quinta-feira, 31 de março de 2016

Em memória de Wildney, ex-agente de saúde e soldado da PM morto em serviço



Wildney foi agente de saúde e um assíduo militante da base do Sindsaúde Mossoró

O Sindsaúde Mossoró vem através desta nota de pesar memorar a trajetória do ex-agente de saúde e soldado Wildney Andrade, falecido em serviço neste dia 21, deixando um filho - bem como compartilhar algumas fotos do nosso arquivo institucional.

Wildney Alves de Andrade, 33 anos, foi ex-agente de saúde e soldado da cavalaria da PM. Defendendo um terceiro que estava sendo assaltado, foi baleado e morto em serviço. Sua morte causou, por um lado, grande comoção social, e por outro, uma onda de violência que aumentou em 6 (seis) o número de mortos em Mossoró, só na segunda 21/03.

Wildney, que era graduado em História, tinha uma formação humanista. Além disso, quando agente de saúde, foi um assíduo militante da base do nosso sindicato. Participava de todas as assembleias, não tinha medo de falar no microfone, e também não se incomodava em marchar sob o sol nos inúmeros movimentos, atos públicos e passeatas que participou conosco. Sempre foi interessado em defender sua categoria, a classe trabalhadora, os nossos direitos.

A violência é um problema, acima de tudo, social. Tanto o soldado Wildney, morto em serviço, quanto os 6 jovens, em sua maioria negros da periferia - assassinados em circunstâncias preocupantes, sem julgamento - são reflexos de uma sociedade carente, onde não existe harmonia entre as classes sociais. O agente de Saúde Wildney percebeu muito cedo que só encontramos a solução para nossos problemas - não dividindo - mas sim nos unindo com os demais e reivindicando os direitos de todos. A nossa luta, hoje, é contra o fechamento do Hospital da Polícia. Precisamos integrar profissionais da saúde, policiais e a sociedade mossoroense para defender o que é nosso: não permitir o fechamento do Hospital da Polícia, e exigir a contratação de uma equipe médica plantonista já!




Baixe aqui o Relatório sobre a questão do Hospital Regional Tarcísio Maia

https://files.acrobat.com/a/preview/3dd3e709-f606-4a23-9384-d1faf70e9a74


O Sindsaúde Mossoró vem a público disponibilizar o "Relatório sobre a questão do Hospital Regional Tarcísio Maia", um documento de 14 páginas elaborado pelo sindicato, a pedido da Defensoria Pública da União e da Secretaria de Saúde Pública do RN. O documento detalha em profundidade as carências e deficiências do Hospital Tarcísio Maia, bem como suas condições de trabalho: infraestrutura, material hospitalar, máquinas e equipamentos, superlotação, sobrecarga, e contingenciamento de recursos pelo governo. Confira!

Acesse o documento por aqui.

terça-feira, 29 de março de 2016

Com mãe internada no Tarcísio Maia, fotógrafa expõe o drama nos corredores do hospital


Cláudia Russo, 87 anos, da Ilha de Sta. Luzia, está internada no Hospital Regional Tarcísio Maia por complicações de diabetes. Sua filha -  a fotógrafa e artista plástica Rita Russo - acompanhando sua mãe nos corredores do Tarcísio Maia, aproveitou o momento para registrar um pouco do drama que ocorre nos corredores deste hospital. Confira as fotos cedidas para o Sindsaúde Mossoró:

O Sindsaúde realiza o Corredômetro, a contagem semanal dos pacientes em macas nos corredores ou em outros lugares, que não sejam leitos. Lutamos por dignidade para servidores e pacientes, pelo fim da sobrecarga de trabalho e por um atendimento de qualidade para as usuárias e usuários do SUS.


A artista plástica e fotógrafa Rita Russo está com sua mãe de 87 anos, Cláudia Russo, internada no Hospital Regional...
Publicado por Sindsaúde/RN - Regional de Mossoró em Terça, 29 de março de 2016

quarta-feira, 23 de março de 2016

População protesta, trabalhadores resistem: Mossoró diz não ao fechamento do Hospital da Polícia!

Trabalhadoras e trabalhadores, policiais e comunidade dizem não ao fechamento do Hospital da Polícia.

Na manhã desta quarta-feira 23/03 servidores do Hospital da Polícia, unindo forças com policias militares e usuários do SUS, realizaram um ato público em frente à unidade. Os manifestantes protestam contra a nova tentativa de fechamento do hospital, um verdadeiro desastre no qual o governo de Robinson Faria/Fábio Dantas (PSD/PCdoB) quer que o povo de Mossoró pague a conta. No total, serão 21 leitos desmontados e abandonados, enquanto dezenas sofrem (e morrem) todos os dias nos corredores do Tarcísio Maia. Conforme denúncias do Sindsaúde, o governo já tentava fechar o Hospital da Polícia de Mossoró desde o final de janeiro, mas a resistência dos funcionários e o apoio da população barrou este absurdo por dois meses.  Com o novo ataque de Robinson à Mossoró, os trabalhadores responderam à ameaça de fechamento com mais um protesto.

Memorando editado pelo Secretaria de Saúde Pública visa transferir todos os funcionários da unidade. O esvaziamento de funcionários obviamente leva ao fechamento parcial da unidade.  Mas bastaria a contratação de uma equipe de 10 (dez) médicos plantonistas para fazer o hospital voltar a funcionar, a pleno vapor, e inclusive reativar os 21 (vinte e um) leitos sem uso. Um governo que prefere fechar hospitais invés de contratar médicos e investir na saúde pública é um governo inimigo do povo pobre.

