sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Servidores da saúde aprovam contas da gestão de 2014 em assembleia


Nesta sexta-feira 25 de setembro, o Sindicato dos servidores da saúde do Rio Grande do Norte realizou assembleia geral com fins de apresentação anual das receitas e despesas do sindicato em 2014. A assembleia contou com representações da base de todas as regionais do sindicato no estado.

Estimou-se que a sindicalização da categoria se elevou em 14%, em um conjunto de 12 a 13 mil servidores, que foi considerada uma vitória política e organizativa da entidade. Este aumento possibilitou fortalecer a descentralização incrementando os repasses para as regionais,  e ainda aumentar os repasses à Central Sindical e Popular (CSP-CONLUTAS) - dando peso à política nacional da classe trabalhadora.

Rememoraram-se alguns custos centrais na atividade do sindicato,  como os R$570.000,00 investidos no movimento grevista e o adiantamento de R$26.000, 00 aos servidores da saúde, na ocasião da penúltima greve de 51 dias que foi decretada ilegal pela justiça,  penalizando os vencimentos e o direito de greve dos trabalhadores e trabalhadoras. Em ambas situações,  reafirmou-se o compromisso do sindicato com a categoria e suas lutas.

As perspectivas apontadas pela atual gestão para o próximo período são a centralidade nas lutas,  o equilíbrio orçamentário, a campanha permanente de filiação,  e o investimento em áreas de lazer e na estrutura das sedes.

A prestação de contas foi aprovada com apenas 1 (um) voto contrário.  As trabalhadoras e trabalhadores da saúde confirmaram a democracia de bases no sindicato entoando a palavra-de-ordem: "O sindicato somos nós,  nossa força,  nossa voz!"



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sindsaude promove Plenárias de Construção da Marcha Nacional dos Trabalhadores em Mossoró

De acordo com o chamado da CSP-CONLUTAS apontando o dia 18/09 como dia nacional de lutas, o Sindsaude vem promovendo plenárias de construção da marcha dos trabalhadores em Mossoró.

A primeira plenária, nesta segunda-feira 14/09, contou com a presença de representações do Sindsaude e Sindprevs, militantes do PSTU, PSOL, POR e também do movimento estudantil com a ANEL.

Houve concordância geral quanto à necessidade da construção da marcha em Mossoró, no sentido de fortalecer uma alternativa entre a falsa polarização entre PSDB e PT, uma vez que ambos atacam brutalmente os trabalhadores, a juventude e o povo pobre, e contam com as mesmas alianças corruptas com banqueiros, ruralistas e o grande empresariado.

Em relação ao trajeto do ato, o movimento acenou experimentar uma nova tática. Invés de um ato tradicional, no centro da cidade ou em uma via de grande trânsito, deliberou-se o percurso voltado à periferia - começando na UFERSA e marchando Alto de São Manoel adentro, de forma a dialogar com as populações periféricas da região, como no Pirrixil. Será realizado um trabalho de propaganda com os moradores no ato, e realizar uma assembleia popular com os mesmos no pós-ato em uma praça próxima. O ato ficou previsto para sexta-feira 18/09, as 16:00.

Deliberou-se também a necessidade de incluir o Fórum dos Servidores do Oeste Potiguar neste processo de construção, uma vez que o mesmo inclui diversas categorias em greve (docentes da UFERSA, docentes da UERN, técnicos-administrativos, etc.) que tem muito a contribuir com a organização da marcha.

 A II Plenária de Construção, neste sentido, ficou marcada para essa terça-feira (15/09), as 17:00, no auditório do Sindsaude Mossoró.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Após greve recorde de 91 dias, servidores da saúde suspendem greve em assembleia do Sindsaude-RN

Nesta quinta-feira 10/09, servidores da saúde pública de todo o Rio Grande do Norte se reuniram em assembleia que culminou na suspensão da greve. A greve iniciada em 11/06 já durava 91 dias.

A suspensão da greve se deu meio à intransigência absoluta do (des)governo de Robson Faria, que ameaça as condições de trabalho mínimas dos servidores e sobretudo a saúde pública do RN. Apesar da população ser temporariamente penalizada pelo movimento grevista, o interesse dos grevistas e da população potiguar - pois a luta se dá em defesa da saúde pública que está sendo atacada, sucateada e privatizada pelos governos.

Todavia, a categoria avaliou positivamente a greve da saúde, pela demonstração de que há força e disposição de luta em uma vanguarda valiosa dos trabalhadores, e pela função educativa que cumpriu para com a sociedade potiguar, que cada vez mais toma ciência do caos na saúde pública estadual e nacional. O Corredômetro, instrumento que torna pública e atualizada a quantidade de pacientes sofrendo nos corredores dos hospitais públicos, foi um meio valioso para tal.

A conclusão unânime da categoria na assembleia era de que a greve estava suspensa, mas a luta continuava. Ao término da assembleia servidoras e servidores da saúde gritavam a palavra-de-ordem: "A nossa luta é todo dia, porque saúde não é mercadoria!''


Neste sentido, deliberou-se também um calendário de lutas e mobilizações, que inclui uma ação judicial questionando os altíssimos salários dos políticos e burocratas do estado em meio à ''crise". 


“Estamos saindo da greve, mas não estamos satisfeitos. Se estamos em crise, o governo deveria cortar os altos salários, como o do próprio governador e dos secretários, que dobraram em dezembro”, afirmou Manoel Egídio Jr., vice-coordenador do Sindsaúde"

Os servidores também prometeram retornar à Câmara e às ruas para pressionar pela votação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garante o pagamento de adicionais de insalubridade na aposentadoria da saúde, a retirada do PL da Previdência Complementar, o fim dos saques no Fundo Previdenciário e para acompanhar o envio da proposta de Orçamento de 2016. 

Os servidores também irão cobrar o cumprimento rigoroso da proposta enviada pela secretária-chefe do gabinete civil. A proposta cede à algumas reinvindicações do movimento grevista, como a revogação do decreto que impede a licença-prêmio, a realização de um concurso público em 2016, e a definição de novos prazos para a implantação de mudanças de nível atrasadas. Mas a mesma é considerada extremamente limitada, posto que não dialoga em demandas fundamentais da categoria como o reajuste salarial de 27%, a isonomia salarial, a gestão democrática com eleições diretas para os locais de trabalho da saúde, entre outras.