Servidores estaduais iniciam greve a partir de 1º de março
Os servidores estaduais da saúde decidiram ontem iniciar greve a partir do dia 1º de março em Mossoró. A definição acompanhou a decisão aprovada na terça-feira passada, em Natal, pelo Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde (SINDISAÚDE).
Durante a assembleia da categoria realizada ontem pela manhã, a partir das 9h, na sala de reuniões do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), a direção do sindicato repassou as definições feitas em Natal.
Conforme João Morais Pereira, presidente do Sindisaúde em Mossoró, a decisão de paralisar as atividades foi tomada em virtude da categoria não ter o salário base reajustado desde 2006. "Há quatro anos que o Governo do Estado não dá aumento para os servidores estaduais de saúde. Os profissionais estão cansados e não têm reajustes", afirmou o presidente.
De acordo com João Morais, a paralisação é por tempo indeterminado. "Para se ter uma ideia, o salário base inicial do auxiliar de saúde é no valor de R$350,00. Valor inferior ao salário mínimo e que os servidores não o recebem somente, pois a Constituição determina que nenhum profissional pode receber salário inferior ao mínimo. Já o salário base inicial do técnico de enfermagem é R$ 530,00. Valores definidos no Plano de Cargos, Carreira e Salários da Saúde que está em vigor há cerca de quatro, mas não foram implantadas melhorias e concedidos reajustes", comentou o sindicalista.
A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 45% referente à defasagem do salário base durante os quatro anos que o Governo não concedeu aumento. "Dentro do reajuste, é englobado e solicitada ainda a atualização do Plano de Cargos, Carreira e Salários para os profissionais da Saúde, além de melhores condições de trabalho", disse o presidente do Sindisaúde. Durante a greve, profissionais como técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros paralisarão as atividades em diversas unidades de saúde em Mossoró, entre elas, o Hospital Regional Tarcísio Maia, o Hospital Regional Rafael Fernandes, II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP), Banco de Leite, Laboratório Regional de Mossoró (LAREM) e Unicat.
João Morais ressalta que apesar da greve, os trabalhadores respeitarão a legislação e não paralisarão todos os serviços. "Serão mantidos os 30% dos servidores trabalhando e em alguns casos, até 50%", informou, acrescentando que no dia 1º de março será realizado ato público em frente ao HRTM.
Fonte: Gazeta do Oeste - 25/02/2010
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