quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Que venha 2012!


Boas festas e um Ano Novo de lutas e vitórias

Em 2011 vimos uma impressionante retomada de lutas no mundo e, ainda em que menor escala, no Brasi

l a classe operária esteve à frente de greves no decorrer de todo o ano enfrentando patrões e o governo. Vimos também a CSP-Conlutas, a nossa Central, presente em cada uma dessas mobilizações.


Em 2012, acreditamos que as lutas vão continuar. A nossa Central continuará em cada uma delas e ajudará a impulsioná-las por meio do fortalecimento da organização de base.

A CSP-Conlutas é construída pelos trabalhadores organizados em seus locais de trabalho, nas universidades, nas escolas, na luta pela moradia, nas lutas contra a opressão.

Queremos agradecer a cada um que em 2011, por meio de sua atuação, ajudou a construir a CSP-Conlutas. E é com a confiança em cada um de vocês, que clamamos: Que venha 2012, um ano de lutas e vitórias. E, assim, como o slogan do 1º Congresso Nacional da Central, reafirmamos: “O futuro é grande… Vamos de mãos dadas”.

Boas festas!


Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Sindsaúde acusa HRTM de substituir funcionários em greve por servidores sem vínculo com o Estado

O Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) protocolou ontem, 26, no Ministério Público (MP), uma denúncia contra o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), afirmando que a unidade está substituindo os trabalhadores que estão em greve desde a semana passada por profissionais sem vínculo com o Estado ou com a empresa terceirizada JMT.

De acordo com João Morais, diretor regional do Sindsaúde/RN, o ato desrespeita a constituição, uma vez que o servidor público só pode exercer suas funções através de concurso público ou empresa que tenha ganho licitação para prestação de serviços terceirizados.

"Não se pode colocar um funcionário para trabalhar sem ser concursado ou ligado a uma empresa terceirizada, e a greve não é total, mas sim parcial, mais do que os 30% dos funcionários previstos por lei estão mantidos", destaca João Morais.

Segundo o diretor regional do Sindsaúde/RN, a substituição dos funcionários em greve por trabalhadores sem vínculo com o governo ou com a JMT foi verificada na última sexta-feira, 23, durante o ato público promovido pelo sindicato no HRTM.

"Nós percebemos que o maqueiro não era funcionário da empresa, assim como o pessoal da copa, e hoje (ontem), protocolamos a denúncia junto ao Ministério Público", diz João Morais, complementando que hoje, 27, a partir das 9h, um novo ato público em frente ao Tarcísio Maia está programado.

Em conversa com a equipe do jornal O Mossoroense, o diretor-geral do HRTM, Ney Robson, afirmou que a contratação dos servidores terceirizados é realizada diretamente entre a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a JMT.

"Nós não temos conhecimento sobre essa informação prestada pelo sindicato. O hospital não tem controle sobre esses funcionários. O que nós temos ciência é do repasse do Estado para a empresa", explica Ney Robson, acrescentando: "Cerca de 90% dos funcionários já estão trabalhando, e até quarta-feira o pagamento estará normalizado, inclusive o 13° salário", conclui.

Fonte: O Mossoroense - 27/12/2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Uma chaga social em meio ao desenvolvimento

Mossoró - A paisagem vista da janela da casa de dona Edineide Evarista da Silva não reflete em nada o desenvolvimento estampado em revistas nacionais. Pelo contrário: o amontoado de lixo responsável pela fedentina do lugar e o entrelaçado de fios que levam clandestinamente a energia para os casebres da favela do Tranquilim (Zona Leste) são a moldura de uma realidade comum a 133 famílias que vivem em Mossoró sem nenhuma renda fixa por mês. Mãe de três filhos, sendo um com 18 anos, seguido pelo segundo de 13 e o caçula de 8 anos de idade, a renda da família é extraída do trabalho do patriarca Francisco da Silva Lima que se desdobra viajando pelas cidades da vizinhança em busca de uma vaga nas empresas que aplicam calçamento. Para conseguir, em média, 700 reais por mês, ele precisa aplicar mil metros de pedras, o que lhe consume praticamente um trabalho de segunda a segunda.

"E isso é quando tem emprego, porque acontece de não aparecer nada e aí, só mesmo o dinheiro que minha esposa recebe", completa ele se referindo aos benefícios de transferência de renda do Governo Federal que ajudam a complementar a renda familiar, quando não acaba sendo a única no mês. Para desafogar as despesas, o filho primogênito já não mora mais em casa, hoje está com uns parentes na cidade de Areia Branca.

O segundo e o caçula se criaram na vida à mercê dos serviços públicos, quando esses chegam até a família de seu Francisco e dona Edineide, que dividem com as outras 145 famílias do Tranquilim a esperança da criação de um conjunto habitacional que os resgatam daquela situação. Enquanto esse dia não chega, seu Francisco precisa percorrer quase 700 metros para conseguir três galões de água que abastece a família, o trajeto se repete em dias intercalados.

"Já vieram aqui prometendo nos tirar pra outra região, mas isso já faz sete anos que escutamos e nunca aconteceu", diz seu Francisco reclamando ainda do amontoado de lixo e da falta de abastecimento de água. Resta aos pais apostarem na educação dos filhos, que frequentam uma unidade perto da localidade. No entanto, essa realidade não é comum a todos porque alguns relataram que tiveram que retirar o filho da escola para poder ajudar na renda da família.

Ontem, a noite de Natal não foi muito diferente para essas famílias: "é só mais uma noite", exclamou o patriarca sem muita esperança de que o ano novo que se anuncia trará grandes mudanças para a família. "Aqui a gente tenta reunir os filhos, come o misturado que tem e depois vai dormir, sem saber direito o que vai ter na panela no outro dia", finaliza ele.

Levantamento aponta pobreza em Mossoró
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta uma radiografia das condições de famílias que residem em aglomerados subnormais. Nessa subnormalidade estão inclusos os assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros, que somam 46 comunidades no Rio Grande do Norte distribuídas apenas entre a capital e Mossoró. Aqui, refletem essa realidade as comunidades da Favela do Fio (zona oeste), Forno Velho (zona sul), Santa Helena (zona norte), Tranquilim (leste) e Wilson Rosado (zona oeste).

Em média, as casas são resididas por, em média, 3,7 pessoas, no entanto, na Favela do Fio está a média é bem superior e chega a 4,4 pessoas por cada lar, sendo, inclusive, o maior percentual entre todas as favelas do Estado. Existem pouco mais de 1.600 residências subnormais em Mossoró. Entre esses domicílios, apenas 76% dispõem de abastecimento de água, enquanto na capital esse índice chega a 96%. Quando o critério é energia elétrica, enquanto 80% do Estado está abastecido, apenas 77% dos moradores em aglomerados subnormais de Mossoró tem energia elétrica instalada.

De acordo com o IBGE, existem no Rio Grande do Norte 86.718 pessoas morando em condições precárias, das quais, 5.977 em Mossoró, onde a renda mediana dos moradores é de R$ 68, o que configura estado de indigência.

Fonte: Jornal de Fato - 25/12/2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Funcionários da limpeza do HRTM realizam nova greve

Os servidores terceirizados para o serviço de higienização dos hospitais de Mossoró e região decretaram greve por tempo indeterminado na manhã de ontem. Os funcionários cobram o pagamento dos meses de salário atrasados, além do 13º salário. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Mossoró (SINDSAÚDE), João Morais, a empresa alega que não está pagando os funcionários porque não recebeu o repasse da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP).

O procurador-geral do Estado, Miguel Josino, afirmou que participou na tarde de ontem de uma reunião com o secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, e com representantes da empresa fornecedora de mão-de-obra terceirizada, na qual ficou acordado que o pagamento do 13º salário e dos dois meses em atraso será efetuado na próxima terça-feira.

Miguel Josino disse ainda que o Estado não tem nenhuma fatura em aberto além da referente ao mês de dezembro. O procurador também confirmou que existe um pagamento em aberto referente ao ano passado.

O representante da empresa terceirizada, Jonas Alves, afirma que o governo está devendo novembro e dezembro, além das faturas referentes aos três últimos meses de 2010. Jonas Alves afirma que a empresa está devendo apenas o décimo dos fu
ncionários, e não os dois meses, como a categoria afirma.

Fonte: Jornal de Fato - 22/12/2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mais uma vez...

TERCEIRIZADOS DO HRTM ENTRAM EM GREVE CONTRA ATRASO DE SALÁRIO

Reunidos em assembleia na manhã desta quinta-feira, dia 22, os trabalhadores da JMT Service, empresa terceirizada que presta serviço de locação de mão de obra ao governo do Rio Grande do Norte, decidiram paralisar todas as suas atividades no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró. Auxiliares de serviços gerais, copeiros e maqueiros cruzaram os braços em protesto contra o não pagamento dos salários de outubro e novembro, além do décimo terceiro, que deveria ter sido pago no último dia 20.

Revoltados com o desrespeito da empresa e do Governo de Rosalba Ciarlini (DEM), os funcionários estão decididos a só voltar ao trabalho com a quitação completa do débito. Segundo os próprios terceirizados, a empresa JMT justificou o atraso dos pagamentos afirmando que o governo do estado não tem feito o repasse dos recursos regularmente. O Sindsaúde Regional de Mossoró está à frente da organização da greve.

Adeus 2011

SINDSAÚDE MOSSORÓ REÚNE SÓCIOS EM FESTA DE FIM DE ANO

Na noite do último dia 16 de dezembro, o Sindsaúde Regional de Mossoró realizou a tradicional festa de fim de ano do sindicato. A comemoração ocorreu na AABB e reuniu uma grande quantidade de trabalhadores da saúde e seus familiares. Animada pela banda Caceteiros do Forró, a festa não deixou faltar comida e bebida para os sócios. "Após mais um ano de muita luta de nossa categoria, nada mais justo do que esse momento de descontração entre todos os trabalhadores da saúde de nossa regional. Afinal, são essas pessoas que fazem a saúde pública funcionar, mesmo com o descaso e os ataques do governo do estado aos nossos direitos. Mas estaremos preparados para os desafios do próximo ano.", comentou João Morais, diretor do Sindsaúde Mossoró.

Abaixo, veja fotos da festa de fim de ano.






































segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

UM ANO INESQUECÍVEL PARA OS TRABALHADORES DO MUNDO

Esse é o momento em que as pessoas refletem sobre o ano que está acabando, mas, também, sobre o que está vindo. Alegrias e tristezas, esperanças e frustrações. Momentos muito diferentes, cheios de significados, bons ou ruins. A tradição natalina projeta uma alegria artificial e muitas vezes inexistente. Mas o décimo terceiro salário e as férias (para os quem têm) tornam o fim de ano mais agradável para muitos.

É hora também de pensar coletivamente no futuro. Queremos nos dirigir aos ativistas que acompanharam junto conosco as lutas durante 2011. Com certeza, você viu as revoluções no Norte da África e do Oriente Médio. Deve ter se emocionado junto com a gente ao ver as vitórias dos trabalhadores, que derrubaram ditaduras no Egito e na Tunísia. E, agora, torce pelas novas lutas contra o governo militar egípcio.

Você também acompanhou a revolução na Líbia e o debate em relação ao ditador Kadafi. Viu como nós estivemos na defesa do levante popular contra a ditadura e pôde comprovar que, desde o início, nos colocamos contra a interferência dos EUA e de governos europeus na Líbia. Na realidade, estes governos nunca tiveram a mínima preocupação com a democracia. Por isso, apoiaram Kadafi enquanto ele mantinha uma ditadura firme e assegurava o controle das empresas multinacionais sobre o petróleo líbio. Só passaram para a oposição quando os trabalhadores se rebelaram diretamente contra o ditador, para tentar manter seu controle sobre o petróleo.

