CÂMARA PODE VOTAR MAIS UM ATAQUE À
APOSENTADORIA AINDA EM NOVEMBRO
Mais uma vez o Congresso Nacional e o
Governo Dilma podem alterar as condições para os trabalhadores se
aposentarem. A Câmara dos Deputados pode
aprovar ainda neste ano o fim do Fator Previdenciário cuja implantação em 1999
significou um ataque à aposentadoria. Mas em seu lugar seria adotada uma nova
fórmula, o fator 85/95, que assim como o fator previdenciário, prevê que o
trabalhador trabalhe mais anos para poder se aposentar.
Em 1999, o governo Fernando Henrique Cardoso estabeleceu o
Fator Previdenciário para desestimular as aposentadorias. Esse fator é um
redutor que leva em conta a idade em que o trabalhador se aposenta e a
expectativa de vida da população. Quanto menos idade o trabalhador tem quando
atinge o tempo de contribuição exigido (30 anos para mulheres e 35 para
homens), menor é o valor da aposentadoria.
Agora o presidente da Câmara dos
Deputados, Marco Maia (PT/RS), colocou para entrar em pauta entre os dias 20 e
23 de novembro um projeto do senador Paulo Paim que prevê o fim do Fator
Previdenciário e o retorno do cálculo da aposentadoria através da média das 36
últimas contribuições. Mas o que está em discussão no congresso não é somente o
fim do Fator Previdenciário. Está em debate substituí-lo por uma nova fórmula
(fator 85/95) que igualmente ataca o direito a aposentadoria.
Fator 85/95 é uma enganação
O fim do fator previdenciário já foi
aprovado em 2009, mas foi vetado pelo então presidente Lula. Agora, com o aval
das centrais sindicais governistas, o tema retorna e o planalto deve apresentar
uma contraproposta para referendar o fim do fator previdenciário. O grande
problema é que em seu lugar entraria a fórmula chamada de fator 85/95. Esta
fórmula impõe que a soma da idade com o tempo de contribuição atinja o total de
85 anos para as mulheres e 95 anos para os homens.
Para o membro da Secretaria Executiva
Nacional da CSP-Conlutas, Zé Maria de Almeida, este é mais um ataque à
aposentadoria. “Sem dúvida nenhuma o fator previdenciário foi um ataque à
aposentadoria e devemos lutar para acabar com ele. Entretanto, o governo vai
colocar em seu lugar uma fórmula que significará mais um ataque, em especial
para aqueles que começaram a trabalhar mais cedo”.
Fonte: CSP-Conlutas
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