Servidores estaduais da saúde fazem
manifestação em frente ao HRTM
Os servidores estaduais da saúde
realizaram uma manifestação na manhã de ontem, em frente ao Hospital Regional
Tarcísio Maia (HRTM) para pressionar o Governo do Estado a cumprir o acordo da
última greve realizada pela categoria. Segundo João Morais, coordenador
regional do Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte
(Sindsaúde/RN), um dos pontos é a mudança de internível dos trabalhadores.
"Essa mudança significa 3% de
reajuste para os servidores. O acordo previa o pagamento em março para o nível
elementar, em abril para o nível médio e em maio para o nível superior. A
administração estadual agora diz que foi agosto ou setembro. O problema é que
essa mudança deveria ter sido enviada para a Assembleia Legislativa, que entra
em recesso hoje (ontem). Dessa forma, não tem mais como ser feito o cumprimento
do acordo", esclarece o sindicalista.
Outro ponto do acordo era referente à
correção salarial dos aposentados prevista para o mês de janeiro. "O
governo já disse que não tem como pagar. Além disso, a comissão composta por
servidores, sindicato e Executivo estadual para rever o Plano de Carreira da
categoria também não avançou, nem foi enviado projeto para a Assembleia",
destaca.
Na ocasião do ato público, os familiares
de pacientes também denunciaram a precariedade da saúde no Estado, como a falta
de medicamentos no HRTM. "O governo tem dinheiro para a Copa, mas não tem
dinheiro para a saúde. Exemplo disso são as reformas dos hospitais Walfredo
Gurgel, em Natal, e o Tarcísio Maia, em Mossoró, que já deveriam ter sido
concluídas, mas ainda se arrastam sem prazo para conclusão", complementa
João Morais.
Apesar dos problemas, os servidores
estaduais da saúde lotados em Mossoró não aderiam à greve iniciada em Natal
nesta semana. "Temos os mesmos problemas de Natal. No entanto, temos
poucos servidores. Dessa forma, uma greve aqui traria prejuízos enormes para a
população, que já é desassistida. Não descartamos essa possibilidade, mas a
greve não será iniciada nesse momento", conclui o coordenador.
Fonte: O Mossoroense – 13/12/2013
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