A situação na Europa deve ter alertado a todos sobre a dimensão histórica que a crise econômica está tomando. Uma situação que, hoje, se traduz em mobilizações radicalizadas dos trabalhadores e crises políticas. O capitalismo se aproveitou da queda das ditaduras stalinistas no Leste Europeu para comemorar a “morte do socialismo”. Agora, a crise econômica recoloca a discussão da necessidade do socialismo para o mundo.

Como não podia deixar de ser, você também viu a evolução do governo Dilma. Grande parte dos trabalhadores segue apoiando o governo. Mas os ativistas que estiveram à frente das lutas metalúrgicas, da construção civil, de professores, dos Correios, dos bancários e do funcionalismo público podem tirar suas próprias conclusões. De que lado estava o governo? Ao lado das greves, contra os patrões? Ou em defesa dos patrões, usando até a repressão para derrotar os trabalhadores?

O ano de 2011 dificilmente poderá ser esquecido. É o momento em que a crise econômica internacional se juntou a grandes mobilizações populares em muitas partes do mundo. A revolução e o socialismo começam a voltar ao primeiro plano das discussões. Agora, é hora de pensar em 2012 e no futuro. Um mundo para os trabalhadores ou para os exploradores?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Deu na Imprensa

Mossoró: Dengue atinge mais de 1.500 pessoas neste ano

Entra e sai ano, e a dengue continua a preocupar em Mossoró. Já são 2.978 casos notificados e 1.518 confirmados este ano (janeiro a 24 de novembro), e a situação ainda pode piorar. O alerta é do Ministério da Saúde: Mossoró está entre os 48 municípios brasileiros com risco de epidemia de dengue, segundo levantamento oficial divulgado há uma semana.

Em Mossoró, os casos confirmados este ano superam os de 2010 e já houve morte por dengue em 2011, segundo o Departamento de Vigilância à Saúde do Município. A situação preocupa porque a rede de enfrentamento à dengue se mostra ineficiente. A população não contribui como deveria, segundo autoridades sanitárias, e não há profissionais suficientes.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) denuncia que os agentes de endemias estão sobrecarregados no trabalho de campo contra a doença. Até a recente convocação de 34 agentes não resolve a carência desses profissionais nem fortalece o combate à dengue em Mossoró, haja vista o tamanho da necessidade.

A quantidade continuará insuficiente para cobertura da cidade, segundo o Sindsaúde. A Lei Municipal 922/06 determina 170 agentes de endemias em campo em Mossoró. A convocação dos 34 aumenta o efetivo para 85 agentes, 50% da lei, ou seja, metade do necessário para eficiente combate à dengue em Mossoró. E houve ainda exoneração de agentes com contratos provisórios.

Com isso, 59 áreas continuam descobertas em Mossoró, cada uma com entre 800 e mil imóveis, segundo o Sindsaúde. Ou seja, cerca de 50 mil imóveis estão sem receber visitas dos agentes, tornando-se candidatos a criadouros do mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti. Os agentes trabalham na forma de arrastão para não deixar a população totalmente desprotegida.

Enquanto isso, a dengue avança e preocupa em Mossoró. Pelos números oficiais, 28 pacientes de dengue sofreram graves complicações e nove contraíram a forma hemorrágica da doença. Mas a situação é bem mais grave, porque há casos não comunicados aos órgãos sanitários, principalmente, na periferia e zona rural. Não aparecem nas estatísticas oficiais.

RISCO
No último dia 5, o Ministério da Saúde divulgou os mais recentes dados do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), que não identifica os casos de dengue no país, mas mostra em quais cidades há mais focos do mosquito transmissor. Dos 48 municípios em situação de risco para epidemia, dois são do RN: Mossoró e Currais Novos.

As cidades com mais de 4% de infestação (quantidade de casas infectadas a cada 100 residências) são consideradas em risco, de acordo com padrões internacionais. Mossoró está com índice de 4,6%. E nos últimos anos, a cidade sempre aparece entre as que mais têm risco de surto de dengue no Brasil e no Estado, o que leva a crer que dengue é algo crônico em Mossoró.

Cerca de 85% dos focos estão dentro das residências
Com a insuficiência de agentes de endemias e a proximidade do período chuvoso em Mossoró, torna-se ainda mais importante a participação na comunidade no combate à dengue, cuja ferramenta mais eficiente continua sendo a prevenção. O Departamento de Vigilância à Saúde recomenda medidas simples para evitar focos.

É o caso de não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nos pneus para evitar o acúmulo de água. Também não se deve deixar água acumulada sobre a laje da residência nem nas calhas, que onde deve se remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.

Outro cuidado importante é com a vasilha embaixo dos vasos de plantas, que não podem ter água parada e que têm que ficar secas ou cobertas com areia. As caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas, como também qualquer outro tipo de reservatório de água.

Vasilhas que servem para animais não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar. Garrafas ou latas ou copos devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados, devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado), entre outras medidas para se evitar acúmulo de água.

População é convocada a ajudar na prevenção
O avanço da dengue em Mossoró não decorre apenas da insuficiência de pessoal para combate de campo à doença. A população também tem sua parcela de culpa, porque, segundo o Departamento de Vigilância à Saúde do Município, mais de 85% dos focos do mosquito transmissor estão nas residências, principalmente nos tonéis e potes.

É que, devido a falhas no sistema de abastecimento de água ou até por questões culturais, muitas famílias ainda armazenam água potável em tonéis, criando condições ideais para proliferação do Aedes aegypti: água parada e limpa. Somam-se a isso condições climáticas favoráveis, como chuvas seguidas de sol, que devem se intensificar a partir de janeiro.

Na tentativa de conter a doença, o Programa de Controle à Dengue em Mossoró pretente intensificar ações para os próximos meses, período chuvoso, quando os focos do mosquito aumentam de forma considerável. A ênfase será novamente na educação, a fim de reforçar na comunidade a necessidade de evitar criadouros do mosquito nas suas próprias casas.

Fonte: O Mossoroense - 11/12/2011

Deu na Imprensa

Hospital Regional Tarcísio Maia permanece com carência de ortopedistas e anestesiologista

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) continua a enfrentar carência de médicos especialistas. A escala de plantões não está fechada, cujas lacunas provocam ausências de profissionais de várias especialidades para atendimento de urgência e emergência, função do hospital que atende a pacientes de Mossoró e de vários municípios do interior.

As principais carências do Hospital Tarcísio Maia permanecem sendo ortopedia e anestesiologia. A ausência desses profissionais deixa pacientes e vítimas de acidentes automobilísticos e outros traumas sem atendimento: cirurgias não são realizadas e as vítimas chegam a ficar horas agonizando em busca de atendimento pelo Sistema Único de Saúde.

O setor de pediatria é outro gargalo, o que deixa sem atendimento milhares de crianças carentes, que não conseguem atendimento adequado nem mesmo na rede privada. Recentemente, a única clínica pediátrica de Mossoró, a Uniped, encerrou suas atividades e aumentou a carência de atendimento médico a crianças em Mossoró.

Segundo especialistas, o problema é a má distribuição de médicos no Rio Grande do Norte. A maioria está concentrada na região metropolitana. Dos 103 anestesiologistas no Estado, apenas 11 trabalham em Mossoró. Dos 56 ortopedistas do Rio Grande do Norte, somente 11 atuam em Mossoró. E apenas 12 dos 197 pediatras atendem na cidade.

Fonte: O Mossoroense - 15/12/2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mossoró

SERVIDORES ESTADUAIS DENUNCIAM DESCASO NA SAÚDE

No Rio Grande do Norte, sob o comando da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), a saúde pública vive um drama atrás do outro. Não bastasse a falta de profissionais, as macas nos corredores dos hospitais, os baixos salários e o não pagamento de direitos, o abandono da saúde atinge agora os aspectos mais básicos das unidades. Em Mossoró, há pelo menos três meses, não há internet no hospital Rafael Fernandes, no Laboratório Regional (LAREM), no Banco de Leite, no Hemocentro e no Laboratório de Citopatologia. Já os motoristas das ambulâncias de Assú, Apodi e do hospital Tarcísio Maia tiveram suas diárias (dinheiro para alimentação quando viajam) cortadas pelo governo há dois meses.

A ausência de conexão de internet no sistema de saúde em Mossoró, a exemplo do Hemocentro e do hospital Rafael Fernandes, tem conseqüências graves. Resultados de exames não são enviados e o sangue coletado deixa de ser liberado em função da falta de internet, já que é preciso ter o resultado dos exames para realizar o processo. “Às vezes, só há conexão quando os próprios servidores levam seus modens para o trabalho. Sem isso, não tem como trabalhar. Estamos nessa situação simplesmente porque o governo do estado não está pagando o serviço de internet. Um absurdo.”, denunciou Jussirene Oliveira, diretora do Sindsaúde Mossoró.

Aliado a este problema, está o desrespeito aos motoristas de ambulâncias. A diária de um motorista que precisa viajar de uma cidade a outra para levar sangue, pacientes, remédios e até órgãos custa R$ 35. Há cerca de dois meses a governadora Rosalba cortou esse direito dos trabalhadores, que utilizavam a diária para a alimentação durante as viagens. Antes, os motoristas já sofriam com os atrasos no pagamento do recurso. O resultado é que motoristas de Assú, Apodi e Mossoró vem deixando de realizar suas viagens. Com isso, a população está ficando sem serviços importantes. No Hemocentro, quase não há mais estoque de sangue, já que os veículos não saem para fazer coleta.

Mas esse descaso não é por falta de recursos. Em setembro, o RN bateu recorde de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), fechando o mês com mais de R$ 279 milhões. O aumento foi de 18,7% em relação ao mesmo período de 2010. Entretanto, mesmo com o estado arrecadando mais, a governadora Rosalba Ciarlini mostrou seu cuidado com a saúde pública. Para o orçamento de 2012, vai cortar R$ 17,5 milhões da saúde.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Estado

CARAVANA DO SINDSAÚDE MOSSORÓ VAI A CAICÓ EM DEFESA DOS DIREITOS DOS SERVIDORES DA SAÚDE

A luta contra o desrespeito da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) aos direitos dos servidores estaduais da saúde continua. No dia 9 de novembro, o Sindsaúde Regional de Mossoró participou de uma caravana a Caicó com o objetivo de realizar um ato público em defesa das conquistas dos trabalhadores. O protesto com paralisação de advertência, que contou com a participação de servidores de outros municípios, como Natal e Pau dos Ferros, reuniu cerca de 130 pessoas e mandou um recado ao governo do Rio Grande do Norte. Sem a regularização das dívidas com a categoria e o reajuste salarial, a saúde pública vai parar. Revoltados com as péssimas condições de trabalho nos hospitais e o não pagamento das indenizações (plantões), os trabalhadores fizeram uma caminhada pelas ruas do centro de Caicó, demonstrando muita disposição de luta.

Mais de 30 funcionários do Banco de Leite, Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e Hospital Rafael Fernandes, por exemplo, fizeram parte da caravana de Mossoró. Para a direção do Sindsaúde na região, a caravana mostrou a força dos servidores do estado no município e a vontade da diretoria em mobilizar os trabalhadores. “Nossa tarefa é incentivar e organizar os servidores a lutar por melhores condições de trabalho, reajuste e pagamento de direitos atrasados. Direção de sindicato de luta tem que mobilizar a categoria, e não colocar medo nos trabalhadores, afirmando que outras categorias tiveram suas greves derrotadas. Infelizmente, esse foi o caminho escolhido pela direção do Sindsaúde Estadual (Natal). Mas nós, da Regional Mossoró, vamos no sentido contrário, vamos no caminho da luta.”, disse João Morais, diretor do sindicato em Mossoró.

