sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Acampamento da Greve

Servidores municipais da saúde acampam em frente à prefeitura


Desde o dia 24 de agosto, cerca de 200 trabalhadores municipais da saúde estão acampados em frente à prefeitura de Mossoró. O motivo do protesto é a retirada de direitos promovida pela prefeita Fafá Rosado. Os agentes de saúde e de endemias, organizados pelo Sindsaúde e em greve desde o dia 19, estão fortalecendo a mobilização contra a suspensão do pagamento do adicional de 1/3 de férias e a substituição do auxílio transporte por um cartão magnético.


Durante toda a manhã, os servidores permanecem na frente do prédio, denunciando os ataques da prefeita, e só se retiram por volta das 13 horas. No dia seguinte, começam tudo de novo. Segundo o coordenador do sindicato, João Morais, a greve e a manifestação vão continuar até que Fafá Rosado atenda a pauta dos servidores.
Assista ao vídeo do ato de lançamento da
greve dos agentes de saúde e de endemias, no último dia 19


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Corte de direitos

Trabalhadores da saúde de Mossoró vão às ruas contra retirada de direitos



Na manhã de hoje, cerca de 200 trabalhadores municipais da saúde de Mossoró/RN protestaram contra o corte de direitos promovido pela prefeita Fafá Rosado (DEM). Em passeata organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde/RN) – Regional Mossoró, os agentes comunitários de saúde e de endemias tomaram as ruas do centro da cidade em direção ao prédio da Câmara Municipal, onde estava marcada uma audiência pública para discutir os efeitos da crise econômica na arrecadação. Durante a caminhada, a manifestação ganhou ainda mais força ao se unir ao protesto organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindserpum).

No início do mês, através de um decreto, a prefeita suspendeu até o próximo ano o pagamento do adicional de um terço de férias dos servidores, alegando que a crise econômica diminuiu a receita do município. Além disso, Fafá Rosado ainda substituiu o auxílio transporte dos trabalhadores da saúde, que era pago em dinheiro, por um cartão magnético. Estas medidas motivaram o protesto dos agentes de saúde e de endemias, que entraram em greve hoje.

Com faixas, bandeiras e um boneco representando a prefeita, os servidores denunciaram os ataques sofridos com as medidas adotadas por Fafá Rosado. Os trabalhadores afirmam que serão prejudicados com a substituição do auxílio transporte por um cartão magnético, uma vez que o sistema de ônibus da cidade é precário e muitos dos servidores preferem usar o dinheiro para colocar combustível nas motos que usam. Durante a passeata, os manifestantes gritavam: “Servidor na rua! Fafá, a culpa é sua!”.

Para o coordenador do Sindsaúde, João Morais, os trabalhadores não podem ser penalizados por uma crise que não criaram. “Esta crise não é uma crise gerada pelo trabalhador, e sim pelo capitalismo. Se ela [a prefeita] quer cortar alguma coisa, que corte dos banqueiros, dos cargos comissionados.”, defendeu.

Os servidores da saúde seguiram em caminhada até a Câmara Municipal, onde lotaram a audiência pública que discutiu as metas fiscais do orçamento do município para 2009, os efeitos da crise econômica e as ações tomadas pela prefeitura até o momento. O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Finanças, Canindé Maia, e o secretário da Administração e Gestão de Pessoas, Manoel Bezerra, tentaram convencer os trabalhadores de que os ajustes que estão sendo feitos são necessários, visto que houve queda na arrecadação do município.


Entretanto, os servidores não engoliram as explicações dos secretários e questionaram alguns gastos da gestão Fafá Rosado, como os R$ 6 milhões com propaganda, os R$ 245 mil usados na compra de um carro e os R$ 11 milhões anuais destinados ao gabinete da prefeita. Para os trabalhadores da saúde, a prefeita deveria fazer cortes nestas áreas, e não nos direitos dos servidores municipais.

