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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Saúde Estadual

TERCEIRIZADOS FAZEM GREVE

Os trabalhadores da empresa terceirizada JMT Service, que fornece mão-de-obra ao governo do Estado, cruzaram os braços no dia 26 de outubro. A greve foi iniciada contra o atraso no pagamento dos salários de setembro e outubro da categoria, que é formada por auxiliares de serviços gerais, maqueiros e copeiros. Revoltados com o desrespeito da empresa e do governo de Rosalba Ciarlini (DEM), os terceirizados dos hospitais Tarcísio Maia e Rafael Fernandes decidiram acompanhar os colegas de Natal, que já haviam entrado em greve. Os trabalhadores da JMT são responsáveis pela limpeza, higienização e copa de várias unidades do Estado em Mossoró. Nos hospitais, o funcionamento de 30% dos serviços tem sido respeitado. O Sindsaúde de Mossoró está à frente da organização da greve e apóia o movimento.

Descaso
Segundo informações, a empresa diz não ter como pagar os funcionários porque o governo do Estado não faz o repasse dos recursos há sete meses, embora seja impossível acreditar que a JMT não tenha dinheiro em caixa. Um novo contrato estaria sendo preparado e o governo faria o pagamento de alguns meses para a empresa. Mas os terceirizados já mandaram um aviso para o governo e a empresa. Só voltam ao trabalho com os salários na conta. “Isso é um descaso da empresa e do governo do Estado. Os trabalhadores não podem ser penalizados por um problema entre os patrões e a governadora Rosalba.”, disse João Morais, diretor do Sindsaúde Mossoró.

Na manhã do dia 27 de outubro, o sindicato realizou um protesto em frente ao hospital Rafael Fernandes, com a participação da categoria em greve do Tarcísio Maia. A manifestação ainda contou com a participação dos trabalhadores da firma terceirizada Gascon (Gaspar Serviços e Construções), que também estão em greve por causa de pagamentos irregulares desde junho deste ano.

Desrespeito
Maria* (estamos trocando o nome para evitar represálias) é auxiliar de serviços gerais (ASG) terceirizada do hospital Tarcísio Maia. Ela conta que os trabalhadores já estão passando necessidades devido ao atraso dos salários. “Muito funcionário até fome está passando porque não tem dinheiro. Está tudo atrasado. Aluguel, água, luz.”, relatou. Segundo ela, as condições de trabalho também são precárias. “Muitas vezes faltam materiais básicos, como saco plástico, sabão, álcool e hipoclorito. A gente trabalha sem luva e as botas estão furadas.”, destacou Maria.

Com o apoio do Sindsaúde de Mossoró, os terceirizados seguem firmes em defesa dos seus direitos e contra o trabalho precário no serviço público.

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