Os servidores entregaram a pauta de reivindicações ao Estado ainda em maio, mas até agora não conseguiram abrir as negociações. Os trabalhadores pedem um reajuste de 7,1% (inflação acumulada até abril 2011), reajustes nas gratificações, convocação de concursados e melhores condições de trabalho.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Em Mossoró...

TRABALHADORES PODEM VOTAR NO PLEBISCITO PELOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO NA SEDE DO SINDSAÚDE DE MOSSORÓ

Desde o dia 6 de novembro, o Plebiscito Popular sobre o investimento imediato de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação pública segue firme em todo o Brasil e também no Rio Grande do Norte. O objetivo da campanha é mostrar ao governo federal que os trabalhadores e a juventude brasileira querem e precisam que 10% de toda a riqueza do país seja destinado para o ensino público. Não é possível esperar mais dez anos para que se invista apenas 7% do PIB em 2020, como desejam a presidenta Dilma e o ministro Fernando Haddad. A necessidade da educação é imediata. Investir 10% do PIB significa aplicar agora na educação dos filhos dos trabalhadores mais de R$ 360 bilhões. Uma reivindicação mais do que justa.

Por isso, o Sindsaúde de Mossoró integra e apoia essa campanha. Defenda essa causa você também. Vote na urna que se encontra na sede do sindicato em nosso município. Ajude a pressionar o Governo Dilma a aumentar o investimento no ensino público brasileiro de forma imediata. Participe do Plebiscito!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Internacional

Egípcios voltam à Praça Tahrir e exigem a saída dos militares do poder

Revolução egípcia continua e agora enfrenta o regime militar, resquício da ditadura Mubarak; repressão já matou 30 pessoas

Meses após a onda de revoltas que estremeceu o norte da África e derrubou a ditadura de Hosni Mubarak, o povo egípcio entrou novamente em cena e mostrou que a revolução não terminou. Desta vez o alvo principal é a Junta Militar que substituiu o ditador e tenta agora se perpetuar no poder. Milhares de jovens ocuparam mais uma vez a Praça Tahrir, no último dia 18, no centro do Cairo, exigindo a saída dos militares e a transição para um governo civil, por meio de eleições.

A resposta do regime militar foi brutal. A repressão começou já no dia seguinte, com centenas de soldados e policiais. Duas pessoas teriam morrido nos enfrentamentos pelo controle da Praça Tahrir. Assim como na ditadura de Mubarak, a repressão do governo só reforçou os protestos. Nas horas seguintes, milhares de jovens se encaminhavam à praça para enfrentar as forças de segurança.

O centro se transformou em um enorme campo de batalha pelo controle da praça. No dia 20 de novembro, segundo a imprensa internacional, 10 pessoas morreram e no dia 21, mais 14 pessoas. Enquanto fechávamos esse texto, o número de mortos chegava a 30. Já o número de feridos ultrapassava os 1700. Médicos que tratavam dos feridos em hospitais de campanha na praça afirmavam que muitos foram atingidos por armas de fogo.

Expressando a crise que atinge a cúpula do atual governo egípcio, o ministro da Cultura Emad Abu Ghazi renunciou nesse dia 20 em protesto contra a repressão aos manifestantes. Na tarde desse dia 21, o governo interino (de fachada dos militares) encabeçado pelo primeiro-ministro Essam Sharaf apresentou sua demissão ao Conselho Supremo das Forças Armadas (Scaf, na sigla em inglês).

Golpe
Quando os jovens egípcios derrubaram a ditadura de Hosni Mubarak em 25 de janeiro desse ano, pondo fim a 29 anos de ditadura, as Forças Armadas se colocaram como mediadoras rumo a um governo civil. Aproveitaram a autoridade que a instituição goza no país para se colocarem como forças supostamente neutras, mas logo revelaram suas verdadeiras intenções. Apesar de o povo egípcio ter arrancado importantes conquistas democráticas após a revolução, a repressão às manifestações continuou. Antigos líderes de Mubarak permanecem livres e impunes e os órgãos de repressão intocados.

A Junta Militar também atua para manter seu poder. No dia 28 de novembro estavam marcadas as eleições legislativas que elegeriam os parlamentares responsáveis por aprovar a nova constituição do país. A Junta, pelo cronograma anunciado, ficaria no poder até pelo menos o final de 2012, já que as eleições para o Executivo sequer estão programadas. Além disso, os militares querem manter seu poder aprovando medidas extra-constitucionais que manteriam a instituição independente do governo eleito. Teria, na prática, poder de veto a qualquer medida de um futuro governo civil eleito nas urnas. Vários partidos anunciaram o boicote à farsa das eleições.

À frente do Conselho Supremo das Forças Armadas, e na prática no poder de fato do país, está Mohamed Husseni Tantawi, antigo aliado de Mubarak e seu ex-ministro de Defesa por 20 anos. Tantawi manteve intacta a estrutura autoritária da ditadura e comanda a repressão contra os manifestantes.

Revolução democrática prossegue
O povo egípcio, com os jovens à frente, por sua vez, não recua mesmo diante da dura repressão dos militares, que rapidamente vão se desgastando junto à população na medida em que revela seu verdadeiro papel. Ao mesmo tempo em que tentam se perpetuar no poder, porém, os militares não têm forças para reimplantar uma ditadura nos moldes da era Mubarak. A resistência nas ruas mostra que a população não aceita o retrocesso da revolução e os ânimos revelam que os milhares de jovens não recuarão até que a junta militar caia.