Ao final da sessão, o secretário Manoel Bezerra pediu que os trabalhadores terminassem a greve e voltassem ao serviço. Como resposta, recebeu uma sonora vaia. De acordo com o Sindsaúde, a greve tem a adesão de 70% da categoria e será mantida até que a prefeita revogue o decreto que estabeleceu a substituição do auxílio transporte por um cartão magnético.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dia Nacional de Luta

Protestos e paralisações marcam o dia 14 em Natal


O dia nacional de luta começou cedo para os trabalhadores da capital do Rio Grande do Norte. Pela manhã, por volta das 8 horas, algumas categorias, como correios e bancários, lançaram suas campanhas salariais e paralisaram as atividades por uma hora. Durante as paralisações, os trabalhadores também protestaram contra as demissões, os baixos salários e em defesa dos direitos sociais. Ainda pela manhã, o MST ocupou o prédio do INSS de Natal para prestar solidariedade aos quatro servidores em greve de fome contra perdas salariais. A greve completou 25 dias no dia 14 e cada um dos trabalhadores já perdeu 10 quilos.
Passeata fecha avenida

As paralisações e os protestos ocorridos pela manhã eram a preparação para o grande ato de logo mais. Por volta das 15 horas, centenas de trabalhadores começaram a se concentrar no início da Avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade, para realizar uma passeata. Organizada pela Conlutas, Intersindical, CTB, Força Sindical, CGT, MST e diversos sindicatos, a manifestação reuniu cerca de 1000 pessoas em protesto contra os governos e os efeitos da crise econômica. A CUT foi a única que não compareceu ao protesto.
Com faixas, bandeiras e carros de som, os manifestantes fecharam a avenida e seguiram em caminhada pelas ruas do centro até o Calçadão da Rua João Pessoa, onde o ato foi encerrado. Durante o protesto, muitas palavras-de-ordem podiam ser ouvidas. “Crise econômica, não pago não! Quero dinheiro pra saúde e educação!” e “Pra banqueiro é bilhão! E para o povo é só gripe e demissão!”, eram as mais cantadas. A corrupção no Senado também foi alvo de protestos. Muitos manifestantes exigiam o “Fora Sarney” e a constituição de uma câmara parlamentar única com mandatos revogáveis.
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde) - Regional Mossoró também compareceu ao protesto. Com faixas, os coordenadores do sindicato denunciaram a prefeita Fafá Rosado pelo corte do pagamento do adicional de um terço das férias.

“Os culpados pela crise têm nome”

Ao contrário das centrais sindicais governistas, a Conlutas não poupou denúncias ao governo Lula, principal responsável pelos ataques aos trabalhadores. Alexandre Guedes, dirigente da Conlutas no estado, culpou Lula pelas mais de 800 mil demissões no país. “O governo Lula até agora só tomou medidas para salvar os banqueiros da bancarrota. Mas não tomou nenhuma medida para evitar as demissões e impedir que a classe trabalhadora pague os prejuízos. Nós acreditamos que os trabalhadores têm que ter uma saída para a crise e essa saída precisa ser socialista.”, defendeu.

Ao final do ato, o clima entre os estudantes e trabalhadores era de que o primeiro passo para construir uma jornada de greves havia sido dado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Congresso

Sindsaúde/RN realiza 10º Congresso Ordinário

Crise econômica mundial e saúde do trabalhador foram os temas debatidos


Durante os dias 7 e 8 de agosto, ocorreu em Natal o 10° Congresso Estadual Ordinário do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde). A crise econômica mundial e a saúde do trabalhador foram temas de debates na ocasião. O congresso teve início com a apresentação cultural do Coral Walfredo Gurgel e a composição da mesa de abertura, que reuniu representantes da Conlutas e da Intersindical.

O coordenador da regional de Mossoró e dirigente estadual do Sindsaúde, João Morais, também esteve na mesa. Ele lembrou a luta dos servidores da saúde do município para enfrentar os efeitos da crise e os ataques da prefeitura. “Estão cortando o 13° e as férias para descarregar a crise nos trabalhadores, criticou.
Após a abertura oficial do congresso, foram ministradas duas palestras. A enfermeira do Hospital Giselda Trigueiro e professora da Universidade Potiguar (UNP), Maria de Fátima Câmara, debateu a “Multidisciplinaridade em Saúde do Trabalhador”. Logo depois, foi a vez da representante do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), Paula Araújo, abordar o tema. No período da tarde, ocorreram apresentações de teses e discussões nos Grupos de Trabalho (GTs).



