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segunda-feira, 25 de março de 2013

Saúde no Estado

HOSPITAL DA MULHER EM MOSSORÓ PROVA QUE PRIVATIZAÇÃO É PREJUÍZO

O Hospital da Mulher Parteira Maria Correa, em Mossoró, vive uma situação dramática. Os funcionários, que são terceirizados, como médicos, enfermeiros e técnicos, ainda não receberam o salário de fevereiro. Os materiais já estão quase acabando e, no dia 16 de março, a UTI Neonatal foi fechada porque os profissionais se recusam a trabalhar sem receber.

Ao contrário do que dizem os governos, a privatização só traz prejuízos. Tanto para os trabalhadores e a população, como para os cofres públicos. O hospital foi todo montado com recursos do próprio Estado, mas o governo Rosalba Ciarlini (DEM) entregou a administração para empresas em 2012. De lá pra cá, duas organizações privadas já estiveram à frente da unidade de saúde.

A Associação Marca deixou a gestão do hospital depois de causar um rombo de R$ 8,4 milhões. Auditoria do Tribunal de Contas do Estado detectou fraudes em contratos e nos repasses dos recursos do governo. Um escandaloso caso de corrupção. Agora, a história se repete com o Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), Segunda a administrar o hospital.

Em março deste ano, o Ministério Público Estadual protocolou na justiça uma ação civil pública pedindo que o Inase deixe a gestão do hospital e que o governo assuma o controle de tudo em 30 dias. O MP aponta fraude na licitação e superfaturamento de contratos. A situação do Hospital da Mulher prova que a privatização é sinônimo de corrupção e que o governo enriquece empresários às custas do sofrimento do povo e dos trabalhadores.

Desde o início, o Sindsaúde de Mossoró foi contra a privatização do hospital, que entregou a empresas terceirizadas a gestão da unidade. O sindicato sempre reivindicou a convocação de todos aprovados nos concursos públicos e que o governo assumisse o controle, sem transferir dinheiro do Estado para terceiros.

Mas a governadora não respeita a saúde pública nem os trabalhadores. Por isso, o Sindsaúde continua na luta pelo fim da terceirização e por uma saúde 100% pública, estatal e de qualidade. O sindicato dará continuidade à campanha pela estatização do hospital e convocação dos concursados.

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