GREVE DOS SERVIDORES ESTADUAIS DA SAÚDE CONTINUA FIRME
Os servidores estaduais da saúde do RN seguem firmes em seu movimento grevista contra a defasagem salarial e as péssimas condições de trabalho nos hospitais. Paralisados desde o último dia 2, profissionais de saúde, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, assistentes sociais, entre outros, tem mostrado revolta e disposição de luta para enfrentar o descaso e a intransigência da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Já são 15 dias de uma forte luta.
A pauta de reivindicações da categoria pede um reajuste de 15% (referente à inflação dos últimos dois anos), implantação de uma tabela de incentivo à qualificação, incorporação de gratificações, concurso público e melhores condições de trabalho para diminuir a superexploração dos servidores. Os profissionais de saúde ainda reivindicam o pagamento de plantões trabalhados entre agosto de 2010 e março de 2011 e a conclusão das reformas nos hospitais Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, e Rafael Fernandes, em Mossoró.
Abandono e desabastecimento
Não é novidade nenhuma que, por todo o país, a saúde pública é tratada com descaso pelos governos. Mas, ultimamente, o problema está atingindo níveis cada vez mais inaceitáveis. O abandono e a falta de investimentos do SUS se refletem na falta de leitos hospitalares, superlotação, macas nos corredores, insuficiência de profissionais, medicamentos e aparelhos básicos, além dos baixos salários dos servidores. No Rio Grande do Norte, essa também tem sido a realidade nos hospitais estaduais. Uma situação que vem piorado muito desde o início do mandato de Rosalba Ciarlini.
No Hospital-Maternidade Santa Catarina, em Natal, onde trabalha a enfermeira Simone Dutra, as condições são de calamidade. “Não temos nem mesmo o mínimo para trabalhar. É recorrente a falta de álcool, sabão para lavar as mãos, papel higiênico, lençóis, material de limpeza para higienizar o hospital. Há cinco anos o pronto-socorro se arrasta numa reforma interminável, deixando pacientes de todos os tipos misturados e amontoados. Além disso, a sala de raios-x não funciona. É uma política de abandono deliberada do governo.”, acusa Simone Dutra.
Ainda neste mesmo hospital, na ala da maternidade, bebês que precisam de leitos de UTI neonatal, como os prematuros, estão correndo risco de morte por falta de estrutura e vagas no setor. A insuficiência de profissionais tem deixado oito leitos de UTI sem uso e encostados num canto da sala.
Já em Mossoró, o Hospital Rafael Fernandes, que trata pacientes com doenças infectocontagiosas, também enfrenta uma situação de catástrofe. “Aqui em Mossoró os problemas que enfrentamos são gritantes. No Hospital Rafael Fernandes, em função do atraso na conclusão da reforma, pacientes com diversas doenças infectocontagiosas convivem lado a lado, por ausência de uma estrutura que os acomode de forma adequada. Além disso, os profissionais que atuam no laboratório da cidade fazem cota para comprar água mineral, luvas, copos descartáveis. Nem mesmo o mínimo de estrutura é fornecido a estes trabalhadores”, denuncia João Morais, diretor regional do Sindsaúde na cidade.
A pauta de reivindicações da categoria pede um reajuste de 15% (referente à inflação dos últimos dois anos), implantação de uma tabela de incentivo à qualificação, incorporação de gratificações, concurso público e melhores condições de trabalho para diminuir a superexploração dos servidores. Os profissionais de saúde ainda reivindicam o pagamento de plantões trabalhados entre agosto de 2010 e março de 2011 e a conclusão das reformas nos hospitais Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, e Rafael Fernandes, em Mossoró.
Abandono e desabastecimento
Não é novidade nenhuma que, por todo o país, a saúde pública é tratada com descaso pelos governos. Mas, ultimamente, o problema está atingindo níveis cada vez mais inaceitáveis. O abandono e a falta de investimentos do SUS se refletem na falta de leitos hospitalares, superlotação, macas nos corredores, insuficiência de profissionais, medicamentos e aparelhos básicos, além dos baixos salários dos servidores. No Rio Grande do Norte, essa também tem sido a realidade nos hospitais estaduais. Uma situação que vem piorado muito desde o início do mandato de Rosalba Ciarlini.
No Hospital-Maternidade Santa Catarina, em Natal, onde trabalha a enfermeira Simone Dutra, as condições são de calamidade. “Não temos nem mesmo o mínimo para trabalhar. É recorrente a falta de álcool, sabão para lavar as mãos, papel higiênico, lençóis, material de limpeza para higienizar o hospital. Há cinco anos o pronto-socorro se arrasta numa reforma interminável, deixando pacientes de todos os tipos misturados e amontoados. Além disso, a sala de raios-x não funciona. É uma política de abandono deliberada do governo.”, acusa Simone Dutra.
Ainda neste mesmo hospital, na ala da maternidade, bebês que precisam de leitos de UTI neonatal, como os prematuros, estão correndo risco de morte por falta de estrutura e vagas no setor. A insuficiência de profissionais tem deixado oito leitos de UTI sem uso e encostados num canto da sala.
Já em Mossoró, o Hospital Rafael Fernandes, que trata pacientes com doenças infectocontagiosas, também enfrenta uma situação de catástrofe. “Aqui em Mossoró os problemas que enfrentamos são gritantes. No Hospital Rafael Fernandes, em função do atraso na conclusão da reforma, pacientes com diversas doenças infectocontagiosas convivem lado a lado, por ausência de uma estrutura que os acomode de forma adequada. Além disso, os profissionais que atuam no laboratório da cidade fazem cota para comprar água mineral, luvas, copos descartáveis. Nem mesmo o mínimo de estrutura é fornecido a estes trabalhadores”, denuncia João Morais, diretor regional do Sindsaúde na cidade.
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