quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Atraso no salário

Sindicato dos Servidores da Saúde denunciará descaso na Promotoria

Felipe Guerra -
O prefeito Braz Costa não apareceu ontem para dialogar com os servidores da saúde sobre os atrasos dos salários. Ele também não atendeu as ligações da Redação do JORNAL DE FATO. Na próxima terça-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte, coordenadoria regional de Mossoró, vai procurar novamente o Ministério Público Estadual no município de Apodi para cobrar providências.


Ontem, durante a paralisação de advertência dos servidores da saúde, os professores também se somaram ao movimento. Reclamam que também estão sofrendo com o descaso do Poder Público Municipal e principalmente com o fato de que o prefeito Braz Costa ainda não implantou o Piso Nacional, que estaria ferindo a Legislação Federal. "Não tem sentido o que está acontecendo em Felipe Guerra", diz o sindicalista João Morais Pereira.

Pereira disse que já contatou o órgão responsável para passar para o Sindicato da categoria dos servidores da Saúde os valores que foram repassados pelo Tesouro Nacional para o município de Felipe Guerra nos últimos cinco anos. "Felipe Guerra recebe royalties e não é pouco. As cidades que não recebem estão pagando os salários dos servidores em dia, porque Felipe Guerra não está? O que está acontecendo?", pergunta.

O descaso com os servidores públicos de Felipe Guerra já é de conhecimento do Ministério Público Estadual, na Comarca de Apodi. Segundo Pereira, o promotor responsável pela Comarca só atende na terça-feira. "Na próxima semana, eu irei lá saber porque ainda não foi tomada providência com relação ao descaso na Prefeitura de Felipe Guerra e no dia seguinte vamos nos reunir em assembleia com os servidores para decidir por greve ou não", disse.

No caso do prefeito Braz Costa não regularizar o pagamento dos servidores da saúde, estes vão entrar em greve por tempo indeterminado. Ontem, os servidores da Saúde receberam o apoio dos servidores das demais secretarias, especialmente os professores. "Eles também estão passando por dificuldades dentro de casa e estão dispostos a engrossar o caldo. Mas a luta nossa é com os servidores da saúde, que no município são cerca de 150 prejudicados", diz Pereira.

Ontem, nas primeiras horas de paralisação, os servidores da saúde se reuniram em frente à Unidade de Saúde na entrada da cidade e depois saíram em passeata, empunhando bandeiras e faixas, cobrando salários e condições de trabalho. Segundo eles, além de não receber em dia desde 2009, a Prefeitura também não providencia nem mesmo o material básico para atender as pessoas na Unidade de Saúde do município. "É tudo empurrado para os hospitais de Mossoró", diz.

Fonte: Jornal de Fato - 11/08/2010

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