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domingo, 18 de setembro de 2011

Saúde no RN


À ESPERA DE UM MILAGRE?

A cena da foto acima já virou rotina na maioria dos hospitais públicos do país. No Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró/RN, não seria diferente. A população pobre do município e de parte da região oeste sofre nos corredores com o descaso do governo. Deitados em macas e cadeiras de plástico, pacientes esperam bem menos do que um milagre. Esperam apenas por um leito.

Entra governo, sai governo, e o caos na saúde pública só piora. No Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró/RN, não é diferente. A população pobre do município e de parte da região Oeste potiguar sofre com o descaso do governo de Rosalba Ciarlini (DEM). Deitados em macas, sentados em cadeiras de plástico ou mesmo em pé, pacientes esperam nos corredores bem menos do que um milagre. Aguardam apenas por um leito e algum atendimento.

Diariamente, cerca 280 pessoas são atendidas no HRTM. O Pronto Socorro do hospital dispõe apenas de 47 leitos para atender pacientes de Mossoró e de municípios vizinhos. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também é insuficiente e opera com apenas 9 leitos. O resultado se traduz em muitas macas nos corredores, onde cartazes fixados nas paredes dizem: “não é permitido pacientes nessa área.”. Quando o Sindsaúde Mossoró visitou o Tarcísio Maia, no dia 15 de setembro, encontrou quatro macas num corredor próximo ao laboratório de microbiologia. O risco de contaminação foi até comentado por um funcionário. “O que pode acontecer é o paciente chegar aqui com uma doença e sair com outra.”, disse ele.

O baixo investimento em infra-estrutura e em profissionais é a causa do problema. A presidente Dilma (PT) investe menos de 4% do orçamento em saúde, quando deveria investir no mínimo 6% do PIB (Produto Interno Bruto). Já a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) vive dizendo que não há recursos. Tudo mentira. A arrecadação do ICMS no RN foi de R$ 275,5 milhões em agosto, um crescimento de mais de R$ 34 milhões em relação ao mesmo período de 2010. O maior valor dos últimos três meses. Em 2011, só do ICMS, foram recolhidos aos cofres públicos mais de R$ 2 bilhões, um aumento de 12,7% (R$ 233 milhões) em relação aos oito primeiros meses do ano passado. Dinheiro o Estado tem, o problema é que ele não vai para a saúde pública.

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