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quarta-feira, 23 de março de 2011

Deu na Imprensa

Sala de aula desaba sobre crianças em São Tomé

Professora evitou que alunos fossem feridos de maneira mais grave


O terror de ver as paredes e o teto da sala de aula desabarem sobre si vai ficar marcado na memória e mesmo no corpo de dez crianças que estudam no 4º ano "A" da Escola Municipal Euzébio Fernandes Bezerra, em São Tomé, a 100km de Natal. Por volta das 9h de ontem (22), a estrutura da sala cedeu, caindo sobre os estudantes e a professora, Maria de Jesus. Apesar disso, o acidente poderia ter sido mais grave, já que a docente chegou a apoiar uma parede sobre suas costas para que ela não ferisse gravemente seus alunos.

Todas as vítimas tiveram apenas ferimentos leves. A prefeitura pediu ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) que fizesse uma vistoria no local para avaliar as causas e as responsabilidades pelo acidente. O prédio foi completamente interditado pelo Corpo de Bombeiros.

Dentro da sala estavam 29 crianças, entre oito e 11 anos, além da professora. Ao lado, uma nova sala de aula estava sendo construída. Em uma outra sala vizinha, o pedreiro José Cosme da Silva Filho instalava, juntamente com outro colega, uma grade na janela lateral. Ele diz ter tomado um grande susto quando ouviu as paredes ruírem. "Ao ouvirmos o estrondo, nos desesperamos. Tentamos entrar pela porta da sala, mas não deu. Então demos a volta, pelo lado que desabou e ajudamos a retirar as crianças da sala".

Segundo o pedreiro, a tragédia não foi pior porque a professora segurou, com as costas, parte da parede que estava para cair. As paredes do quadro negro e da lateral também cederam e, com elas, parte do teto apoiado sobre essas estruturas.

Ao todo, dez crianças se feriram com o acidente. Todas foram levadas para o pronto-socorro local, com ajuda de populares e familiares. Quatro delas, juntamente com a professora, precisaram ser transferidas para o hospital da cidade vizinha, São Paulo do Potengi, para serem submetidas a exames de raios-x. Nenhuma delas sofreu qualquer fratura e, depois dos atendimentos médicos, foram liberadas. Já a professora Maria de Jesus ficou sob observação, pois também ficou abalada emocionalmente com o ocorrido.

Fonte: Diário de Natal - 23/03/2011

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