"As pessoas se sentem enganadas, e que eles mudaram de uma autocracia para uma ditadura militar”, afirmou à rede CNN o ativista Mosa’ab Elshamy. "O conselho militar é lixo. Mubarak ainda está vivo e bem, e as pessoas estão morrendo", disse Zahra, expressando a insatisfação da população. Além da manutenção de um governo autoritário, a pobreza, um dos principais motivos da revolta, continua fustigando principalmente a juventude egípcia.

O Movimento 6 de Abril, um dos protagonistas do levante contra a ditadura Mubarak, divulgou um comunicado em que exige a imediata convocação de eleições presidenciais, a serem realizadas até abril de 2012. Além disso, o movimento exige o julgamento dos líderes da repressão e a saída imediata de Tantawi. "O Movimento 6 de Abril declara que seus membros estarão protestando na Praça Tahrir até que esses objetivos sejam alcançados", diz o comunicado.

"Estamos aqui hoje e estivemos esses dias nessa que é provavelmente a maior mobilização após Mubarak ter caído no dia 11 de fevereiro, para continuar essa revolução e terminar o trabalho que ficou inacabado, que é erradicar esse velho regime", afirmou ao canal Al Jazeera o manifestante Hossam el-Hamalawi.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Deu na Imprensa

SANEAMENTO ESTÁ EM BAIXA NO RN

Com apenas 17% dos domicílios ligados à rede geral de esgotos, 35% dos municípios com serviço de coleta e com 80% das cidades depositando o lixo a céu aberto, o Rio Grande do Norte aparece como exemplo negativo no "Atlas de Saneamento Básico 2011", divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos números de 2008. No caso de serviços de coleta de esgotos, o RN está distante dos vizinhos Ceará (70%), Paraíba (73%) e Pernambuco (88%).

De acordo com a pesquisa, entre 2000 e 2008, o número de municípios potiguares com rede de esgoto aumentou de 52 para 59. Já as taxas de internações por doenças relacionadas com o saneamento ambiental inadequado - diarréias, dengue e leptospirose - atingiram níveis preocupantes. O Atlas cita o caso do município de Rafael Godeiro, que apresentou a maior taxa de internação por diarréia no Brasil em 2008 (6,8 ocorrências por 100 habitantes). Os dados mostram que o Rio Grande do Norte está numa situação inferior às taxas médias do Brasil e do Nordeste, que têm 55% e 46% respectivamente, atendidos por rede coletora de esgotos.


Com informações da Tribuna do Norte

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Educação Pública

Já começou o plebiscito da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

O Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB já para a Educação já começou. A votação acontece no período de 6 de novembro a 6 de dezembro.

A pergunta do Plebiscito é: ‘Você é a favor do investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para Educação Pública Já?’. Com as possibilidades de resposta ‘Sim’ ou ‘Não’. Também foi definido que os estados terão autonomia para colocar uma pergunta específica sobre a realidade de cada local. Para a votação, é necessário garantir as cédulas, as listas de votantes, as atas de apuração, uma urna (que pode ser adquirida com algum sindicato que as tenha, ou pode ser improvisada, como é característico dos plebiscitos organizados pelos movimentos sociais) e muita disposição de debater, conversar e apresentar para a população brasileira esta luta justa e fundamental para toda a juventude e a classe trabalhadora do nosso país.

É hora do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já! Procure o Sindsaúde de Mossoró e saiba como e onde votar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Deu na Imprensa

Servidores da Saúde participam de caravana

Objetivo é abrir as negociações da pauta de reivindicações 2011 com o Governo

Vários servidores de Mossoró vão se juntar a outros trabalhadores da rede estadual de saúde em uma paralisação de advertência. O protesto acontecerá durante um ato público no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal e amanhã, 9, em Caicó. O objetivo é abrir as negociações da pauta de reivindicações 2011 com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

Mais de 30 funcionários do Banco de Leite, Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e Hospital Rafael Fernandes, por exemplo, farão parte da caravana de Mossoró que participará somente do movimento em Caicó, nesta quarta-feira.

"Vamos ter diversas caravanas saindo de várias cidades para este ato público em Caicó. Este mesmo ato foi realizado aqui em Mossoró em setembro; já teve também em Pau dos Ferros e agora é em Natal e lá [em Caicó]. Outras cidades mais próximas vão mandar pessoal para Natal", explica João Morais, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SINDISAÚDE) de Mossoró, acrescentando que essas ações "já é preparando para uma greve".

Os servidores alegam que entregaram a pauta de reivindicações ao Estado ainda em maio, mas até agora não conseguiram abrir as negociações. Desde então, segundo eles, o Governo vem negociando dívidas antigas, mas ainda não sinalizou sobre as novas reivindicações.

Os trabalhadores pedem um reajuste de 7,01% (inflação acumulada até abril 2011), criação da tabela de incentivo à qualificação (vetada quando o Plano de Cargos foi implantado em 2006), reajustes nas gratificações, contratação de concursados e melhores condições de trabalho. A categoria também luta para que os plantões indenizatórios realizados entre agosto de 2010 e abril de 2011 sejam pagos.

Fonte: Gazeta do Oeste - 07/11/2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sem lutas

DIREÇÃO ESTADUAL DO SINDSAÚDE NÃO QUER A GREVE

No dia 23 de setembro, cerca de 100 servidores estaduais da saúde foram às ruas de Mossoró protestar contra o descaso do governo Rosalba Ciarlini (DEM). A mobilização ocorreu na Praça da Independência e contou com a participação de servidores de Natal, Pau dos Ferros, Apodi e Assú. Entre as reivindicações, estão o pagamento das indenizações e o reajuste salarial de 7,1%. Os servidores cobram também o pagamento da progressão de 3%, conforme avaliação de desempenho realizada em novembro do ano passado.

