sexta-feira, 27 de maio de 2016

Governo deixa faltar material para análise de sangue




Suspensão de procedimentos cirúrgicos, paralisação das transfusões. O cenário se tornou preocupante para os pacientes que precisam de sangue nesta semana. Os estoques esvaziaram, não por falta de sangue, e sim pela interrupção dos exames de sorologia no Hemonorte em Natal. Sem estes exames, não tem como analisar se o sangue está seguro para transfusão. E todo o sangue coletado é desperdiçado, pois o mesmo só tem data de validade de 5 (cinco) dias.

Os exames foram interrompidos pois o governo não supriu o Hemonorte com o material necessário para testar as bolsas de sangue (os chamados kits de sorologia). Sem o material necessário, não há como analisar o sangue, os estoques esvaziam e a saúde fica mais uma vez paralisada. Cirurgias são canceladas e a vida de milhares é ameaçada pelo esvaziamento dos estoques.

Estes problemas não são comuns. São um reflexo do processo de sucateamento que o SUS está sofrendo, do corte de verbas para a saúde pública e dos investimentos sociais em geral. A política de ajuste fiscal significa mais cortes e sofrimentos para o povo pobre, para desviar mais dinheiro para pagamentos de juros à banqueiros e agiotas internacionais, para a chamada dívida pública. Com o ajuste fiscal de Dilma/Temer, que os governadores e prefeitos adotam também, a classe trabalhadora só tem a perder. Devemos denunciar o descaso do governo e reivindicar nossos direitos, mesmo que para isso tenham que sair aqueles que são contra o povo.  Cada vez mais se torna necessário engrossar a luta, para defender nossas conquistas.

Exigimos o suprimento dos kits de Sorologia, já! As vidas não podem esperar!
Condições de trabalho para os servidores do Hemonorte!
Todas e todos à paralisão unificada dos servidores em 02 de junho, as 09h, com ato saindo do Walfredo Gurgel!
Construir a greve geral! Fora Todos! Eleições Gerais Já!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

30 anos de Tarcísio Maia. Quem merece os parabéns?



O Hospital Regional Tarcísio Maia completa 30 anos neste maio de 2016. Atende dezenas de municípios do oeste potiguar e é o segundo hospital público mais movimentado do estado. É o nosso maior patrimônio da saúde pública, do qual dependem as vidas de centenas de milhares de pessoas de Mossoró e região.


Lamentamos que os governos, invés de reconhecer a importância deste patrimônio, tratem-no como um gasto desnecessário, um fardo. Que permitam que as trabalhadoras e trabalhadores adoeçam e morram de tanto trabalhar, ao não realizar o concurso público tão prometido. O ajuste fiscal é o meio pelo qual a classe política joga a crise nas costas da classe trabalhadora: cortando da saúde, educação, moradia, reforma agrária, e nossos poucos direitos. Dilma começou cortando, sucateando da saúde. Já no governo Temer, o novo ministro da saúde Ricardo Barros, corrupto patrocinado pelos planos de saúde, já anunciou que planeja o golpe de misericórdia para privatizar o SUS. Não é por acaso que os servidores da saúde de todo o estado já se posicionaram pela construção de uma greve geral, para pôr para fora todos esses inimigos do povo, pela convocação de eleições gerais.

Nestes 30 anos do Tarcísio Maia, quem merece todos os parabéns é a categoria dos servidores da saúde que lá trabalham. Que enfrentam sobrecargas inacreditáveis de trabalho. Que vivem sua vida para salvar outras vidas. Que fazem o impossível para cumprir seu papel, mesmo faltando respiradores, leitos, remédios, material de higiene. Mesmo em meio ao colapso da saúde pública, damos os parabéns para as servidoras e servidores do Hospital Regional Tarcísio Maia. Na organização e movimento da nossa classe, a classe trabalhadora, depositamos a esperança de vencermos a crise com nossos direitos preservados. Sempre em defesa do SUS 100% público, gratuito e de qualidade.

domingo, 8 de maio de 2016

Angicos: Greve da enfermagem termina com vitória das servidoras





A greve da enfermagem de Angicos se encerrou nesta quarta-feira 04/05, após duas semanas de paralisação, com vitória das servidoras municipais de Angicos. Com o acordo de greve assinado, a categoria conquista:

1. Adicional de insalubridade fixado em 40%;
2. Custeio da moradia para as trabalhadoras que moram em outras cidades;
3. Avançar na implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários;

Prefeito tentou criminalizar greve,  mas a luta das trabalhadoras prevaleceu

A greve foi decidida por unanimidade em assembleia da enfermagem realizada na quarta-feira 13/04, após o não avanço dos diálogos com a gestão municipal. As trabalhadoras chamaram um ato público em frente à prefeitura na terça-feira, 19/04, que teve adesão dos estudantes universitários e que bloqueou o trânsito em frente à prefeitura. No decorrer da greve, o prefeito Júnior Batista (DEM) pediu a suspensão do movimento na justiça, mas foi derrotado por uma liminar, e a greve continuou. Após um novo protesto convocado pelo Sindsaúde Mossoró em frente à sede do executivo municipal, na segunda 02 de maio, o prefeito aceitou negociar com as trabalhadoras e cedeu em parte das reinvindicações.

A greve acabou mas a luta continua

A maior vitória da greve não são os ganhos econômicos, mas a consciência de que só a luta e a união entre os trabalhadores podem mudar nossa vida. Com o ajuste fiscal de todos os governos, que jogam a conta da crise nas costas da classe trabalhadora, é necessário se manter firme para mais ataques que virão. Neste sentido, o Sindsaúde, junto das servidoras de luta de Angicos, compromete-se em manter uma campanha pelas 30 horas, pelo reajuste salarial para suprir as perdas da inflação, auxílio-alimentação e auxílio-transporte. Sempre em defesa do SUS 100% estatal, gratuito e de qualidade.