Tony, presidente da Associação dos Praças da PM de Mossoró, mostrou o apoio dos policias nesta luta:
 “A luta dos servidores da saúde e dos usuários do SUS é a mesma dos policiais. Reivindicamos a interiorização da junta médica, que não existe. Hoje se um policial adoecer, ele tem que enfrentar trezentos quilômetros daqui para Natal para ter uma avaliação médica. [...] O Hospital da Polícia assume a função social duas vezes: uma para os militares, e outra para a sociedade. Vamos levar isto para a mesa do governador, vamos unir servidores e militares, englobar a população para vencer esta luta e manter o Hospital da Polícia”. 
O ato homenageou o soldado da PM Wildiney Alves de Andrade, alvejado em serviço nesta semana. Antes de seguir carreira policial, Wildiney foi ex-agente de saúde, militante da base do Sindsaúde, e por muitas vezes participou dos movimentos em defesa de seus colegas de trabalho, dos nossos direitos e de uma saúde pública, gratuita e de qualidade. Precisamos honrar este exemplo e não admitir de maneira alguma o fechamento do Hospital da Polícia de Mossoró, defender o que é nosso por direito. Nós não vamos pagar a conta dessa crise!

O POVO DE MOSSORÓ DIZ: NÃO AO FECHAMENTO DO HOSPITAL DA POLÍCIA!
REVOGAÇÃO IMEDIATA DO MEMORANDO DE TRANSFERÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS!
EXIGIMOS A CONTRATAÇÃO IMEDIATA DE 10 MÉDICOS PLANTONISTAS, PARA REATIVAR A UNIDADE! INTERIORIZAÇÃO DA JUNTA MÉDICA MILITAR, PARA ATENDER MILITARES E POPULAÇÃO!
EM DEFESA DO SUS 100% PÚBLICO, GRATUITO E DE QUALIDADE.
BASTA DE DILMA, TEMER, CUNHA, AÉCIO, ROBSON E ESSE CONGRESSO!  PELA DERRUBADA DO AJUSTE FISCAL QUE CORROI OS NOSSOS DIREITOS!

Confira os registros fotográficos do ato abaixo:


Em 23/03 servidores da saúde, policiais e comunidade se uniram para protestar contra memorando do governo, que esvazia e...
Publicado por Sindsaúde/RN - Regional de Mossoró em Quarta, 23 de março de 2016

domingo, 20 de março de 2016

Robinson quer fechar Hospital da Polícia de Mossoró, Sindsaúde chama protesto e promete resistência

Memorando emitido pela SESAP ira transferir todos os funcionários e levará ao abandono de 21 leitos, enquanto a contratação de médicos plantonistas reativaria a unidade. Sindicato chama protesto contra o fechamento e promete resistir até o fim


É oficial: o governador Robinson Faria e o secretário de Saúde Ricardo Lagreca jogam as cartas para fechar o Hospital da Polícia de Mossoró. Memorando da SESAP visa transferir todos os servidores e servidoras do seu local de trabalho. A medida irá fechar setores inteiros e inclusive abandonar 21 leitos, enquanto pacientes sofrem todos os dias nos corredores do superlotado do Tarcísio Maia. O Hospital também é o único que entrega bolsas de colostomia na região. A maioria das pessoas atendidas são mulheres grávidas. 

O Sindsaúde promete resistir até o fim em defesa do hospital, e para isso faz um chamado à sociedade para um PROTESTO CONTRA O FECHAMENTO DO HOSPITAL DA POLÍCIA, nesta QUARTA-FEIRA 23/03 a partir das 09 horas, na unidade.  Ressaltamos a importância dos policiais se engajarem nesta luta e que a Associação de Praças de Mossoró venha a se somar no ato convocado pelo Sindsaúde. Esta luta é dos moradores da Quixabeirinha, Aeroporto, Belo Horizonte - bairros mais afetados pela medida – e de toda sociedade – em defesa do SUS e de nossos hospitais.

Robinson Faria já é conhecido do mossoroense pela sua obsessão em fechar os hospitais da cidade. Mas a saúde pública não vai pagar pela crise! Em 2015 Robinson tentou (e ainda tenta) fechar o Hospital da Mulher, mas as trabalhadoras e trabalhadores com apoio da sociedade saíram em defesa do Hospital e barraram o fechamento da unidade, pretendida por Robinson. As servidoras e servidores do Hospital da Polícia e o povo trabalhador exigem dignidade e uma saúde de qualidade, e isso não se faz fechando hospitais. Se o governo realmente quisesse investir no SUS, e não cortar “gastos” com os poucos direitos do cidadão, deveria contratar uma equipe de médico plantonistas para atuar no hospital. Isto iria reativar toda a unidade e disponibilizar 21 novos leitos para a região do Alto Oeste, e aí sim, desafogar o Hospital Tarcísio Maia. As intenções desumanas do governador já são claras, restando para nós somente lutar e resistir até o fim por este patrimônio da saúde pública.


TODOS AO ATO CONTRA O FECHAMENTO DO HOSPITAL DA POLÍCIA, NESTA QUARTA-FEIRA 23/03!
NÃO AO FECHAMENTO DO HOSPITAL DA POLÍCIA: O POVO EXIGE MAIS DIGNIDADE E INVESTIMENTOS!
REVOGAÇÃO IMEDIATA DO MEMORANDO QUE TRANSFERE OS FUNCIONÁRIOS!
PELA CONTRATAÇÃO DE UMA EQUIPE MÉDICA PLANTONISTA PARA O HOSPITAL DA POLÍCIA DE MOSSORÓ!