segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Greve Bancária

Bancários fazem forte mobilização em todo o Brasil

Nesta segunda e terça-feira a greve será ampliada
A greve já soma 4.791 agências fechadas nacionalmente

Em todo o país os bancários foram à luta. Pela primeira vez em anos, de forma unificada, todas as capitais do Brasil pararam no dia 24. A força da greve mostra a enorme indignação da categoria com seu salário e condições de trabalho.

O Movimento Nacional da Oposição Bancária (MNOB) alega que os bancários estão de braços cruzados, porque sabem que o alto lucro de seus patrões, vem do ritmo desenfreado de trabalho, do assédio-moral e do arrocho salarial. Só no último semestre R$ 14 bilhões foram arrancandos dos bancários e do povo com juros e tarifas. Acrescentam ainda que nesse momento seja preciso dar mais um passo, pois a forte adesão da categoria tem que se transformar em maior participação.

Acreditam que somente com a ampliação da greve podem derrotar a ganância dos banqueiros e a vontade do governo de fazer com que os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal paguem a conta da crise econômica.

A greve, que entra em seu quinto dia hoje, será ampliada. Com a participação da categoria nas assembleias, e na porta dos Bancos para ajudar no convencimento, e aumentar a mobilização e o controle da categoria sobre sua luta.

Estão dispostos a vencer e não aceitar mais uma proposta rebaixada. Por salário, PLR, estabilidade, isonomia e PCS, continuam em greve.

Participar das assembleias é tomar a campanha nas mãos

O MNBO sabe que muitos desconfiam, e com razão, da direção do Sindicato e da Contraf/CUT, que só se propôs a mobilização na última hora, pediu pouco e agora ensaia fazer como nos últimos anos e aceitar mais um acordo rebaixado.

No entanto, sabem que para mudar este script só há um caminho: aumentar a mobilização. É na greve que a categoria terá a chance de alterar os rumos da campanha salarial.

A Oposição Bancária argumenta que o plano da CUT indica em proteção para o governo a todo custo. Nos Correios, onde contou com a inestimável ajuda da CTB (PCdoB), dividiram a greve nacional e aceitaram acordo de dois anos, só porque o Lula pediu, a greve era forte. O acordo só não foi fechado, pois a maioria das bases continua em greve e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou a proposta ilegal.

Por este motivo a MNBO ressalta que a tarefa de todos é aumentar a participação e a vigilância sobre os rumos da greve. Aumentar a mobilização para mais agências, e também votar nas assembleias, são as medidas necessárias para vitória da categoria. A começar por tirar o governo debaixo da mesa da Fenaban.

Tirar o governo debaixo da mesa da Fenaban
Assembleias devem exigir negociação com Banco do Brasil e a Caixa já!

O governo Lula, que deu mais de R$ 300 bilhões para empresários e banqueiros por conta da crise econômica, agora não quer dar nada aos trabalhadores.

O MNOB sabe que com o fantástico lucro do Banco do Brasil, Caixa Econômica e a lucrativa fusão da Nossa Caixa, a intenção deles é que os bancários paguem a conta. E para cumprir tal plano, se esconde embaixo da mesa da Fenanban, e diz que só negocia após a negociação única.

A Oposição Bancária acredita que a farsa da mesa única, mostra sua cara, pois só está ajudando o governo a se manter calado sobre a isonomia, o PCS, o fim da lateralidade no Banco do Brasil e mais contratações na Caixa.

O MNOB convida aos bancários a votar nas assembléias de todo o país a exigência da reabertura imediata das negociações específicas e aproveitar as mobilizações nos bancos públicos, para subir o patamar de negociação de toda a categoria.

Foto: Sérgio Koei
Fonte: Portal da Conlutas - www.conlutas.org.br

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