.

Depois de anos de dedicação ao combate às endemias, finalmente a categoria conquistou a tão desejada efetivação. Agora, os agentes são regidos pelo Estatuto do Servidor, e não mais pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Essa vitória abriu as portas para que os agentes de endemias fossem enquadrados no Plano de Cargos, garantindo a eles os mesmos direitos dos demais funcionários. “A efetivação é fruto da nossa luta e o Sindsaúde foi muito importante para essa conquista.”, avalia Ana Melo, diretora do sindicato.

Os mais antigos agentes de endemias devem comparecer à Secretaria de Administração da Prefeitura para confirmar a mudança da CLT para o Regime Estatutário. Todos precisam levar a Carteira de Trabalho para que esta receba um carimbo confirmando a alteração, como mostra a imagem acima.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Deu na Imprensa

Natal na reportagem do Fantástico sobre golpes que desviam milhões do SUS

Natal aparece mais uma vez no Fantástico, neste domingo (2). E mais uma vez por um motivo vergonhoso. Numa ampla reportagem, mostrou os golpes que desviam milhões do SUS. Levou ao ar imagens e informações sobre a Operação Assepsia, que prendeu o ex-secretário de Planejamento Antônio Luna e o procurador municipal Alexandre Magno de Souza. Entrevistou o promotor Cleyton de Oliveira e Francisco Batista, ex-presidente e hoje membro do Conselho Nacional de Saúde.

Eis o vídeo e o texto na página do Fantástico que fala sobre Natal.

Fonte: Blog da Abelhinha

Denúncia

DIREÇÃO ESTADUAL DO SINDSAÚDE ESCONDE ASSEMBLEIA E APROVA COOPERATIVA FINANCEIRA

Cooperativa vai emprestar a juros o dinheiro do próprio sócio e endividar ainda mais os trabalhadores.

No último dia 21 de agosto, a maioria da direção estadual do Sindsaúde (Natal) aprovou em assembleia a criação de uma cooperativa financeira. A assembleia contou apenas com servidores de Caicó, Curais Novos, Pau dos Ferros, Apodi e São José do Mipibu. Como sempre ocorre quando a estadual quer impor sua vontade aos trabalhadores, a aprovação desta cooperativa só teve a participação dos locais em que a direção tinha a certeza da aprovação.

Nos demais locais, como os maiores hospitais do Estado e as unidades de referência de Natal, o cartaz da assembleia foi colado dois dias antes da assembleia. A Regional do Sindsaúde de Mossoró, a maior do estado, não foi nem mesmo comunicada da existência de tal assembleia. Ou seja, a cooperativa foi aprovada sem debate com os servidores da saúde.

A direção estadual escondeu o debate para que não houvesse risco de não se aprovar a cooperativa financeira. Nem no site oficial do Sindsaúde a assembleia foi divulgada. Esta é mais uma prova da total ausência de democracia desta direção. Um desrespeito com os sócios, que são os verdadeiros donos dos recursos do sindicato e que deveriam ter o direito de decidir. Mas isso não é possível com esta direção, que age como se o sindicato fosse sua propriedade.

A cooperativa financeira foi aprovada e vai servir para transformar o sindicato em um banco. Até mesmo um investimento de R$ 150 mil já foi feito. A Oposição CSP-Conlutas na Saúde, da qual Mossoró e São Gonçalo fazem parte, foi contra a criação dessa cooperativa, que vai emprestar a juros o dinheiro do próprio sócio e endividar ainda mais os trabalhadores.

Por isso, é muito importante mudar a direção estadual. A falta de democracia com os servidores precisa acabar e o sindicato tem que voltar ao caminho da luta, sem esse grupo que hoje domina o Sindsaúde (Natal).