quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Em Mossoró...

TRABALHADORES PODEM VOTAR NO PLEBISCITO PELOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO NA SEDE DO SINDSAÚDE DE MOSSORÓ

Desde o dia 6 de novembro, o Plebiscito Popular sobre o investimento imediato de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação pública segue firme em todo o Brasil e também no Rio Grande do Norte. O objetivo da campanha é mostrar ao governo federal que os trabalhadores e a juventude brasileira querem e precisam que 10% de toda a riqueza do país seja destinado para o ensino público. Não é possível esperar mais dez anos para que se invista apenas 7% do PIB em 2020, como desejam a presidenta Dilma e o ministro Fernando Haddad. A necessidade da educação é imediata. Investir 10% do PIB significa aplicar agora na educação dos filhos dos trabalhadores mais de R$ 360 bilhões. Uma reivindicação mais do que justa.

Por isso, o Sindsaúde de Mossoró integra e apoia essa campanha. Defenda essa causa você também. Vote na urna que se encontra na sede do sindicato em nosso município. Ajude a pressionar o Governo Dilma a aumentar o investimento no ensino público brasileiro de forma imediata. Participe do Plebiscito!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Internacional

Egípcios voltam à Praça Tahrir e exigem a saída dos militares do poder

Revolução egípcia continua e agora enfrenta o regime militar, resquício da ditadura Mubarak; repressão já matou 30 pessoas

Meses após a onda de revoltas que estremeceu o norte da África e derrubou a ditadura de Hosni Mubarak, o povo egípcio entrou novamente em cena e mostrou que a revolução não terminou. Desta vez o alvo principal é a Junta Militar que substituiu o ditador e tenta agora se perpetuar no poder. Milhares de jovens ocuparam mais uma vez a Praça Tahrir, no último dia 18, no centro do Cairo, exigindo a saída dos militares e a transição para um governo civil, por meio de eleições.

A resposta do regime militar foi brutal. A repressão começou já no dia seguinte, com centenas de soldados e policiais. Duas pessoas teriam morrido nos enfrentamentos pelo controle da Praça Tahrir. Assim como na ditadura de Mubarak, a repressão do governo só reforçou os protestos. Nas horas seguintes, milhares de jovens se encaminhavam à praça para enfrentar as forças de segurança.

O centro se transformou em um enorme campo de batalha pelo controle da praça. No dia 20 de novembro, segundo a imprensa internacional, 10 pessoas morreram e no dia 21, mais 14 pessoas. Enquanto fechávamos esse texto, o número de mortos chegava a 30. Já o número de feridos ultrapassava os 1700. Médicos que tratavam dos feridos em hospitais de campanha na praça afirmavam que muitos foram atingidos por armas de fogo.

Expressando a crise que atinge a cúpula do atual governo egípcio, o ministro da Cultura Emad Abu Ghazi renunciou nesse dia 20 em protesto contra a repressão aos manifestantes. Na tarde desse dia 21, o governo interino (de fachada dos militares) encabeçado pelo primeiro-ministro Essam Sharaf apresentou sua demissão ao Conselho Supremo das Forças Armadas (Scaf, na sigla em inglês).

Golpe
Quando os jovens egípcios derrubaram a ditadura de Hosni Mubarak em 25 de janeiro desse ano, pondo fim a 29 anos de ditadura, as Forças Armadas se colocaram como mediadoras rumo a um governo civil. Aproveitaram a autoridade que a instituição goza no país para se colocarem como forças supostamente neutras, mas logo revelaram suas verdadeiras intenções. Apesar de o povo egípcio ter arrancado importantes conquistas democráticas após a revolução, a repressão às manifestações continuou. Antigos líderes de Mubarak permanecem livres e impunes e os órgãos de repressão intocados.

A Junta Militar também atua para manter seu poder. No dia 28 de novembro estavam marcadas as eleições legislativas que elegeriam os parlamentares responsáveis por aprovar a nova constituição do país. A Junta, pelo cronograma anunciado, ficaria no poder até pelo menos o final de 2012, já que as eleições para o Executivo sequer estão programadas. Além disso, os militares querem manter seu poder aprovando medidas extra-constitucionais que manteriam a instituição independente do governo eleito. Teria, na prática, poder de veto a qualquer medida de um futuro governo civil eleito nas urnas. Vários partidos anunciaram o boicote à farsa das eleições.

À frente do Conselho Supremo das Forças Armadas, e na prática no poder de fato do país, está Mohamed Husseni Tantawi, antigo aliado de Mubarak e seu ex-ministro de Defesa por 20 anos. Tantawi manteve intacta a estrutura autoritária da ditadura e comanda a repressão contra os manifestantes.

