Eleição de picaretas e figuras folclóricas desmoraliza ainda mais a democracia dos ricos
Candidato por São Paulo, o palhaço Tiririca foi o deputado federal mais votado no país, com mais de um milhão de votos. Com o slogan “Vote em Tiririca. Pior que está não fica”, o palhaço se tornou um dos maiores símbolos da mais completa despolitização do processo eleitoral, onde candidatos são valorizados pela aparência, simpatia e celebridade. Por outro lado, a grande votação em Tiririca também deve ser explicada pela profunda desmoralização das instituições burguesas, como o Congresso, palco de escabrosos escândalos de corrupção.
No passado, a indignação com a democracia dos ricos produziu episódios pitorescos, como a votação em Macaco Tião, de um zoológico carioca, que teve 400 mil votos e ficou em terceiro lugar para prefeito do Rio de Janeiro.
Mas hoje atrair esse tipo de voto tornou-se mais uma jogada dos grandes partidos. Tiririca não era apenas mais um candidato laranja e despolitizado. Desde o início, sua campanha foi preparada por seu partido (PR) para atrair o maior número de votos possível. O esquema deu certo. O candidato foi o maior puxador de votos de sua coligação, que incluía PT e PCdoB.
Graças ao coeficiente eleitoral, os votos em Tiririca ajudaram a eleger os candidatos Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e até o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz (PCdoB). Tiririca mostra com toda clareza que, na democracia dos ricos, até o voto-escracho já se tornou um verdadeiro “esquemão” dos partidos.
Como se não bastasse, notórios políticos corruptos conseguiram se eleger. Três políticos envolvidos com o escândalo do mensalão voltaram para a Câmara Federal. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT), Valdemar da Costa Neto (PR, o mesmo partido de Tiririca) e José Mentor (PT) se elegeram em São Paulo.
Os mensaleiros não estão sozinhos. Muitos candidatos “fichas sujas” conquistaram boa votação. No Pará, Jader Barbalho (PMDB) ficou em segundo na disputa pelo Senado. Já Paulo Maluf (PP) obteve 497 mil votos, o terceiro maior índice do estado.
O retorno dos picaretas expõe de forma incontestável o verdadeiro funcionamento da democracia dos ricos e corruptos. Ganha quem tem a maior máquina eleitoral, financiada por grupos empresariais e banqueiros, quem garante o clientelismo, o cabresto e as campanhas milionárias. O “novo” Congresso continuará roubando, mas ganhou agora um novo time para reforçar a tarefa.
No passado, a indignação com a democracia dos ricos produziu episódios pitorescos, como a votação em Macaco Tião, de um zoológico carioca, que teve 400 mil votos e ficou em terceiro lugar para prefeito do Rio de Janeiro.
Mas hoje atrair esse tipo de voto tornou-se mais uma jogada dos grandes partidos. Tiririca não era apenas mais um candidato laranja e despolitizado. Desde o início, sua campanha foi preparada por seu partido (PR) para atrair o maior número de votos possível. O esquema deu certo. O candidato foi o maior puxador de votos de sua coligação, que incluía PT e PCdoB.
Graças ao coeficiente eleitoral, os votos em Tiririca ajudaram a eleger os candidatos Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e até o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz (PCdoB). Tiririca mostra com toda clareza que, na democracia dos ricos, até o voto-escracho já se tornou um verdadeiro “esquemão” dos partidos.
Como se não bastasse, notórios políticos corruptos conseguiram se eleger. Três políticos envolvidos com o escândalo do mensalão voltaram para a Câmara Federal. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT), Valdemar da Costa Neto (PR, o mesmo partido de Tiririca) e José Mentor (PT) se elegeram em São Paulo.
Os mensaleiros não estão sozinhos. Muitos candidatos “fichas sujas” conquistaram boa votação. No Pará, Jader Barbalho (PMDB) ficou em segundo na disputa pelo Senado. Já Paulo Maluf (PP) obteve 497 mil votos, o terceiro maior índice do estado.
O retorno dos picaretas expõe de forma incontestável o verdadeiro funcionamento da democracia dos ricos e corruptos. Ganha quem tem a maior máquina eleitoral, financiada por grupos empresariais e banqueiros, quem garante o clientelismo, o cabresto e as campanhas milionárias. O “novo” Congresso continuará roubando, mas ganhou agora um novo time para reforçar a tarefa.
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