Servidores da saúde aprovam retorno da greve e lotam corredores da Sesap
Secretário reafirmou as mudanças no acordo de greve
e disse aos servidores para fazerem a greve.
Os servidores estaduais da saúde realizaram uma
assembleia nesta quinta-feira, no auditório do Sinpol e aprovaram o retorno do
movimento grevista, a partir da terça-feira (10).
O retorno da greve foi aprovado após o
descumprimento do acordo proposto pelo governo em setembro, e que permitiu a
suspensão da greve nos hospitais estaduais, após 33 dias. Na ocasião, o governo
estadual assumiu o compromisso de que os aposentados iriam receber 22% nas
gratificações a partir de janeiro e a tabela de salários de todos os servidores
fosse modificada, com a diferença de 3% entre os níveis (internível). A nova
tabela seria implementada em março (nível elementar), abril (nível médio) e
maio (nível superior) e teve o aval da governadora.
No entanto, nesta semana, o secretário estadual de
Saúde, Luiz Roberto Leite Fonseca, informou ao sindicato que o pagamento dos
servidores de nível superior será pago em agosto e setembro de 2014 e que não
há confirmação sobre a correção dos 22% nas gratificações dos aposentados.
“O governo não cumpriu a palavra. Suspendemos a
greve com esse compromisso e quatro meses depois eles informam que não irão
cumprir”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde. O sindicato
cobra ainda um Projeto de Lei com a revisão do Plano de Cargos (PCCR), que o
governo se comprometeu a enviar neste ano para ser votado na Assembleia
Legislativa e denunciam o fechamento das pediatrias do Santa Catarina e do
Deoclécio Marques.
Logo após a assembleia que aprovou a greve, cerca de
100 servidores se dirigiram ao prédio da Sesap (Av. Deodoro da Fonseca) para
tentar se reunir com o secretário de saúde. Na antessala do gabinete, o
coordenador de comunicação da Sesap, Cristiano Loureiro, tentou bloquear a
porta, para impedir a entrada dos servidores. Rosália Fernandes, uma das
diretoras do sindicato, só conseguiu entrar após ser puxada pelos servidores
que já estavam lá dentro.
Após 1 hora de espera, o secretário recebeu uma
comissão de 6 servidores e reafirmou as mudanças no acordo. Segundo ele, o
governo não pode se comprometer a entregar a tabela salarial para tramitar na
Assembleia Legislativa até o próximo dia 12 e disse que os servidores terão que
esperar até fevereiro do próximo ano, quando a Assembleia voltar do recesso.
“Não há o que fazer, façam a greve, é um direito de vocês”, finalizou o
secretário.
Na sexta-feira, dia 13 de dezembro, os servidores
farão uma nova assembleia para avaliar os primeiros dias do retorno à greve.
Fonte: Sindsaúde Estadual