Trabalhadores da saúde estadual conquistam reajuste
Os trabalhadores estaduais da saúde decidiram no último dia 10, durante assembleia geral no Hospital João Machado, em Natal, encerrar a greve da categoria, iniciada no dia 1° de março. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do RN (Sindsaúde-RN), após avaliação, decidiu junto com os trabalhadores aceitar a proposta de reajuste salarial do governo do Estado. Para a maioria dos servidores, o resultado da greve foi uma vitória.
Em Mossoró, as mobilizações da greve foram garantidas pela direção regional do sindicato. Durante os dez dias de paralisação, os coordenadores do Sindsaúde na cidade se desdobraram para fortalecer a luta em vários locais de trabalho, realizando atos públicos e reuniões com a categoria.
“Conseguimos do governo os 45,7% de aumento ao nível elementar, o que corresponde ao reajuste do salário mínimo nos últimos quatro anos; os 20,75% do nível médio e 21% do nível superior, correspondente à inflação do mesmo período. O acordo foi aceito pela maioria dos servidores que estiveram presentes na assembleia.”, afirmou o coordenador da Regional de Mossoró, João Morais.
De acordo com a proposta, os níveis médio e superior receberão reajuste de 15% em junho e o restante em dezembro. Já o nível elementar receberá tudo em junho. Mas o que realmente mais agradou a categoria foi a manutenção do Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração que previa 3% de reajuste entre os níveis de mesma escolaridade. A proposta anterior mexia nisso e fazia com que a diferença de salários entre um novato e um servidor de 30 anos de carreira chegasse, em alguns casos, a 10%. Com a manutenção do Plano, em todos os níveis a diferença é de 55,7%.
Segundo João Morais, o reajuste salarial é em cima do salário base dos servidores, como também das gratificações. Entretanto, o diretor alerta sobre a situação das condições de trabalho. "Tanto o concurso para contratação de novos profissionais como as condições dignas de trabalho são importante para categoria, ainda precisamos discutir isso com o governo do Estado. A saúde pública ainda está sucateada, o Hospital Tarcísio Maia é a prova disso, um verdadeiro caos", concluiu o coordenador.
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