Imagem: Diocese de Osasco |
Passou fome quem esteve em algum dos hospitais públicos de Mossoró
neste último 08 de março - seja como acompanhante, paciente ou trabalhador. O
governo do Estado não renovou o contrato com a fornecedora de alimentos
terceirizada que operava no Hospital Regional Tarcísio Maia e no Hospital da
Mulher, deixando centenas de profissionais e usuários de ambos os hospitais sem
o direito à refeição.
No Hospital da Mulher, as grávidas de risco estão se alimentando de arroz, feijão e ovos. Inclusive este cardápio só foi possível por conta de doação do diretor da unidade. As trabalhadoras e trabalhadores, por sua vez, nem isso estão comendo. Frente à falta de alimentos, estão orientando os servidores do HRTM a comer em casa, no seu horário de descanso. Mas como isto seria possível para aquelas pessoas que tem domicílio em outras cidades? E quanto aos plantonistas do período da noite e madrugada?
Esta situação absurda só ocorre por conta do avanço da privatização
e da terceirização no SUS. Caso o Estado contratasse cozinheiras, auxiliares de
cozinha, etc. para o Hospital – o serviço seria contínuo e o servidor efetivado
criaria vínculos com o hospital. Entretanto, com a passagem desses serviços
essenciais para a inciativa privada, o governo perde semanas em burocracias
contratuais e corta o direito à alimentação de centenas de trabalhadores e
pacientes por tempo indeterminado.
Exigimos imediatamente o retorno da alimentação nos
Hospitais! O governador Robinson Faria, junto ao secretário de Saúde Ricardo
Lagreca, além de sucatear o SUS, estão conseguindo criar problemas de saúde
pública em Mossoró, ao obrigar pacientes em estado grave e profissionais da
saúde a almoçarem fora das dependências do hospital em meio a seu expediente.
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