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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Cruzaram os braços

Trabalhadores estaduais da saúde entram em greve


Na manhã desta quarta-feira (24), os servidores estaduais da saúde de Mossoró decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, acompanhando a decisão dos servidores de Natal. Os servidores cruzam os braços a partir de 1º de março.

A assembleia que definiu a paralisação foi realizada no Hospital Regional Tarcísio Maia e reuniu cerca de 50 trabalhadores. A greve ocorre nos hospitais Rafael Fernandes e Tarcísio Maia, no Banco de Leite, no Laboratório de Citopatologia, no Larem e Unicat, órgão que distribui remédios de alta complexidade.

Os servidores estaduais da saúde estão revoltados com o governo de Wilma de Farias (PSB) por causa do não atendimento às reivindicações salariais da categoria. Segundo João Morais, diretor do Sindisaúde em Mossoró, os salários estão sendo tratados com muito desrespeito. A tabela salarial do Plano de Cargos tem como referência o salário mínimo de 2006, no valor de R$ 350,00.

"Atualmente o salário inicial para o nível médio é de R$ 530,00 e para o nível superior é de R$ 1.300,00," explica João Morais. "O que reivindicamos é um salário base de R$ 772,00 para o nível médio e de R$ 1.530,00 para o superior. Mas o governo não está fazendo nada para nos atender, simplesmente não se manifesta. Já houve várias tentativas de diálogo da nossa parte.", afirma.

João Morais ainda disse que em dezembro do ano passado foi aprovada uma emenda que permitiria um reajuste de 12%, mas a governadora nem isso aceitou. Entretanto, a categoria reivindica um aumento de 45% para repor as perdas salariais acumuladas em quatro anos. Além do reajuste, a pauta da greve reivindica também a realização de concurso público, o retorno do Adicional de Insalubridade e melhores condições de trabalho e atendimento para a população.

“Em todos esses anos, Wilma de Farias só tem piorado as condições de vida e trabalho dos servidores da saúde. Diante disso, a greve é a única saída para os trabalhadores enfrentarem o governo e arrancarem suas conquistas. Mas não é só isso. É preciso construir uma greve forte, que unifique todas as categorias dos níveis elementar, médio e superior.”, defende João Morais.
O Sindsaúde também fará um ato público no dia 1º de março, segunda-feira, às 9 horas, em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia.

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