quinta-feira, 12 de setembro de 2019

O abandono das Unidades Básicas de Saúde em Mossoró-RN


Sindsaúde elabora reportagem sobre o fechamento da UBS dos Pereiros e do CAIC – Belo Horizonte

As Unidades Básicas de Saúde são as portas de entrada preferenciais no Sistema Único de Saúde (SUS). Responsáveis por garantir atendimento clínico, odontológico, a validação de exames e a distribuição de medicamentes – as UBS são distribuídas territorialmente e deveriam garantir um nível de atenção básica de saúde para as populações dos bairros urbanos e rurais.

Todavia, a situação da saúde pública começa a se complicar quando suas portas de entrada se encontram fechadas. É o caso da Unidade Básica de Saúde Dr. Helênio Gurgel (UBS dos Pereiros), que já se encontra fechada desde o começo do ano de 2019. Os mais de 9 (nove) meses de abandono já se tornam evidentes nas condições físicas e estruturais do prédio. Em frente à unidade, acumulam-se morros de entulho e lixo. Uma cratera se abre no chão da calçada: água está jorrando. As paredes externas da unidade se encontram totalmente deterioradas.          

Durante a visita, o vizinho esclareceu à assessoria de comunicação do Sindsaúde Mossoró a origem oculta da deterioração estrutural do imóvel: “um dia sim, outro não, quando enchia a caixa d’água, a água infiltrava pelas paredes, inclusive alagando por fora e chegando até minha calçada. Quando (a unidade) estava funcionando, eu vivia pedindo para resolverem”. Todavia, o problema das infiltrações nunca foi resolvido, e provavelmente piorou com o tempo, levando ao fechamento da unidade. Nenhuma reforma se encontra em andamento no local, e não há previsão oficial anunciada pela Secretária Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Mossoró.

Enquanto a equipe do Sindsaúde Mossoró estava em frente à unidade, um idoso que estava passando na rua no momento perguntou se haveria alguma previsão de reabertura. Diante da negativa, o idoso informou que “quando funcionava, (a unidade) fazia consultas todo dia, distribuía fichas” para as pessoas do Alto da Conceição. Com o fechamento da unidade, muitos usuários(as) do SUS estão se encaminhando a pé para a UBS Dr. José Leão, no Belo Horizonte – local para onde foram realocados os(as) profissionais que lá trabalhavam.

A situação da UBS do CAIC-Belo Horizonte, por sua vez, é muito mais crítica. Abandonada por vários anos, a unidade se encontra praticamente em ruínas, sem portas, nem janelas, com a infraestrutura compr ometida e tomada pela mata fechada. A condição física do prédio é certamente de difícil reparação (com situação igual ao imóvel vizinho da antiga escola pública – CAIC). Não existe previsão de reforma ou reconstrução por parte da Prefeitura tampouco.

A situação de abandono das UBS, juntamente com a carência de profissionais e medicamentos necessários, é a porta de entrada do problema do SUS. Os problemas estruturais da atenção básica geram efeitos de sobrecarga nas demais unidades funcionais, ao mesmo tempo que se refletem em todo o atendimento de urgência e emergência oferecidos pelas UPAs e hospitais públicos.






terça-feira, 30 de julho de 2019

Não há Raio-X em funcionamento na rede pública municipal de saúde em Mossoró-RN



Sindsaúde denuncia a situação ao Ministério Público do RN

Após denúncia de numerosos(as) usuários(as) da saúde, o Sindsaúde Mossoró constatou que o serviço de Raio-X não está mais sendo oferecido na rede pública municipal de Mossoró. Presentemente, todos os equipamentos de Raio-x se encontram quebrados e/ou em manuntenção: o serviço era oferecido nas unidades da UPA do Belo Horizonte e do PAM do Bom Jardim.

Uma população de quase 300 mil habitantes se encontra desamparada, sem poder ter acesso a um serviço de saúde básico. Na manhã desta terça-feira 30 de julho, o coordenador estadual do Sindsaúde/RN - João Morais Pereira - e a diretora regional do Sindsaúde Mossoró - Jussirene Maria de Oliveira - foram à Promotoria da Saúde do Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciar a situação inaceitável e afrontosa ao direito fundamental à saúde pública, previsto na Constituição Federal.

