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sábado, 3 de março de 2012

Deu na Imprensa

Concursados protestam contra terceirização

Ato público dos profissionais da saúde aconteceu ontem pela manhã, na Praça Rodolfo Fernandes

Vestidos de preto, concursados do Estado dos anos de 2008 e 2010 foram à praça pública protestar pela contratação de uma empresa terceirizada para fazer a seleção dos profissionais da Saúde que vão atuar no Hospital Materno-Infantil. O ato público aconteceu ontem pela manhã, na Praça Rodolfo Fernandes.

O diretor regional do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (SINDSAÚDE), João Morais, disse que o Governo está dando um golpe nos concursados. "Para eles foram anos de estudos e investimentos para passar em concurso público, que todos sabem que não é fácil, para de uma hora para outra o Governo abrir um hospital e contratar terceirizados", reclamou.

João Morais mostrou ainda que, de acordo com dados do próprio Governo, só no primeiro semestre desse ano serão gastos R$ 2 milhões no Hospital, além do aluguel que custa mensalmente R$ 45 mil. "Tudo isso é dinheiro público para ser entregue a terceirizados. A governadora está ferindo o artigo 37 da Constituição, que diz que servidor para trabalhar em cargo público deve ser concursado. Além disso, a Lei 8080, do Sistema Único de Saúde (SUS), no capítulo II, artigo 24, diz que quando se refere à privatização, tem que ser parcial, e não total. Mas esse Governo já gosta da privatização, pois foi o que fez também com o setor de higienização do Tarcísio Maia", continuou.

Desde a segunda-feira passada que a empresa Marca, contratada pelo Governo, já seleciona pessoas na área da Saúde para ocupar os mais diversos cargos, sem a necessidade do concurso público. "Nós já acionamos o Ministério Público, através da Promotoria da Saúde, que nos orientou também a procurar a Promotoria do Patrimônio Público", disse João Morais.

Segundo informações dos próprios concursados que estavam na praça, só para região Oeste são 140 técnicos de enfermagem e 15 enfermeiros esperando a convocação do Governo, além de profissionais de outras especialidades, como é o caso da assistente social Zenóbia Barra, que passou no concurso em 2008, com prorrogação até dezembro deste ano. "Fui ao Thermas saber como estava sendo a seleção para a contratação, mas não quiseram me dar informações concretas. O que a gente percebe é que não houve divulgação antecipada sobre a contratação e que aquelas pessoas que foram lá já foram para ocupar seus cargos", disse.

O farmacêutico Max Filgueira veio de Natal para participar do protesto. "Passei no concurso em 2010 e ainda não fui convocado. Fiquei sabendo pelas redes sociais que o Governo está contratando terceirizados e não concursados para esse hospital. Aqui para a região Oeste são cinco vagas para farmacêutico e ainda ninguém foi chamado", destacou.


Fonte: Gazeta do Oeste - 03/03/2012

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