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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dia Nacional de Lutas

Saúde para e toma as ruas de Natal 

Manifestação reuniu de 12 a 15 mil pessoas em Natal.

Nesta quinta-feira, 11 de julho, os servidores da saúde fizeram uma grande paralisação nos hospitais estaduais. Com caravanas do interior, da Grande Natal e dos hospitais de Natal, a coluna dos servidores chegou a reunir mil pessoas, que ocuparam a Av. Salgado Filho, em frente ao Midway, junto às outras categorias, como bancários, servidores federais, do IFRN, da UFRN e da Administração Indireta, convocados pela CSP-Conlutas e Intersindical, e os estudantes da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel).

Milhares de pessoas participaram do Dia Nacional de Greves e Paralisações em Natal, reunindo trabalhadores da saúde, da educação, sem-terra, sem-teto e a juventude, convocada pelo movimento Revolta do Busão. O protesto reuniu entre 12 e 15 mil, segundo os organizadores, 10 mil, segundo a imprensa, e 8 mil, segundo avaliação da polícia. “Natal fez uma das maiores manifestações do país, e mostra a importância dos trabalhadores ocuparem as ruas, para lutar pelos seus direitos e contra a política econômica dos governos. Esse é apenas o primeiro passo”, diz Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde e que representou a CSP-Conlutas na coordenação do ato. A central, da qual o Sindsaúde faz parte, defende uma greve geral no país.

Saúde na rua, governo a culpa é sua
Logo cedo, às 06h, os diretores do Sindsaúde e ativistas estavam nos hospitais e unidades, conversando com os servidores. Nos locais de trabalho, os servidores se dividiram, definindo aqueles que ficariam trabalhando, para manter os 30% necessários, e os que iriam parar. Em alguns lugares e setores, como o CRI, o Laboratório Central e o setor administrativo do Walfredo Gurgel, a paralisação atingiu 100%. A saúde municipal participou com força, com ônibus buscando os servidores e agentes de saúde nas unidades da Zona Norte, Sul, Leste e Oeste, até a concentração no Walfredo Gurgel, onde todos colocavam os coletes da saúde e os adesivos do Fora Rosalba.

Do interior, vieram caravanas de Pau dos Ferros, Mossoró, Santa Cruz, Macau, Touros, entre outros municípios. Os servidores de Extremoz e Parnamirim participaram com muita animação, expressando a luta que travam contra os prefeitos de suas cidades. Os servidores de Parnamirim estão em greve desde o dia 8 e trouxeram muitos cartazes, com o “negocia Mauricio”, exigindo que o prefeito Mauricio Marques negocie e cumpra o compromisso com o Plano de Cargos e Salários. A coluna da saúde também reuniu muitos enfermeiros, terapeutas ocupacionais e estudantes, que aproveitavam para comemorar a vitória sobre o projeto do Ato Médico.

Em frente à governadoria, a coordenadora-geral do Sindsaúde, Simone Dutra, discursou aos manifestantes. Ela defendeu a mudança na política econômica, o Fora Rosalba e anunciou a disposição de greve da categoria, caso o governo não negocie e atenda as reivindicações. “Quero convocar os servidores para a assembleia do dia 25. Se continuar assim, a saúde vai parar no dia primeiro”, afirmou, sendo bastante aplaudida.

A passeata prosseguiu até a Avenida Roberto Freire, para protestar contra a duplicação da avenida. Entre os pleitos, protestos pela democratização da comunicação, contra os gastos na Copa e contra a “carona” do deputado Henrique Alves no avião da FAB. No trajeto, policiais atacaram e tentaram prender dois jovens, apenas por estarem de mochila. Manifestantes reagiram, evitando as prisões e condenando a repressão.

O protesto foi encerrado com um ato público em frente ao supermercado Favorito, com falas de centrais e partidos. O movimento Revolta do Busão prosseguiu, realizando um baile de máscaras, contra a perseguição aos manifestantes que usam máscaras para se proteger da repressão. Os jovens seguiram até a praia de Ponta Negra, onde fizeram uma plenária.

Fonte: Sindsaúde/RN

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