Nesta quinta, assembleia discute greve
na saúde do RN
Servidores se reúnem às 9h, no Clube
Assen, para discutir indicativo de greve. Governo Rosalba não se pronunciou
sobre a pauta.
A paciência tem limite. Os servidores da
saúde estadual estão há dois meses em campanha salarial e até agora o governo
não se pronunciou. Diante disso, na última assembleia, foi aprovado um dia de
paralisação de advertência, no dia 11 de julho. Agora, na assembleia do dia 25,
a categoria vai discutir o indicativo de greve e a data de início. “Nós, da
diretoria do Sindsaúde, indicamos a greve. Fizemos uma forte paralisação no dia
11 e o próximo passo é dar a resposta ao governo”, disse Simone Dutra,
coordenadora-geral do Sindsaúde. “Os protestos no País mostraram que vale a
pena lutar. Chega de aceitar esse salário e a falta de condições de trabalho.
Venha preparar a greve, a única forma deste governo nos ouvir”, convoca.
O governo Rosalba tem recorrido à
imprensa para passar a ideia de que gasta muito com a folha de pagamento,
inclusive ameaçando com o não pagamento de salários. No entanto, na sexta, 19,
a divulgação do relatório de contas do TCE mostrou qual a prioridade do
governo. Em 2012, o RN gastou em saúde o mesmo que em 2010, mesmo arrecadando
mais e com uma população maior, segundo o TCE. E o pior, gastou mais de R$ 27
milhões em publicidade, mais de R$ 24 milhões em diárias e só os mesmos R$ 17
milhões em saúde. Enquanto isso, o Santa Catarina está sem pessoal, faltam
ambulâncias, esparadrapo e 300 leitos de UTI.
A falta de negociação
O governo Rosalba não se pronunciou e
Secretaria de Administração não recebeu servidores. Dois meses após a entrega
da pauta, em 22 de maio, a postura do governo do RN tem sido de desrespeito e
descaso com os servidores. De um lado, a busca do Sindsaúde pela negociação. De
outro, ausências na Mesa Permanente de Negociação e cancelamento de reuniões. A
Secretaria de Administração até agora não recebeu os servidores, recusou a
solicitação de reunião conjunta e não se pronunciou. Nesta segunda, 22, a Searh
faltou a mais uma reunião da Mesa Permanente de Negociação do SUS. “A
intransigência tem sido a marca desse governo com todos os servidores públicos,
como aconteceu recentemente com os nossos colegas do Detran”, recorda Rosália
Fernandes, diretora do Sindsaúde.
Audiências apenas com a Sesap
O sindicato foi recebido pelo secretário
de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, 45 dias após a entrega da pauta de
reivindicações. As reuniões ocorreram nos dias 09, 15 e 17 de julho, e foram
discutidas todas as reivindicações. O secretário afirmou concordar com as
exigências salariais e relativas ao PCCR; comprometeu-se em montar comissão
conjunta para a tabela de qualificação e reativar a comissão da Gratificação de
Produtividade. Também sinalizou com a eleição de diretores e anunciou que o
Hospital da Mulher (Mossoró) e o de Currais Novos serão assumidos pelo estado,
um dos pontos de nossa campanha.
Por outro lado, o secretário manteve a
sua posição sobre o atendimento restrito na pediatria do Santa Catarina a
partir de outubro e sobre a Parceria Público-Privada (PPP) para o Hospital de
Trauma. Também disse que a situação financeira do estado não permitiria novos
concursos, para repor o quadro. “Apesar de ele ter concordado com as
reivindicações salariais, não há sinalização do governo nesse sentido, pois a
Searh não nos recebeu”, afirma Simone Dutra. “Por isso, não há outro caminho
que não a greve”.
INFORMAÇÕES
Assembleia estadual da Saúde
Quinta-feira, 25 de julho, 09h
Clube Assen (Prudente de Morais, 828 -
Tirol)
Haverá transporte saindo dos principais
hospitais.
Fonte: Sindsaúde/RN Estadual
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