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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Felipe Guerra

Servidores municipais reclamam atraso no pagamento dos salários
Servidores da saúde e da educação continuam sofrendo com o atraso do pagamento por parte da Prefeitura. Várias movimentações já foram empreendidas no sentido de resolver a situação pelo diálogo, porém não tem dado resultado.

Um dos grandes problemas, que se arrasta há anos, é com o setor da saúde, onde pelo menos 150 pessoas vivem com seus salários atrasados. O não-cumprimento dos acordos firmados em reunião levou a Coordenadoria Regional do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado a denunciar a Prefeitura junto ao Ministério Público.

Segundo o diretor regional do Sindsaúde, João Morais, várias reuniões foram realizadas com a administração para resolver a pendência. "No dia 30 de março aconteceu uma conversa, onde ficou acertado que a Prefeitura começaria a regularizar a situação dos servidores em no máximo três meses, dada a situação da crise que se instalava, porém, o prazo passou e tudo continuou do mesmo jeito", reclama.

Com o não-cumprimento do acordo, o Sindicato provocou uma audiência pública na Câmara de Vereadores, onde foi solicitada a regularização dos pagamentos até o último dia 12 de julho. Mais uma vez nada avançou, o que forçou o Sindsaúde a provocar o Ministério Público da comarca de Apodi contra a Prefeitura de Felipe Guerra.

Segundo João Morais, a promotoria ficou de analisar o caso e tomar as providências necessárias em favor dos trabalhadores, visto a sua condição. "Queremos que o Ministério Público ingresse na Justiça com uma Ação Civil Pública obrigando que a Prefeitura sane essa situação", disse.

Vânia da Silva Pascoal, que trabalha na saúde da cidade, reclama que todo mês recebe o salário com atraso. "O mês de maio só nos foi pago no dia 24 de junho e julho ainda não foi pago", reclamou. De acordo com ela, os funcionários vivem cansados de correr atrás da Prefeitura para que ajuste os pagamentos. "Isso vem acontecendo desde a primeira gestão do prefeito Braz Costa. Nossa sorte é que os comerciantes daqui compreendem que não temos culpa e continua nos dando crédito", finalizou Vânia Pascoal.

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