Servidores municipais cobram cumprimento de compromissos assumidos pela prefeitura
Agentes comunitários de saúde e de endemias fizeram uma grande mobilização na manhã de ontem. Eles caminharam da frente da sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) até a Câmara Municipal de Mossoró (CMM) para denunciar a falta de compromisso da prefeitura com a categoria. Os servidores reivindicam uma série de promessas feitas pela PMM que estão sendo descumpridas.
"A reivindicação principal é em relação ao auxílio-transporte que deveria ter sido pago em dinheiro até o final de maio e não veio. E o pior é que nós entramos em contato com a Secretaria de Administração e nos deram umas desculpas sem sentido. Disseram que alguns servidores não entregaram o comprovante de residência e outros só tiraram cópia do endereço do comprovante e não do valor da conta. Eles queriam pagar a conta também?" ironizou o presidente do Sindsaúde, João Morais.
Além dessa queixa, outro impasse é em relação à integração dos agentes de endemias no Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS). Segundo os servidores, a prefeitura garantiu que os agentes estariam integrados a partir do mês de maio, o que não aconteceu. Os servidores reclamam das perdas salariais provocadas por essa não-inclusão no plano.
"Os agentes não receberam o correto pelo plano, pois eles estão enquadrados de forma errada. Alguns deles trabalham há 10 anos e estão recebendo quase o mesmo salário de quem entrou há pouco tempo. Para se ter uma ideia, quem está no PCCS recebe, no mínimo, R$ 615 e quem está fora recebe apenas R$ 500", explica João. Outra reclamação mais simples dos trabalhadores, desde a última greve e que ainda não foi cumprida se refere ao material de trabalho.
"Os protetores solares ainda não chegaram. Recentemente tivemos uma reunião com a gerente da Saúde, Jaqueline Amaral, e ela nos disse que a empresa que ganhou a concorrência não tinha o selo do Ministério da Saúde. Como é que a empresa participou da concorrência? Segundo ela, o processo teve que ser anulado. Além disso falta material básico como lápis, lanterna, botas, sem falar no fardamento que ainda não chegou", frisou João.
Segundo ele, o motivo da cobrança ter sido feita ontem, em frente à CMM, é porque "foi com o apoio dos vereadores que os trabalhadores conseguiram a aprovação dessas determinações. Então, resolvemos denunciar que as promessas não estão sendo cumpridas", frisa o presidente. Ele disse ainda que a categoria não pensa em uma medida mais drástica, como a greve. "Ainda não há essa possibilidade, mas nós vamos conversar e marcar uma assembleia", garantiu João Morais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário