quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Solidariedade à ocupação da Prefeitura de Mossoró e à resistência estudantil

Estudantes de Mossoró resistem ao aumento da passagem e à intervenção policial ao direito de livre manifestação (Foto: Fernanda Albano)
Nesta quarta-feira 24/11 o povo de Mossoró disse um basta.

O Sindsaúde Regional Mossoró vem expressar, através desta nota pública, solidariedade à resistência estudantil e à Ocupação do Palácio da Resistência (#OcupaPrefeitura), que cresce e se fortalece.

A gestão municipal e seus negócios obscuros com a empresa de reputação duvidosa OCIMAR tornaram Mossoró a cidade com a passagem mais cara do Nordeste. Os laudos "técnicos" apresentados são nada menos que guias de empresários para obter lucros recordes. O transporte público não é uma mercadoria, e sim um direito: um direito essencial para os estudantes e a classe trabalhadora e que deve ser defendido co mo tal.

Mesmo com uma vigorosa greve dos servidores do município, a gestão municipal só concedeu 6% de reajuste aos trabalhadores (abaixo do índice de inflação). Os terceirizados da prefeitura, que estão há cinco meses sem receber seu salário devido, e que iniciaram a ocupação junto dos estudantes na manhã desta quarta-feira, também destacam o quanto Silveira é inimigo dos trabalhadores. O fato do prefeito conceder 50% da tarifa de passagem da empresa apadrinhada OCIMAR, e até se utilizar da PM para reprimir estudantes que protestam contra mais esse absurdo, mostra que a gestão do transporte baseada na iniciativa privada e no lucro está destruindo o direito de ir e vir dos cidadãos mossoroenses. A municipalização e gestão pública do transporte, a efetivação do transporte realmente público, gratuito e de qualidade deve ser um horizonte estratégico para as lutas de mobilidade urbana.

Defendemos o direito à livre-manifestação e às liberdades políticas dos estudantes. O apoio e simpatia da sociedade, a arrecadação constante de doações, e o alinhamento de diversas organizações sindicais e estudantis com o Ocupa Prefeitura demonstra que a luta dos estudantes é uma esperança coletiva e irradia na consciência do trabalhador mossoroense.

Somamo-nos ao grito dos estudantes, e exigimos do prefeito Francisco José Jr. posicionamento no sentido de revogar o aumento da tarifa, condição mínima para qualquer negociação.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Terceirizados da saúde com salários atrasados entram em greve

Trabalhadores da JMT estão há mais de um mês sem receber salário e sem perspectiva de 13º salário: greve dos terceirizados estoura em Mossoró






Em Mossoró, a crise está recaindo nas costas dos trabalhadores. As empresas JMT e SAFE, que atuam com terceirizados na área da saúde, atrasaram os salários de seus trabalhadores de um a cinco meses. Os trabalhadores não aguentam mais esta humilhação e responderam com resistência: é greve!

Os trabalhadores já paralisaram suas atividades no Hospital Regional Tarcísio Maia, no Hospital da Mulher de Mossoró e no Hospital Rafael Fernandes. Ontem os trabalhadores do HM realizaram um ato na calçada do hospital, e hoje (17/11) os funcionários se reuniram na entrada do H.R.T.M. e fizeram um protesto demandando o pagamento das parcelas salariais atrasadas e do 13º salário.

No momento, a supervisão/direção do hospital tentou intimidar os trabalhadores, ameaçando seu movimento grevista. As trabalhadoras e trabalhadores responderam a ameaça sugerindo que os superiores assumissem o serviço, se quisessem tanto. Os trabalhadores tem o direito a receber o salário pelo trabalho digno, e também tem o direito à greve, e a direção ou supervisão não pode limitar qualquer um dos dois.
O Sindsaúde Mossoró esteve presente em mais este ato público no Tarcísio Maia. Todo apoio à greve dos trabalhadores da JMT! A precarização da situação desta parcela de funcionários é reflexo do avanço da terceirização e da privatização paulatina do Sistema Único de Saúde. É inadmissível que estas empresas que lucram com a saúde do povo ainda sejam acobertadas por explorar seus próprios trabalhadores.  Abaixo esta lógica de lucro na saúde pública, saúde não é mercadoria! 

É necessário unificar as lutas dos terceirizados em Mossoró. Os trabalhadores da SAFE (terceirizados da prefeitura) já estão com 5 (cinco) meses de salário atrasado, e hoje faziam um ato na Câmara Municipal de Mossoró ao mesmo tempo que os grevistas da JMT. As reinvindicações por salário já são as mesmas, agora é necessário que o SINTRAHPAN e o SINDLIMP - representantes respectivos destas categorias - convoquem as bases para uma greve unificada dos terceirizados de Mossoró. Só assim é possível dar a volta por cima e conquistar o que é minimamente justo para os trabalhadores: o pagamento de suas parcelas salariais, e, avançando com a unidade de ação, obter conquistas ainda maiores.

Confira as fotos do movimento dos trabalhadores da JMT no Hospital Regional Tarcísio Maia em 17/11:



Terceirizados da saúde da empresa JMT entram em greve em todo o estado, paralisando as atividades em todos os hospitais...


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Água contaminada escorre pelos corredores do HRTM

 Vazamento do equipamento de esterilização põe em risco a salubridade do hospital e desperdiça trabalho dos servidores

 

 

 Na noite deste domingo 8/11 o autoclave do Hospital Regional Tarcísio Maia estourou. A bomba da máquina, que realiza esterilização por pressão d'água e calor, não suportou a falta de manutenção e vazou água contaminada pelos corredores,  ameaçando pacientes e servidores com um risco biológico. 

 A SESAP e a direção já trazem um largo histórico de descaso com a infraestrutura do hospital. Vale lembrar o pitoresco episódio da chegada de "novos" equipamentos para o HRTM semanas atrás,  não fosse o fato de que praticamente todos já vieram quebrados de Natal. A direção do HRTM, por sua vez, invés de investir na manutenção do material hospitalar ou de prosseguir as obras de ampliação da unidade,  prefere instalar dezenas de câmeras hospital adentro para assediar trabalhadores e pacientes (veja mais aqui).

Os trabalhadores e trabalhadoras do HRTM não demandam mais que o interesse geral do povo potiguar: manutenção e ampliação da infraestrutura e material, condições de trabalho dignas,  ampliação do SUS e do corpo efetivo de funcionários da saúde - para assim melhor atender à população.