O segundo dia do congresso contou com a importante discussão sobre a crise da economia mundial e seus efeitos na vida dos trabalhadores. O jornalista da revista Caros Amigos e Dr. em História Social Contemporânea, José Arbex Jr., explicou a tão falada turbulência da econômica ao lado do sociólogo e membro do Instituto Latino Americano de Estudos Sócio Econômicos (ILAESE), Daniel Romero.

José Arbex criticou a lógica da exploração capitalista, afirmando que esse sistema não tem mais nada para oferecer à humanidade. “O modelo de produção capitalista se esgotou. Essa é uma crise do sistema capitalista inteiro. Em alguns lugares ainda é possível haver algum crescimento, mas de modo geral o capitalismo não tem saída”, explicou.


Em sua intervenção, Daniel Romero desmentiu a história de a crise já ter acabado, denunciou o governo Lula por entregar dinheiro a bancos e empresas e apontou o socialismo como saída para os trabalhadores. “É preciso ter independência dos governos, lutar por emprego e salário e construir o socialismo como alternativa”, defendeu.



JOSÉ ARBEX E DANIEL ROMERO FALAM SOBRE A CRISE DO CAPITALISMO






segunda-feira, 10 de agosto de 2009

14 de agosto: dia nacional de luta

Centrais sindicais e movimentos sociais organizam jornada de lutas em Natal
Protestos vão preparar o clima para o grande ato do dia 14 de agosto
As centrais sindicais e os movimentos sociais mais importantes do país vão realizar esta semana, em Natal, uma jornada de protestos que irá culminar no grande ato do dia 14 de agosto. A ideia é preparar o clima de lutas no Rio Grande do Norte, unificando diversas categorias de trabalhadores para enfrentar as demissões, a redução salarial e os governos.

O MST, a Conlutas, a Intersindical e a Assembleia Popular organizaram várias manifestações e debates que irão ocorrer entre os dias 11 e 13 desse mês. Muitas categorias já começaram suas campanhas salariais e estão dispostas a unificar as lutas para combater os patrões e os efeitos da crise econômica. A preparação para o dia 14 não envolve apenas a cidade de Natal. Os trabalhadores de municípios vizinhos também estão se mobilizando, como é o caso dos servidores da educação de Ceará-Mirim, em greve desde o dia 22 de julho.

Alexandre Guedes, um dos dirigentes da Conlutas no Rio Grande do Norte, avalia a construção dessa jornada de protestos como um momento muito importante para a luta dos trabalhadores. “Essa jornada é fundamental para os trabalhadores. É parte de uma ação em resposta à crise econômica mas também é contra os responsáveis por ela. Além das empresas e bancos, é preciso enfrentar os administradores do capitalismo, como é o caso do governo Lula”, defendeu.

domingo, 9 de agosto de 2009

Ato Público

TRABALHADORES DA SAÚDE DE MOSSORÓ PROTESTAM
CONTRA CORTE DE DIREITOS


No último dia 5, quarta-feira, os agentes municipais de saúde fizeram um ato público nas ruas de Mossoró/RN. A manifestação teve início na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde) e seguiu até o Palácio da Resistência. Participaram do ato público diferentes profissionais da área de saúde como médicos, enfermeiros, auxiliares e assistentes de enfermagem, agentes de endemias.

O protesto foi um ato de repúdio às medidas de cortes salariais adotadas pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM). Os pontos que mais revoltaram os servidores foram a suspensão das férias e o fim do pagamento em dinheiro do auxílio-transporte, que respresenta uma perda salarial de R$ 130 para os servidores. Além disso, as férias correspondem a 1/3 do salário.

Segundo o coordenador do sindicato, João Morais, a medida da prefeitura é um desrespeito aos trabalhadores da saúde. "A prefeitura corta os salários dos trabalhadores, enquanto mantém pessoas em cargos comissionados com salários altíssimos. Por que não reduz estes últimos? Essa atitude é um desrespeito com a classe trabalhadora", afirmou o sindicalista.