Direção estadual não quer greve
Nas assembleias realizadas em Natal, a direção estadual do Sindsaúde tem feito o papel contrário de um sindicato de luta. Ao invés de preparar e incentivar os servidores para a greve, está transmitindo o medo para a categoria, argumentando que os trabalhadores que fizeram greve esse ano foram derrotados e tiveram o ponto cortado.

“A categoria não descarta a possibilidade de declarar greve. O problema é que a direção estadual do Sindsaúde não quer. Eles (a direção em Natal) não estão mobilizando os trabalhadores como deveriam fazer, não há reuniões nos hospitais para organizar e encorajar a categoria para uma greve.”, denuncia João Morais, do Sindsaúde de Mossoró. “Em nossa região, nós organizamos e preparamos as greves, como por exemplo em Felipe Guerra. Mas a direção estadual não tem feito o mesmo com os servidores do Estado.”, completa.

A responsabilidade de iniciar uma greve no Estado é da direção estadual. As regionais devem acompanhar a luta.

Saúde Estadual

TERCEIRIZADOS FAZEM GREVE

Os trabalhadores da empresa terceirizada JMT Service, que fornece mão-de-obra ao governo do Estado, cruzaram os braços no dia 26 de outubro. A greve foi iniciada contra o atraso no pagamento dos salários de setembro e outubro da categoria, que é formada por auxiliares de serviços gerais, maqueiros e copeiros. Revoltados com o desrespeito da empresa e do governo de Rosalba Ciarlini (DEM), os terceirizados dos hospitais Tarcísio Maia e Rafael Fernandes decidiram acompanhar os colegas de Natal, que já haviam entrado em greve. Os trabalhadores da JMT são responsáveis pela limpeza, higienização e copa de várias unidades do Estado em Mossoró. Nos hospitais, o funcionamento de 30% dos serviços tem sido respeitado. O Sindsaúde de Mossoró está à frente da organização da greve e apóia o movimento.

Descaso
Segundo informações, a empresa diz não ter como pagar os funcionários porque o governo do Estado não faz o repasse dos recursos há sete meses, embora seja impossível acreditar que a JMT não tenha dinheiro em caixa. Um novo contrato estaria sendo preparado e o governo faria o pagamento de alguns meses para a empresa. Mas os terceirizados já mandaram um aviso para o governo e a empresa. Só voltam ao trabalho com os salários na conta. “Isso é um descaso da empresa e do governo do Estado. Os trabalhadores não podem ser penalizados por um problema entre os patrões e a governadora Rosalba.”, disse João Morais, diretor do Sindsaúde Mossoró.

Na manhã do dia 27 de outubro, o sindicato realizou um protesto em frente ao hospital Rafael Fernandes, com a participação da categoria em greve do Tarcísio Maia. A manifestação ainda contou com a participação dos trabalhadores da firma terceirizada Gascon (Gaspar Serviços e Construções), que também estão em greve por causa de pagamentos irregulares desde junho deste ano.

Desrespeito
Maria* (estamos trocando o nome para evitar represálias) é auxiliar de serviços gerais (ASG) terceirizada do hospital Tarcísio Maia. Ela conta que os trabalhadores já estão passando necessidades devido ao atraso dos salários. “Muito funcionário até fome está passando porque não tem dinheiro. Está tudo atrasado. Aluguel, água, luz.”, relatou. Segundo ela, as condições de trabalho também são precárias. “Muitas vezes faltam materiais básicos, como saco plástico, sabão, álcool e hipoclorito. A gente trabalha sem luva e as botas estão furadas.”, destacou Maria.

Com o apoio do Sindsaúde de Mossoró, os terceirizados seguem firmes em defesa dos seus direitos e contra o trabalho precário no serviço público.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Educação Pública

VAMOS ORGANIZAR O PLEBISCITO PELOS 10% DO PIB JÁ PARA A EDUCAÇÃO

Os trabalhadores elegeram Dilma com a esperança de que suas vidas melhorassem. Ainda hoje, a maioria (71%, segundo pesquisas) apóia o governo. Mas, junto com isso, os trabalhadores conhecem a situação em que vivem. Em relação à educação pública, por exemplo, a maior parte (51%) desaprova a política do governo.

Eleição após eleição, os candidatos do PT e da direita (PSDB e DEM) dizem defender a “prioridade para a educação.” Bastaria votar neles e tudo se resolveria. Depois das eleições, porém, tudo continua igual. O PSDB esteve no governo por oito anos e nada mudou. Agora, o PT já inicia um terceiro mandato, sem qualquer modificação de qualidade em relação à educação pública. A privatização do ensino é uma regra em todo o país e estamos pagando a conta.

A situação do ensino é terrível. O Brasil tem o maior índice de analfabetismo da América Latina (9,7%), além dos 30% de analfabetismo funcional. Os professores recebem uma miséria e realizaram greve em todo o país. As creches públicas ainda são ilusões distantes para as famílias pobres. As universidades privadas concentram 74% das vagas no país, enquanto as universidades públicas são abandonadas.

Dilma prometeu "acabar com a miséria" em seu governo. Muitos trabalhadores esperavam isso, ainda mais com todos os investimentos no país para preparar a Copa do Mundo e a Olimpíada. O pré-sal poderia ser usado para melhorar a Educação e a Saúde do povo. Mais uma vez, essas promessas não têm nada a ver com a realidade. Basta ver a situação atual: o crescimento que o país teve durante os dois governos Lula não se reverteu em nenhuma melhoria na educação e saúde públicas.

O futuro será igual ou talvez pior. Todos esses investimentos vão ser feitos em base a um compromisso do governo com as grandes empresas de buscar reduzir os salários e direitos dos trabalhadores para aproximar a situação do Brasil com a existente na China. Investimentos não significam necessariamente distribuição de renda: no caso brasileiro, estão apontando para uma concentração ainda maior. O país cresce, mas só uma minoria fica ainda mais rica.

