HOSPITAL DA MULHER EM MOSSORÓ PROVA QUE
PRIVATIZAÇÃO É PREJUÍZO
O Hospital da Mulher Parteira Maria
Correa, em Mossoró, vive uma situação dramática. Os funcionários, que são
terceirizados, como médicos, enfermeiros e técnicos, ainda não receberam o
salário de fevereiro. Os materiais já estão quase acabando e, no dia 16 de
março, a UTI Neonatal foi fechada porque os profissionais se recusam a
trabalhar sem receber.
Ao contrário do que dizem os governos, a
privatização só traz prejuízos. Tanto para os trabalhadores e a população, como
para os cofres públicos. O hospital foi todo montado com recursos do próprio
Estado, mas o governo Rosalba Ciarlini (DEM) entregou a administração para
empresas em 2012. De lá pra cá, duas organizações privadas já estiveram à
frente da unidade de saúde.
A Associação Marca deixou a gestão do
hospital depois de causar um rombo de R$ 8,4 milhões. Auditoria do Tribunal de
Contas do Estado detectou fraudes em contratos e nos repasses dos recursos do
governo. Um escandaloso caso de corrupção. Agora, a história se repete com o
Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), Segunda a
administrar o hospital.
Em março deste ano, o Ministério Público
Estadual protocolou na justiça uma ação civil pública pedindo que o Inase deixe
a gestão do hospital e que o governo assuma o controle de tudo em 30 dias. O MP
aponta fraude na licitação e superfaturamento de contratos. A situação do
Hospital da Mulher prova que a privatização é sinônimo de corrupção e que o
governo enriquece empresários às custas do sofrimento do povo e dos
trabalhadores.
Desde o início, o Sindsaúde de Mossoró
foi contra a privatização do hospital, que entregou a empresas terceirizadas a
gestão da unidade. O sindicato sempre reivindicou a convocação de todos
aprovados nos concursos públicos e que o governo assumisse o controle, sem
transferir dinheiro do Estado para terceiros.
Mas a governadora não respeita a saúde
pública nem os trabalhadores. Por isso, o Sindsaúde continua na luta pelo fim
da terceirização e por uma saúde 100% pública, estatal e de qualidade. O sindicato
dará continuidade à campanha pela estatização do hospital e convocação dos
concursados.
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