segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dia Nacional de Luta

Protestos e paralisações marcam o dia 14 em Natal


O dia nacional de luta começou cedo para os trabalhadores da capital do Rio Grande do Norte. Pela manhã, por volta das 8 horas, algumas categorias, como correios e bancários, lançaram suas campanhas salariais e paralisaram as atividades por uma hora. Durante as paralisações, os trabalhadores também protestaram contra as demissões, os baixos salários e em defesa dos direitos sociais. Ainda pela manhã, o MST ocupou o prédio do INSS de Natal para prestar solidariedade aos quatro servidores em greve de fome contra perdas salariais. A greve completou 25 dias no dia 14 e cada um dos trabalhadores já perdeu 10 quilos.
Passeata fecha avenida

As paralisações e os protestos ocorridos pela manhã eram a preparação para o grande ato de logo mais. Por volta das 15 horas, centenas de trabalhadores começaram a se concentrar no início da Avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade, para realizar uma passeata. Organizada pela Conlutas, Intersindical, CTB, Força Sindical, CGT, MST e diversos sindicatos, a manifestação reuniu cerca de 1000 pessoas em protesto contra os governos e os efeitos da crise econômica. A CUT foi a única que não compareceu ao protesto.
Com faixas, bandeiras e carros de som, os manifestantes fecharam a avenida e seguiram em caminhada pelas ruas do centro até o Calçadão da Rua João Pessoa, onde o ato foi encerrado. Durante o protesto, muitas palavras-de-ordem podiam ser ouvidas. “Crise econômica, não pago não! Quero dinheiro pra saúde e educação!” e “Pra banqueiro é bilhão! E para o povo é só gripe e demissão!”, eram as mais cantadas. A corrupção no Senado também foi alvo de protestos. Muitos manifestantes exigiam o “Fora Sarney” e a constituição de uma câmara parlamentar única com mandatos revogáveis.
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde) - Regional Mossoró também compareceu ao protesto. Com faixas, os coordenadores do sindicato denunciaram a prefeita Fafá Rosado pelo corte do pagamento do adicional de um terço das férias.

“Os culpados pela crise têm nome”

Ao contrário das centrais sindicais governistas, a Conlutas não poupou denúncias ao governo Lula, principal responsável pelos ataques aos trabalhadores. Alexandre Guedes, dirigente da Conlutas no estado, culpou Lula pelas mais de 800 mil demissões no país. “O governo Lula até agora só tomou medidas para salvar os banqueiros da bancarrota. Mas não tomou nenhuma medida para evitar as demissões e impedir que a classe trabalhadora pague os prejuízos. Nós acreditamos que os trabalhadores têm que ter uma saída para a crise e essa saída precisa ser socialista.”, defendeu.

Ao final do ato, o clima entre os estudantes e trabalhadores era de que o primeiro passo para construir uma jornada de greves havia sido dado.

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