Mossoró também decide parar
Acompanhando o movimento grevista dos médicos que começa hoje em todo o estado, os servidores da saúde resolveram antecipar a paralisação de suas atividades. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindisaúde), não recebeu sinal positivo do governo em relação ao pagamento do reajuste salarial de 45% acordado para o dia 30 de junho.
De acordo com João Morais, a partir de hoje apenas atendimentos de urgência e emergência serão mantidos nas principais unidades regionais de saúde. “Demais localidades na região já entraram em greve, e como não vimos nenhum avanço nas negociações do governo, o pessoal resolveu antecipar a greve e seguir a orientação do pessoal de Natal”, informa, acrescentando que hoje os servidores estaduais que atuam em Mossoró, participam de uma caravana em direção a Natal e se juntarão com servidores da capital - que estão em greve desde segunda - de ato público em frente ao prédio da Governadoria do Estado. “A Câmara havia aprovado o remanejamento do orçamento, mas até agora o governador não pagou o aumento”, disse.
Segundo João Morais, a lei determinou que o governo pague o reajuste de 45% aos servidores de nível elementar e 21% para os de níveis médio e superior. Os 45% já seriam pagos em junho e os 21% parcelados, sendo 15% em junho e o restante em dezembro. Ao todo 2100 trabalhadores ficaram de braços cruzados. Ontem uma Assembleia foi realizada às 15hs, em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) para definir as estratégias para pressionar o governo.
O sindicato informou que devem aderir à mobilização, servidores estaduais da saúde, nas seguintes funções: técnicos de enfermagem, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos que atuam no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), Hospital Regional Rafael Fernandes, Banco de Leite, II Unidade (II URSAP), Laboratório Regional de Mossoró (LAREM), Unicat e Citopatologia.
Greve é a sexta da categoria em sete anos
Essa será a segunda greve feita pelo Sindicato em 2010. A sexta em pouco mais de sete anos do atual Governo. Em março, os servidores públicos estaduais da saúde, já tinham dado início a um movimento grevista. Para o representante da categoria, João Morais, a reclamação da categoria são sempre as mesmas. “Atraso no pagamento e melhoria nas condições de trabalho. Melhores condições de trabalho e de atendimento aos pacientes”, afirma.
Fonte: Jornal De Fato - 24/06/2010
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