quinta-feira, 10 de março de 2016

Governo corta refeições dos hospitais de Mossoró

Imagem: Diocese de Osasco


Passou fome quem esteve em algum dos hospitais públicos de Mossoró neste último 08 de março - seja como acompanhante, paciente ou trabalhador. O governo do Estado não renovou o contrato com a fornecedora de alimentos terceirizada que operava no Hospital Regional Tarcísio Maia e no Hospital da Mulher, deixando centenas de profissionais e usuários de ambos os hospitais sem o direito à refeição.

No Hospital da Mulher, as grávidas de risco estão se alimentando de arroz, feijão e ovos. Inclusive este cardápio só foi possível por conta de doação do diretor da unidade. As trabalhadoras e trabalhadores, por sua vez, nem isso estão comendo. Frente à falta de alimentos, estão orientando os servidores do HRTM a comer em casa, no seu horário de descanso. Mas como isto seria possível para aquelas pessoas que tem domicílio em outras cidades? E quanto aos plantonistas do período da noite e madrugada? 

Esta situação absurda só ocorre por conta do avanço da privatização e da terceirização no SUS. Caso o Estado contratasse cozinheiras, auxiliares de cozinha, etc. para o Hospital – o serviço seria contínuo e o servidor efetivado criaria vínculos com o hospital. Entretanto, com a passagem desses serviços essenciais para a inciativa privada, o governo perde semanas em burocracias contratuais e corta o direito à alimentação de centenas de trabalhadores e pacientes por tempo indeterminado.

Exigimos imediatamente o retorno da alimentação nos Hospitais! O governador Robinson Faria, junto ao secretário de Saúde Ricardo Lagreca, além de sucatear o SUS, estão conseguindo criar problemas de saúde pública em Mossoró, ao obrigar pacientes em estado grave e profissionais da saúde a almoçarem fora das dependências do hospital em meio a seu expediente.

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