Hospital Regional Tarcísio Maia apresenta problemas no atendimento à população
Depois da saída do médico Marcelo Duarte da direção do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) na última segunda-feira, 24, o único estabelecimento público de referência no atendimento hospitalar de urgência da região ainda está sem gestor. Desprovida de uma nova administração, o HRTM apresentou ontem, 25, problemas no acolhimento de saúde da população.Conforme o motorista João Bosco da Silva, somente após mais de três horas esperando por atendimento, o pai Manoel Feliciano, 65 anos, com indícios de Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi atendido por um especialista. Temendo os efeitos pela demora no atendimento do idoso, João Bosco pretende acionar o Ministério Público.
"O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) trouxe meu pai às 11h. Chegando ao HRTM, ele ficou na maca sem atendimento até as 15h30. Tentaram ligar várias vezes para o neurologista de plantão, mas depois de muito tempo ele atendeu à ligação e veio prestar atendimento ao meu pai. Um desrespeito com a população", reclama o motorista.
Apesar das melhoras significativas com as mudanças implantadas na última gestão, o hospital ainda tem muitos desafios a serem vencidos. Além de casos como o exemplo citado, a superlotação dos leitos é uma situação que precisa urgentemente de uma solução.
O problema que existe em praticamente todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) foi agravado devido ao fato de que nos últimos anos sete hospitais fecharam na cidade e deixaram de prestar serviços de saúde à população. Em virtude disso, reflexos negativos foram gerados no atendimento na unidade hospitalar, que além de receber pacientes locais ainda acolhe a demanda da região.
Resultado disso, nos corredores do HRTM dezenas de pacientes padecem em macas, que já não são suficientes para atender à demanda. Com um número elevado de pacientes, muitos são colocados em repouso nos espaços de circulação do hospital. Segundo a assistente social Paula Torres, todos os leitos do setor feminino, masculino e infantil estão lotados. Além disso, não tem mais macas e cadeiras de rodas para os novos pacientes.
"Desde dezembro do ano passado a entrada de pessoas acidentadas cresceu muito, principalmente ocasionada pela queda ou colisão de motocicleta. Como não há espaço somos obrigados a colocar pacientes em repouso nos corredores", lamenta a assistente social.
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