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segunda-feira, 3 de maio de 2010

1º de maio

Protesto marca Dia do Trabalhador em São Gonçalo

Na manhã do dia 1º de maio, os trabalhadores de São Gonçalo do Amarante/RN assistiram a uma programação diferente. Enquanto na maioria das capitais do país o Dia do Trabalhador é comemorado com festas e sorteios de prêmios pela CUT, Força Sindical e CTB, no RN a Conlutas realizou um protesto para denunciar os governos e lutar pelos direitos e salários dos trabalhadores.

Em São Gonçalo, a concentração da manifestação começou por volta das 9 horas, na rotatória do supermercado Nordestão, reunindo trabalhadores e entidades sindicais, como a Conlutas, os Núcleos do Sindsaúde, do Sinte, a Regional da Educação de Ceará-Mirim e o Sindicato dos Bancários. O movimento estudantil também marcou presença com a Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel).

Caminhada até a feira-livre

Com faixas, panfletos e um carro de som, os manifestantes denunciaram os ataques dos governos de Lula, Iberê e de Jaime Calado. Na pauta do protesto, as péssimas condições da saúde, a retirada de direitos, os baixos salários e a denúncia da farsa das eleições de outubro. Depois da panfletagem, a manifestação seguiu em caminhada até a feira livre do município, onde foram feitas novas denúncias e conversas com feirantes.

Concentração do ato

Juary Chagas, do Sindicato dos Bancários, acusou Lula de governar para banqueiros e empresários, e não para os trabalhadores. "No governo de Lula, as empresas aumentaram seus lucros quatro vezes. E o salário do trabalhador aumentou, companheiros?! Não, não aumentou.", denunciou ele.

Juary Chagas, do Sindicato dos Bancários

Os trabalhadores também lembraram a importância do Congresso de Unificação da Conlutas com a Intersindical marcado para os dias 5 e 6 de junho, que pode criar uma nova entidade sindical e popular para lutar contra os patrões, os governos e o capitalismo.

"Para nós, não há razões para festas no 1º de maio. É um dia de luta de todos os trabalhadores e da população pobre. Governos como os de Lula, Iberê e Jaime Calado, só mostram que a luta não pode parar. Estes senhores não medem esforços para beneficiar empresários e atacar as nossas conquistas. Em São Gonçalo, as greves são reprimidas, os salários cortados e os serviços públicos não atendem as necessidades da população.", afirmou Simone Dutra, diretora do Núcleo do Sindsaúde.

Simone Dutra, do Núcleo do Sindsaúde

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