O Sindsaúde Mossoró vem por meio desta nota expressar solidariedade ao movimento paredista dos guardas municipais de Mossoró. A greve é necessária, por salário e por direitos, e é um exemplo para todo o funcionalismo público.
Não são apenas os guardas ou os servidores de Mossoró que estão trabalhando sem receber salários em dia. O problema é geral, afeta os servidores de outros municípios e também do Estado. Além disso, o governo e o Congresso discutem bombas contra os trabalhadores, como a reforma da Previdência, a reforma Trabalhista, e aprovam o novo regime fiscal (ex-PEC 55), que congela investimentos sociais em saúde e educação, mas reserva mais da metade da receita para banqueiros e grandes empresários na forma da dívida pública. É cada dia mais necessária a construção da greve geral, e pressionarmos a CUT, CTB e outras centrais para chamar um grande dia de luta.
O Fora Girão foi um grito que unificou o ato público dos guardas municipais em greve que ocorreu ontém 02/02. Repudiamos, junto com entidades sindicais de todo o Brasil, as declarações antidemocráticas do ex-general e atual secretário de segurança pública de Mossoró Eliéser Girão. O atual secretário é um inimigo das organizações da classe trabalhadora, e culpa os sindicatos pelos problemas que os próprios governos criam. Esta ideologia é herança da linha dura da ditadura militar, responsável pela tortura e morte de milhares de ativistas operários e defensores dos direitos políticos e sociais. Esta velharia deve ser jogada na lata de lixo da história.
Os guardas municipais, com sua atitude compreenderam a situação nacional. Entra governo e sai governo, os discursos são os mesmos, e a classe trabalhadora continua sendo atacada. Os governos continuam fazendo a classe trabalhadora pagar pela crise. Por isso dizemos Fora Temer e Fora Todos eles que atacam os trabalhadores.