TRABALHADORES EUROPEUS REALIZAM GREVE
GERAL NESTA QUARTA-FEIRA
Os trabalhadores europeus estão chamando
uma Greve Geral para esta quarta-feira, dia 14. É a primeira vez na história que
ao menos quatro países (Espanha, Itália, Portugal e Grécia) convocam uma greve
geral unitária. Estão previstas também manifestações em diversos países da
Europa em apoio à paralisação. Essas ações tem o mesmo objetivo: consolidar a
unidade dos trabalhadores para combater os ataques aos seus direitos que se
intensificaram nos últimos anos.
A Greve Geral, que recebeu o nome de
14N, a exemplo de outras manifestações do mesmo estilo, é marcada pela unidade dos
movimentos sindicais e sociais que darão uma resposta nas ruas contra a
retirada direitos dos trabalhadores. Os governos querem impor pacotes de
austeridade para combater a crise, agravada em 2008, e assim salvar os bancos.
Os trabalhadores de toda a Europa são
vítimas de uma crise econômica e social, causada por políticas de arrocho e
anti-trabalhador da União Europeia, FMI (Fundo Monetário Internacional) e
governos que só atendem aos interesses de empresários e banqueiros.
Essa crise tem como consequência o empobrecimento
da população, o aumento da exploração dos trabalhadores, a destruição dos
serviços públicos e as precárias condições de trabalho dos funcionários públicos,
com cortes de salário e retirada de benefícios.
Na Espanha, a exemplo do que ocorre em
outros países, os dados econômicos não são de crise, e sim de catástrofe
social. Mais de 6 milhões de pessoas estão desempregadas e só no último ano
mais de 800 mil pessoas foram demitidas. Sem contar os mais de 517 despejos diários, a falência dos
municípios, as universidades que não pagam os salários, as centenas de milhares de trabalhadores com
mais de cinco meses de prestações do seguro desemprego em atraso. Além dos
imigrantes, que são privados por decreto de terem acesso aos serviços de saúde,
entre outros ataques.
A reforma trabalhista na Espanha causou
a demissão de mais de 700 mil servidores públicos, anunciou novas restrições de
aposentadoria e novas privatizações no setor de saúde. Tudo para manter e salvar
os banqueiros e fazer os trabalhadores pagarem uma dívida que não é deles. Essa
dívida é dos banqueiros, dos especuladores. Querem pagar a conta ao custo da
miséria dos trabalhadores e do povo.
Os trabalhadores realizarão esta greve
para dizer que não pagarão essa conta. O ato foi convocado pela Confederação
Europeia de Sindicatos e contou também com o apoio do Conselho Geral da
Confederação Sindical Internacional.
A CSP-Conlutas apoia essa luta e realizará
no Brasil um ato em solidariedade à luta dos trabalhadores europeus, nesta
quarta, no Consulado da Espanha, em São Paulo, em conjunto com outras centrais
sindicais. Todo apoio à Greve Geral na Europa
Fonte: CSP-Conlutas
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