E a situação que já é muito ruim na educação pública pode piorar. Pode haver uma queda ainda maior, caso a crise econômica internacional atinja o país. Falta dinheiro para a educação? Muitos trabalhadores pensam que o país não tem os recursos necessários para superar problemas, como o caos na educação pública. Isso não é verdade.

O governo tem dinheiro. O que acontece é que destinou 49,15% de tudo que arrecadou em impostos e taxas em 2011 para os banqueiros, para pagar uma dívida que não existe. Isso é mais que 16 vezes o que destina para a educação. Seria possível ter educação pública, gratuita e de qualidade em todo o país, se o governo não tivesse essa relação estreita com os bancos, pagando mais uma vez uma dívida que já foi paga inúmeras vezes. Os banqueiros mandam no país. E eles não precisam da educação pública.

Sempre vai ser assim?
Outros pensam que a situação da Educação sempre foi assim. E que isso nunca vai mudar. Será mesmo? É verdade que o Brasil nunca foi exemplo, mas a privatização das últimas décadas mudou para pior. Em geral, no século passado, as melhores escolas do ensino básico de cada cidade eram públicas.

Lula herdou a situação terrível causada pela privatização promovida pelos governos da direita. Manteve e aprofundou a privatização da Educação, levando ao caos atual. Não é verdade que tudo vai continuar da mesma forma porque “os brasileiros” são assim mesmo. A verdade é que essa situação possibilita muitos lucros para as grandes empresas que lucram com a privatização. Por que não é possível mudar isso?

Diante dessa situação, a CSP-Conlutas, a ANEL, o ANDES-SN e diversas outras entidades decidiram convocar a população para participar de um plebiscito no mês de novembro. Nesse plebiscito, a população dirá se está de acordo com a proposta de investir 10% do PIB (Produto Interno Bruto) já em educação pública. Chamamos todas as entidades do movimento sindical, popular e estudantil a se engajarem nessa campanha, organizando o plebiscito em suas cidades.

É preciso dar um basta no caos atual da educação. Vamos fazer uma grande mobilização, realizando o plebiscito por todo o país para exigir de Dilma 10% do PIB já para a educação pública.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Deu na Imprensa

Terceirizados mantêm greve

Os servidores terceirizados contratados para o serviço de higienização dos hospitais de Mossoró e região, que estão em greve desde a última quarta-feira, se reuniram em frente ao Hospital Rafael Fernandes para protestar contra o atraso nos salários.

A mobilização organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (SINDSAÚDE) contou com a presença dos servidores do hospital que também reclamam da escala de trabalho durante a greve.

Segundo o presidente do sindicato, João Morais, a paralisação só será encerrada quando for efetuado o pagamento do salário referente ao mês de setembro, previsto para o dia 3 de novembro.

No entanto, João Morais afirma que se até o dia 8 de novembro não for efetuado o pagamento de outubro, os servidores retomarão a greve por tempo indeterminado.
Em audiência com a empresa terceirizada fornecedora de mão-de-obra, o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, se comprometeu a efetuar o salário de setembro no dia 3 de novembro e o salário de outubro no quinto dia útil do mesmo mês.

Além da participação dos servidores terceirizados contratados para a higienização hospitalar, a mobilização contou com a presença de trabalhadores contratados para a realização de reformas nas estruturas dos prédios do governo estadual, que também reclamam de atrasos no pagamento dos salários.

Cerca de vinte trabalhadores da construção civil, que estão responsáveis pela reforma no Hospital Rafael Fernandes, também decidiram parar as atividades. Um deles, o pedreiro Raimundo da Silva Neto reclama que sua carteira está assinada pela empresa terceirizada, mas o espaço destinado para o preenchimento do cargo que o trabalhador ocupa na empresa permanece em branco.

Fonte: Jornal de Fato - 28/10/2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Deu na Imprensa

Trabalhadores terceirizados que atuam em unidades hospitalares estaduais em Mossoró deflagram greve

Os trabalhadores terceirizados da empresa JMT que atuam em unidades hospitalares do Estado em Mossoró deflagraram greve ontem, 26. A paralisação foi motivada pelo atraso dos salários dos funcionários, que há um mês não recebem os proventos. Em protesto pela falta de pagamento, os trabalhadores se reuniram defronte ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).

De acordo com o diretor local do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), João Morais, ao todo, 300 trabalhadores da JMT atuam nas unidades hospitalares e órgãos da saúde do Governo do Estado na cidade. Segundo ele, a decisão de deflagrar a greve por tempo indeterminado foi a medida encontrada pelos trabalhadores para pressionar o pagamento do salário do mês de setembro.

"Os funcionários terceirizados da JMT pararam as atividades oficialmente hoje (ontem) e voltarão como o pagamento do salário atrasado. Eles trabalharam e estão reivindicando apenas o que é de direito dos trabalhadores", enfatiza João Morais.

O diretor do Sindsaúde destaca que os trabalhadores terceirizados são responsáveis pela limpeza, higienização e copa de várias unidades do Estado em Mossoró. "Os funcionários estão distribuídos no Hospital Regional Rafael Fernandes, no Hospital Regional Tarcísio Maia, II Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap) e Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat). Porém, a maioria deles atua no HRTM e Rafael Fernandes", revela João Morais.

Conforme o supervisor da empresa JMT, Édson Ricardo, o atraso do pagamento dos salários dos trabalhadores ocorreu devido ao término do contrato da empresa com o Estado. Entretanto, ele adianta que o impasse será resolvido em breve, pois um novo contrato foi firmado viabilizando o repasse. "O novo contrato foi firmado com a JMT por mais um ano e o secretário de Saúde do Estado se comprometeu a fazer o repasse amanhã (hoje)", ressalta o supervisor da JMT, Édson Ricardo.

Fonte: O Mossoroense - 27/10/2011