segunda-feira, 26 de agosto de 2013

#VamosParar

NO DIA 30 DE AGOSTO, TRABALHADORES FARÃO NOVA PARALISAÇÃO NACIONAL

Nosso país tem muitas riquezas, mas os trabalhadores não usufruem daquilo que produzem.

A chegada do PT e seus partidos aliados ao governo, em 2003, acendeu a esperança de que, pela primeira vez, nossa situação pudesse mudar de fato, pois até então, a direita (a grande burguesia) mandou e desmandou no Brasil.

Infelizmente, passados dez anos dessa experiência, as condições de vida do nosso povo não melhoraram nas mesmas proporções em que aumentaram os lucros das grandes empresas e dos banqueiros. O governo Dilma, como os anteriores, administra o país de costas para os trabalhadores. Os governos estaduais e municipais fazem a mesma coisa.

Saúde e educação públicas continuam em péssimas condições. O transporte é caro e somos transportados em condições desumanas. A corrupção continua e os privilégios dos políticos não foram alterados. Falta moradia, reforma agrária e saneamento básico. As privatizações e entrega do patrimônio público seguem em ritmo acelerado.

Os governos que se diziam de esquerda se aliaram aos grandes empresários e não vão resolver os problemas que afetam a vida dos trabalhadores. A velha direita (PSDB, DEM, PMDB e outros) tampouco vai fazê-lo, pois já governaram e sempre massacraram a nossa classe.

Queremos o Brasil governado pelos trabalhadores, outra forma de organização da sociedade e de distribuição da riqueza que nós, trabalhadores e trabalhadoras, produzimos.

O capitalismo está em crise em todo o mundo, gerando desemprego, sucateamento dos serviços públicos, falta de perspectiva para a juventude, além de guerras e violência.

Nós queremos uma sociedade igualitária e socialista. Onde todos e todas possam viver dignamente, livres de toda forma de exploração e opressão. Por isso, estamos lutando!

Por isso, estamos nas ruas e vamos parar o Brasil no dia 30 de agosto: para construir um país a serviço dos trabalhadores e trabalhadoras!

Como parte da jornada que teve início em 11 de julho, as centrais sindicais convocarão o novo dia de Paralisação Nacional em 30 de agosto. Nesta data, apresentaremos novamente as reivindicações consensuais entre as centrais. São elas:

- Melhoria da qualidade e diminuição do preço dos transportes coletivos: chega de desrespeito à população, mais ônibus e metrôs de qualidade.
- 10% do PIB para a educação pública: pagamento do piso nacional aos trabalhadores em educação, escola pública de qualidade para todos.
- 10% do orçamento para a saúde pública: saúde não é mercadoria, chega de filas e mortes nos hospitais públicos.
- Fim dos leilões das reservas de petróleo: chega de privatização e entrega do patrimônio brasileiro.
- Fim do fator previdenciário e aumento do valor das aposentadorias: respeito e dignidade para quem construiu esse país.
- Redução da jornada de trabalho: trabalhar menos para ter qualidade de vida e tempo para a família.
- Contra o PL 4330: chega de terceirizações e precarização do trabalho.
- Reforma agrária: terra para quem nela vive e trabalha.
- Salário igual para trabalho igual: basta de discriminação à mulher no trabalho.

Mas, além dessas lutas, a CSP-Conlutas, a organização A CUT Pode Mais, a Feraesp (Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de SP), o Setor Majoritário da Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Federais) e a CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins) aprovaram em seminário que é necessário que o governo Dilma rompa com o modelo econômico que está sendo aplicado e atendas as demandas dos trabalhadores exigindo também:

-Não pagamento da dívida externa e interna aos banqueiros e especuladores. Só em 2012 foram mais de R$ 750 bilhões do orçamento do país para isso. Queremos estes recursos na saúde e educação pública, na moradia e nos transportes públicos.
- Contra as privatizações do patrimônio e dos serviços públicos. Reestatização do que já foi entregue ao capital privado. Petrobras 100% estatal, revogação da EBSERH, da privatização da aposentadoria dos servidores, arquivamento do PL 092, fim das PPPs no transporte e nas estradas e das privatizações dos aeroportos.
- Chega de recursos públicos para as grandes empresas (desoneração, isenções fiscais, crédito subsidiado, etc.). Recursos públicos para o serviço público e a valorização dos servidores; SE TEM DINHEIRO PRA COPA TAMBÉM TEM PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO!
- Cobrança imediata das dívidas das grandes empresas (nacionais e estrangeiras) com o INSS, FGTS, BNDES e bancos estatais.
- Congelamento dos preços dos alimentos e tarifas públicas. Aumento geral dos salários. O salário deve ser suficiente para assegurar o que manda a Constituição Federal, ou seja, cobrir as despesas de uma família para ter vida digna (moradia, alimentação, vestuário, saúde, educação, cultura e lazer).
- Redução drástica da taxa de juros e fim do superávit primário: chega de dar dinheiro para banqueiros.
- Contra toda forma de discriminação e opressão: chega de violência contra os negros, mulheres, LGBTs, indígenas e moradores da periferia.
- Contra a criminalização das lutas e das organizações dos trabalhadores e da juventude: Lutar é um direito e não um crime.

Fonte: Sindsaúde Estadual

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