NO DIA 30 DE AGOSTO, TRABALHADORES FARÃO NOVA PARALISAÇÃO NACIONAL
Nosso país tem muitas riquezas, mas os
trabalhadores não usufruem daquilo que produzem.

Infelizmente, passados dez anos dessa
experiência, as condições de vida do nosso povo não melhoraram nas mesmas
proporções em que aumentaram os lucros das grandes empresas e dos banqueiros. O
governo Dilma, como os anteriores, administra o país de costas para os
trabalhadores. Os governos estaduais e municipais fazem a mesma coisa.
Saúde e educação públicas continuam em
péssimas condições. O transporte é caro e somos transportados em condições
desumanas. A corrupção continua e os privilégios dos políticos não foram
alterados. Falta moradia, reforma agrária e saneamento básico. As privatizações
e entrega do patrimônio público seguem em ritmo acelerado.
Os governos que se diziam de esquerda se
aliaram aos grandes empresários e não vão resolver os problemas que afetam a
vida dos trabalhadores. A velha direita (PSDB, DEM, PMDB e outros) tampouco vai
fazê-lo, pois já governaram e sempre massacraram a nossa classe.
Queremos o Brasil governado pelos
trabalhadores, outra forma de organização da sociedade e de distribuição da
riqueza que nós, trabalhadores e trabalhadoras, produzimos.
O capitalismo está em crise em todo o
mundo, gerando desemprego, sucateamento dos serviços públicos, falta de perspectiva
para a juventude, além de guerras e violência.
Nós queremos uma sociedade igualitária e
socialista. Onde todos e todas possam viver dignamente, livres de toda forma de
exploração e opressão. Por isso, estamos lutando!
Por isso, estamos nas ruas e vamos parar
o Brasil no dia 30 de agosto: para construir um país a serviço dos
trabalhadores e trabalhadoras!
Como parte da jornada que teve início em
11 de julho, as centrais sindicais convocarão o novo dia de Paralisação Nacional
em 30 de agosto. Nesta data, apresentaremos novamente as reivindicações
consensuais entre as centrais. São elas:
- Melhoria da qualidade e diminuição do
preço dos transportes coletivos: chega de desrespeito à população, mais ônibus
e metrôs de qualidade.
- 10% do PIB para a educação pública:
pagamento do piso nacional aos trabalhadores em educação, escola pública de
qualidade para todos.
- 10% do orçamento para a saúde pública:
saúde não é mercadoria, chega de filas e mortes nos hospitais públicos.
- Fim dos leilões das reservas de
petróleo: chega de privatização e entrega do patrimônio brasileiro.
- Fim do fator previdenciário e aumento
do valor das aposentadorias: respeito e dignidade para quem construiu esse
país.
- Redução da jornada de trabalho:
trabalhar menos para ter qualidade de vida e tempo para a família.
- Contra o PL 4330: chega de
terceirizações e precarização do trabalho.
- Reforma agrária: terra para quem nela
vive e trabalha.
- Salário igual para trabalho igual:
basta de discriminação à mulher no trabalho.
Mas, além dessas lutas, a CSP-Conlutas,
a organização A CUT Pode Mais, a Feraesp (Federação dos Trabalhadores Rurais do
Estado de SP), o Setor Majoritário da Condsef (Confederação Nacional dos
Servidores Federais) e a CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Alimentação e Afins) aprovaram em seminário que é necessário que o governo
Dilma rompa com o modelo econômico que está sendo aplicado e atendas as
demandas dos trabalhadores exigindo também:
-Não pagamento da dívida externa e
interna aos banqueiros e especuladores. Só em 2012 foram mais de R$ 750 bilhões
do orçamento do país para isso. Queremos estes recursos na saúde e educação
pública, na moradia e nos transportes públicos.
- Contra as privatizações do patrimônio
e dos serviços públicos. Reestatização do que já foi entregue ao capital
privado. Petrobras 100% estatal, revogação da EBSERH, da privatização da
aposentadoria dos servidores, arquivamento do PL 092, fim das PPPs no
transporte e nas estradas e das privatizações dos aeroportos.
- Chega de recursos públicos para as
grandes empresas (desoneração, isenções fiscais, crédito subsidiado, etc.).
Recursos públicos para o serviço público e a valorização dos servidores; SE TEM
DINHEIRO PRA COPA TAMBÉM TEM PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO!
- Cobrança imediata das dívidas das
grandes empresas (nacionais e estrangeiras) com o INSS, FGTS, BNDES e bancos
estatais.
- Congelamento dos preços dos alimentos
e tarifas públicas. Aumento geral dos salários. O salário deve ser suficiente
para assegurar o que manda a Constituição Federal, ou seja, cobrir as despesas
de uma família para ter vida digna (moradia, alimentação, vestuário, saúde,
educação, cultura e lazer).
- Redução drástica da taxa de juros e
fim do superávit primário: chega de dar dinheiro para banqueiros.
- Contra toda forma de discriminação e
opressão: chega de violência contra os negros, mulheres, LGBTs, indígenas e
moradores da periferia.
- Contra a criminalização das lutas e
das organizações dos trabalhadores e da juventude: Lutar é um direito e não um
crime.
Fonte: Sindsaúde Estadual
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