Revolução democrática prossegue
O povo egípcio, com os jovens à frente, por sua vez, não recua mesmo diante da dura repressão dos militares, que rapidamente vão se desgastando junto à população na medida em que revela seu verdadeiro papel. Ao mesmo tempo em que tentam se perpetuar no poder, porém, os militares não têm forças para reimplantar uma ditadura nos moldes da era Mubarak. A resistência nas ruas mostra que a população não aceita o retrocesso da revolução e os ânimos revelam que os milhares de jovens não recuarão até que a junta militar caia.

"As pessoas se sentem enganadas, e que eles mudaram de uma autocracia para uma ditadura militar”, afirmou à rede CNN o ativista Mosa’ab Elshamy. "O conselho militar é lixo. Mubarak ainda está vivo e bem, e as pessoas estão morrendo", disse Zahra, expressando a insatisfação da população. Além da manutenção de um governo autoritário, a pobreza, um dos principais motivos da revolta, continua fustigando principalmente a juventude egípcia.

O Movimento 6 de Abril, um dos protagonistas do levante contra a ditadura Mubarak, divulgou um comunicado em que exige a imediata convocação de eleições presidenciais, a serem realizadas até abril de 2012. Além disso, o movimento exige o julgamento dos líderes da repressão e a saída imediata de Tantawi. "O Movimento 6 de Abril declara que seus membros estarão protestando na Praça Tahrir até que esses objetivos sejam alcançados", diz o comunicado.

"Estamos aqui hoje e estivemos esses dias nessa que é provavelmente a maior mobilização após Mubarak ter caído no dia 11 de fevereiro, para continuar essa revolução e terminar o trabalho que ficou inacabado, que é erradicar esse velho regime", afirmou ao canal Al Jazeera o manifestante Hossam el-Hamalawi.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Deu na Imprensa

SANEAMENTO ESTÁ EM BAIXA NO RN

Com apenas 17% dos domicílios ligados à rede geral de esgotos, 35% dos municípios com serviço de coleta e com 80% das cidades depositando o lixo a céu aberto, o Rio Grande do Norte aparece como exemplo negativo no "Atlas de Saneamento Básico 2011", divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos números de 2008. No caso de serviços de coleta de esgotos, o RN está distante dos vizinhos Ceará (70%), Paraíba (73%) e Pernambuco (88%).

De acordo com a pesquisa, entre 2000 e 2008, o número de municípios potiguares com rede de esgoto aumentou de 52 para 59. Já as taxas de internações por doenças relacionadas com o saneamento ambiental inadequado - diarréias, dengue e leptospirose - atingiram níveis preocupantes. O Atlas cita o caso do município de Rafael Godeiro, que apresentou a maior taxa de internação por diarréia no Brasil em 2008 (6,8 ocorrências por 100 habitantes). Os dados mostram que o Rio Grande do Norte está numa situação inferior às taxas médias do Brasil e do Nordeste, que têm 55% e 46% respectivamente, atendidos por rede coletora de esgotos.


Com informações da Tribuna do Norte

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Educação Pública

Já começou o plebiscito da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

O Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB já para a Educação já começou. A votação acontece no período de 6 de novembro a 6 de dezembro.

A pergunta do Plebiscito é: ‘Você é a favor do investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para Educação Pública Já?’. Com as possibilidades de resposta ‘Sim’ ou ‘Não’. Também foi definido que os estados terão autonomia para colocar uma pergunta específica sobre a realidade de cada local. Para a votação, é necessário garantir as cédulas, as listas de votantes, as atas de apuração, uma urna (que pode ser adquirida com algum sindicato que as tenha, ou pode ser improvisada, como é característico dos plebiscitos organizados pelos movimentos sociais) e muita disposição de debater, conversar e apresentar para a população brasileira esta luta justa e fundamental para toda a juventude e a classe trabalhadora do nosso país.

É hora do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já! Procure o Sindsaúde de Mossoró e saiba como e onde votar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Deu na Imprensa

Servidores da Saúde participam de caravana

Objetivo é abrir as negociações da pauta de reivindicações 2011 com o Governo

Vários servidores de Mossoró vão se juntar a outros trabalhadores da rede estadual de saúde em uma paralisação de advertência. O protesto acontecerá durante um ato público no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal e amanhã, 9, em Caicó. O objetivo é abrir as negociações da pauta de reivindicações 2011 com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

Mais de 30 funcionários do Banco de Leite, Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e Hospital Rafael Fernandes, por exemplo, farão parte da caravana de Mossoró que participará somente do movimento em Caicó, nesta quarta-feira.

"Vamos ter diversas caravanas saindo de várias cidades para este ato público em Caicó. Este mesmo ato foi realizado aqui em Mossoró em setembro; já teve também em Pau dos Ferros e agora é em Natal e lá [em Caicó]. Outras cidades mais próximas vão mandar pessoal para Natal", explica João Morais, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SINDISAÚDE) de Mossoró, acrescentando que essas ações "já é preparando para uma greve".

Os servidores alegam que entregaram a pauta de reivindicações ao Estado ainda em maio, mas até agora não conseguiram abrir as negociações. Desde então, segundo eles, o Governo vem negociando dívidas antigas, mas ainda não sinalizou sobre as novas reivindicações.

