quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Epidemia

Mossoró pode ter surto de dengue
A cidade de Mossoró, a 285km de Natal, corre risco de enfrentar uma epidemia de dengue este ano, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde. Os dados são do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) 2009. Outros nove municípios - Cárceres (MT), Palmas (TO), Barretos e Presidente Prudente (SP), Governador Valadares e Ipatinga (MG), Camaçari, Ilhéus e Itabuna (BA) brasileiros correm o mesmo risco, enquanto 102 estão em situação de alerta. O Liraa avaliou 157 municípios.

O Liraa divide os resultados em três grupos. Encontrar o Aedes aegypti, vetor de transmissão da dengue, em até 1% das residências visitadas é considerado "satisfatório". Para o município ser enquadrado em "situação de alerta", precisa haver registros do mosquito numa proporção entre 1% e 3,9%. O "risco de surto" é considerado para aqueles em que houver presença do mosquito em mais de 4% das residências ou ambientes visitados. O último levantamento sobre a dengue foi divulgado em outubro, no dia 29, e registrou queda de 46,3% no número de casos, na comparação entre janeiro e agosto de 2009 e 2008.

O índice de Mossoró é de 4,1%. De acordo com a subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde Pública do RN (Sesap-RN), Juliana Araújo, está acima do preconizado pelo Ministério da Saúde. "Significa que tem uma possibilidade de transmissão da doença. Mas também tem que ser observado o fato desse ano ter registrado o menor índice desde 2004. Este ano é um dos melhores de Mossoró", citou.
Água
O levantamento apresentou também um retrato dos tipos de criadouros mais comuns em cada região - águas, lixo e residência. A maioria das larvas encontradas nas regiões Norte e Nordeste estão ligadas aos ambientes de abastecimento de água.

E esse é o principal problema enfrentado por Mossoró, afirma a gerente de saúde Jaqueline Amaral. "Desde o começo do ano temos trabalhado com contenção. Mas Mossoró tem um sério problema de abastecimento de água, devido a isso as pessoas depositam água em reservatórios inadequados. Fizemos uma série de medidas junto à população, contratamos a retirada de pneus, limpeza de terrenos baldios e prédios fechados. A gente tem feito muita coisa e continua trabalhando nisso", afirmou.
Fonte: jornal Diário de Natal - 25/11/09

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