NO DIA 30 DE AGOSTO, TRABALHADORES FARÃO NOVA PARALISAÇÃO NACIONAL
Nosso país tem muitas riquezas, mas os
trabalhadores não usufruem daquilo que produzem.
A chegada do PT e seus partidos aliados
ao governo, em 2003, acendeu a esperança de que, pela primeira vez, nossa
situação pudesse mudar de fato, pois até então, a direita (a grande burguesia)
mandou e desmandou no Brasil.
Infelizmente, passados dez anos dessa
experiência, as condições de vida do nosso povo não melhoraram nas mesmas
proporções em que aumentaram os lucros das grandes empresas e dos banqueiros. O
governo Dilma, como os anteriores, administra o país de costas para os
trabalhadores. Os governos estaduais e municipais fazem a mesma coisa.
Saúde e educação públicas continuam em
péssimas condições. O transporte é caro e somos transportados em condições
desumanas. A corrupção continua e os privilégios dos políticos não foram
alterados. Falta moradia, reforma agrária e saneamento básico. As privatizações
e entrega do patrimônio público seguem em ritmo acelerado.
Os governos que se diziam de esquerda se
aliaram aos grandes empresários e não vão resolver os problemas que afetam a
vida dos trabalhadores. A velha direita (PSDB, DEM, PMDB e outros) tampouco vai
fazê-lo, pois já governaram e sempre massacraram a nossa classe.
Queremos o Brasil governado pelos
trabalhadores, outra forma de organização da sociedade e de distribuição da
riqueza que nós, trabalhadores e trabalhadoras, produzimos.
O capitalismo está em crise em todo o
mundo, gerando desemprego, sucateamento dos serviços públicos, falta de perspectiva
para a juventude, além de guerras e violência.
Nós queremos uma sociedade igualitária e
socialista. Onde todos e todas possam viver dignamente, livres de toda forma de
exploração e opressão. Por isso, estamos lutando!
Por isso, estamos nas ruas e vamos parar
o Brasil no dia 30 de agosto: para construir um país a serviço dos
trabalhadores e trabalhadoras!
Como parte da jornada que teve início em
11 de julho, as centrais sindicais convocarão o novo dia de Paralisação Nacional
em 30 de agosto. Nesta data, apresentaremos novamente as reivindicações
consensuais entre as centrais. São elas:
- Melhoria da qualidade e diminuição do
preço dos transportes coletivos: chega de desrespeito à população, mais ônibus
e metrôs de qualidade.
- 10% do PIB para a educação pública:
pagamento do piso nacional aos trabalhadores em educação, escola pública de
qualidade para todos.
- 10% do orçamento para a saúde pública:
saúde não é mercadoria, chega de filas e mortes nos hospitais públicos.
- Fim dos leilões das reservas de
petróleo: chega de privatização e entrega do patrimônio brasileiro.
- Fim do fator previdenciário e aumento
do valor das aposentadorias: respeito e dignidade para quem construiu esse
país.
- Redução da jornada de trabalho:
trabalhar menos para ter qualidade de vida e tempo para a família.
- Contra o PL 4330: chega de
terceirizações e precarização do trabalho.
- Reforma agrária: terra para quem nela
vive e trabalha.
- Salário igual para trabalho igual:
basta de discriminação à mulher no trabalho.
Mas, além dessas lutas, a CSP-Conlutas,
a organização A CUT Pode Mais, a Feraesp (Federação dos Trabalhadores Rurais do
Estado de SP), o Setor Majoritário da Condsef (Confederação Nacional dos
Servidores Federais) e a CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Alimentação e Afins) aprovaram em seminário que é necessário que o governo
Dilma rompa com o modelo econômico que está sendo aplicado e atendas as
demandas dos trabalhadores exigindo também:
-Não pagamento da dívida externa e
interna aos banqueiros e especuladores. Só em 2012 foram mais de R$ 750 bilhões
do orçamento do país para isso. Queremos estes recursos na saúde e educação
pública, na moradia e nos transportes públicos.
- Contra as privatizações do patrimônio
e dos serviços públicos. Reestatização do que já foi entregue ao capital
privado. Petrobras 100% estatal, revogação da EBSERH, da privatização da
aposentadoria dos servidores, arquivamento do PL 092, fim das PPPs no
transporte e nas estradas e das privatizações dos aeroportos.
- Chega de recursos públicos para as
grandes empresas (desoneração, isenções fiscais, crédito subsidiado, etc.).
Recursos públicos para o serviço público e a valorização dos servidores; SE TEM
DINHEIRO PRA COPA TAMBÉM TEM PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO!
- Cobrança imediata das dívidas das
grandes empresas (nacionais e estrangeiras) com o INSS, FGTS, BNDES e bancos
estatais.
- Congelamento dos preços dos alimentos
e tarifas públicas. Aumento geral dos salários. O salário deve ser suficiente
para assegurar o que manda a Constituição Federal, ou seja, cobrir as despesas
de uma família para ter vida digna (moradia, alimentação, vestuário, saúde,
educação, cultura e lazer).
- Redução drástica da taxa de juros e
fim do superávit primário: chega de dar dinheiro para banqueiros.
- Contra toda forma de discriminação e
opressão: chega de violência contra os negros, mulheres, LGBTs, indígenas e
moradores da periferia.
- Contra a criminalização das lutas e
das organizações dos trabalhadores e da juventude: Lutar é um direito e não um
crime.
Fonte: Sindsaúde Estadual