Os trabalhadores pedem um reajuste de 7,01% (inflação acumulada até abril 2011), criação da tabela de incentivo à qualificação (vetada quando o Plano de Cargos foi implantado em 2006), reajustes nas gratificações, contratação de concursados e melhores condições de trabalho. A categoria também luta para que os plantões indenizatórios realizados entre agosto de 2010 e abril de 2011 sejam pagos.

Fonte: Gazeta do Oeste - 07/11/2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sem lutas

DIREÇÃO ESTADUAL DO SINDSAÚDE NÃO QUER A GREVE

No dia 23 de setembro, cerca de 100 servidores estaduais da saúde foram às ruas de Mossoró protestar contra o descaso do governo Rosalba Ciarlini (DEM). A mobilização ocorreu na Praça da Independência e contou com a participação de servidores de Natal, Pau dos Ferros, Apodi e Assú. Entre as reivindicações, estão o pagamento das indenizações e o reajuste salarial de 7,1%. Os servidores cobram também o pagamento da progressão de 3%, conforme avaliação de desempenho realizada em novembro do ano passado.

Direção estadual não quer greve
Nas assembleias realizadas em Natal, a direção estadual do Sindsaúde tem feito o papel contrário de um sindicato de luta. Ao invés de preparar e incentivar os servidores para a greve, está transmitindo o medo para a categoria, argumentando que os trabalhadores que fizeram greve esse ano foram derrotados e tiveram o ponto cortado.

“A categoria não descarta a possibilidade de declarar greve. O problema é que a direção estadual do Sindsaúde não quer. Eles (a direção em Natal) não estão mobilizando os trabalhadores como deveriam fazer, não há reuniões nos hospitais para organizar e encorajar a categoria para uma greve.”, denuncia João Morais, do Sindsaúde de Mossoró. “Em nossa região, nós organizamos e preparamos as greves, como por exemplo em Felipe Guerra. Mas a direção estadual não tem feito o mesmo com os servidores do Estado.”, completa.

A responsabilidade de iniciar uma greve no Estado é da direção estadual. As regionais devem acompanhar a luta.

Saúde Estadual

TERCEIRIZADOS FAZEM GREVE

Os trabalhadores da empresa terceirizada JMT Service, que fornece mão-de-obra ao governo do Estado, cruzaram os braços no dia 26 de outubro. A greve foi iniciada contra o atraso no pagamento dos salários de setembro e outubro da categoria, que é formada por auxiliares de serviços gerais, maqueiros e copeiros. Revoltados com o desrespeito da empresa e do governo de Rosalba Ciarlini (DEM), os terceirizados dos hospitais Tarcísio Maia e Rafael Fernandes decidiram acompanhar os colegas de Natal, que já haviam entrado em greve. Os trabalhadores da JMT são responsáveis pela limpeza, higienização e copa de várias unidades do Estado em Mossoró. Nos hospitais, o funcionamento de 30% dos serviços tem sido respeitado. O Sindsaúde de Mossoró está à frente da organização da greve e apóia o movimento.

Descaso
Segundo informações, a empresa diz não ter como pagar os funcionários porque o governo do Estado não faz o repasse dos recursos há sete meses, embora seja impossível acreditar que a JMT não tenha dinheiro em caixa. Um novo contrato estaria sendo preparado e o governo faria o pagamento de alguns meses para a empresa. Mas os terceirizados já mandaram um aviso para o governo e a empresa. Só voltam ao trabalho com os salários na conta. “Isso é um descaso da empresa e do governo do Estado. Os trabalhadores não podem ser penalizados por um problema entre os patrões e a governadora Rosalba.”, disse João Morais, diretor do Sindsaúde Mossoró.

Na manhã do dia 27 de outubro, o sindicato realizou um protesto em frente ao hospital Rafael Fernandes, com a participação da categoria em greve do Tarcísio Maia. A manifestação ainda contou com a participação dos trabalhadores da firma terceirizada Gascon (Gaspar Serviços e Construções), que também estão em greve por causa de pagamentos irregulares desde junho deste ano.

Desrespeito
Maria* (estamos trocando o nome para evitar represálias) é auxiliar de serviços gerais (ASG) terceirizada do hospital Tarcísio Maia. Ela conta que os trabalhadores já estão passando necessidades devido ao atraso dos salários. “Muito funcionário até fome está passando porque não tem dinheiro. Está tudo atrasado. Aluguel, água, luz.”, relatou. Segundo ela, as condições de trabalho também são precárias. “Muitas vezes faltam materiais básicos, como saco plástico, sabão, álcool e hipoclorito. A gente trabalha sem luva e as botas estão furadas.”, destacou Maria.

Com o apoio do Sindsaúde de Mossoró, os terceirizados seguem firmes em defesa dos seus direitos e contra o trabalho precário no serviço público.