sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Caos na saúde

Hospital Tarcísio Maia atende pacientes nos corredores

De acordo com funcionários, a quantidade de leitos e profissionais não é suficiente para atender a população.
O Hospital Tarcísio Maia enfrenta uma realidade de completo abandono. Já se tornou um hábito ver pacientes nos corredores por causa da falta de leitos. Muitos, inclusive, ficam esperando em cima de macas, que devem servir apenas como transporte de pacientes, e não como camas. De acordo com trabalhadores do local e diretores do Sindsaúde, o hospital não apresenta condições de atender a população de Mossoró e cidades vizinhas.

Ao todo, existem cerca de 120 leitos no hospital. Na UTI, por exemplo, são apenas nove leitos, o que obriga os médicos a escolherem os doentes mais graves para ocuparem as vagas. O atual número de leitos é muito baixo para um hospital de urgência que precisa atender pacientes de uma média de 27 cidades, além de Mossoró. Mas esse não é o único problema. Há, também, uma quantidade insuficiente de profissionais para atender todas as ocorrências. E para se ter uma ideia do caos da saúde, a única ambulancia do hospital está quebrada há mais de duas semanas.
A diretora do Sindsaúde de Mossoró, Jussirene de Oliveira, culpou o governo e a Secretaria Estadual de Saúde pela falta de trabalhadores. “Quem define o número de servidores em cada área do hospital é a própria Secretaria, que não conhece a realidade da saúde em Mossoró. Todos os trabalhadores sabem que não há gente suficiente para atender todo mundo.”, explica Jussirene. “Esse hospital tem 23 anos e nesse tempo a população aumentou. O Tarcísio Maia não dá conta de atender nem mesmo Mossoró, que tem mais de 250 mil habitantes.”, afirma.

Para a diretoria do sindicato, é preciso lutar para mudar esta realidade. É preciso exigir do governo a realização de um grande concurso público para todas as áreas da saúde. Além disso, é necessário construir outro hospital. Ou pelo menos ampliar os já existentes. “Se quisermos atingir esse objetivo, a única saída é a greve.”, conclui Jussirene.

Um comentário:

  1. Essa realidade é proposital a beneficio do capitalismo. Nós, que somos muitos e somos vítimas dela, temos a obrigação de derrotá-la, mas ainda falta consciencia

    Gabriel

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