O Sindsaúde Mossoró exige que a Prefeitura Municipal de Mossoró tome as providências necessárias para o reestablecimento do serviço de Raio-X na rede pública municipal de saúde na cidade de Mossoró-RN.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A vanguarda do atraso: sobre o fim do desconto sindical em Mossoró






Em uma sessão tumultuada na quarta-feira 05/06, 12 vereadores(as) da bancada governista (com o apoio do "independente" João Gentil) aprovaram o projeto de lei n º 139, que revoga o inciso 3° do artigo 200 do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais. Com a referida alteração, está extinta a obrigação da Prefeitura de Mossoró de realizar o desconto em folha em prol das sócias e sócios dos sindicatos que atuam a nível de município.


Com a sanção provável da autora, Mossoró se adianta em relação à Brasília no seu projeto antidemocrático de perseguição aos sindicatos, materializando-se em lei municipal a Medida Provisória nº 873 de Jair Bolsonaro (PSL), que - por sua vez - tem constitucionalidade e legalidade questionadas nos Tribunais Superiores.




Se Bolsonaro sofreu pressões de todos os tipos (inclusive institucionais) para implantar o desmantelamento do movimento sindical no Brasil, Rosalba ditou a aprovação desta lei de tal maneira que o projeto nem sequer chegou a ser discutido em seu conteúdo - como bem apontou Carol Ribeiro. Em uma sessão tumultuada, que foi suspensa de maneira regimental para depois ser reiniciada de maneira ilegítima - o que levou vereadores da oposição a esvaziar a sessão - o projeto foi votado e aprovado sem nem sequer ser tratado no seu mérito.




Além da ilegitimidade na retomada da sessão, alegada pela bancada de oposição em uníssono (e que teve sua voz silenciada algumas vezes no decorrer da manhã, como na ocasião em que foi negada a oportunidade de pronunciamento do vereador Gilberto Diógenes), questionou-se também a motivação do "regime de urgência" correspondente ao projeto: "Rosalba quer aprovar logo a lei para comemorar no Pingo? - provocou um dos oradores no 'pequeno expediente'".


O fim do desconto sindical se configura enquanto intervenção direta do Estado na organização sindical: trata-se de pauta política de viés autoritário, pois desmantela uma forma historicamente criada e implementada de financiamento das entidades sindicais, vale ressaltar, de maneira expressamente autorizada pelos servidores. Além de violar o princípio da liberdade sindical, expresso pela OIT, configura-se enquanto expressão local do rompimento e o pacto de uma coexistência "tolerante" entre sindicatos e o Estado. O Sindguardas, diretamente afetado com a medida, compreendeu a problemática em nota de repúdio contra a aprovação do projeto: "Tal prática arbitrária e antisindical só reafirma quais são os reais interesses da Prefeitura de Mossoró, que aliada ao governo Bolsonaro visa enfraquecer o movimento sindical e deixar o caminho livre para destruir de vez os direitos trabalhistas e sociais."


Em um período de fortes críticas às Instituições, os sindicatos são uma maneira de expressar os anseios de trabalhadores e trabalhadores e expressar oposição a medidas do governo. Não é por acaso o contexto de perseguição a qualquer tipo de oposição, em todos os níveis de governo: o projeto de destruição do Estado Social, privatizações, entreguismo das riquezas nacionais e cerceamento das liberdades democráticas e das políticas de tolerância não aceita questionamento. Mossoró se mostra como a vanguarda do atraso no projeto antidemocrático de perseguição aos sindicatos - que, infelizmente, já não está mais no campo do discurso. Isto só foi possível por uma combinação de fatores: em um contexto de decadência das oligarquias tradicionais, Rosalba é permanência e segue mantendo as rédeas do poder instituído - o que tornou possível tornar lei nessas terras o que Bolsonaro ainda não conseguiu a nível federal.



O baque é duro para o Sindsaúde, representando parte expressiva de seu orçamento, e pior ainda para o Sindserpum e o Sindguardas, que dependem integralmente da contribuição de servidores(as) municipais. A implementação deste projeto, a nível federal, é não apenas um golpe contra o financiamento das entidades sindicais, mas também um negócio muito lucrativo para instituições financeiras - visto a obrigatoridade de recolhimento das contribuições estar vinculado às formas de boleto bancário ou débito automático. Afinal de contas, enqunto se conforma a abolição do desconto sindical no âmbito da administração pública, a consignação em folha dos bancos frente ao funcionalismo (como no caso de empréstimos) segue plenamente em vigor.

Confira a lista dos(as) vereadores que votaram a favor:





Francisco Carlos (PP), Aline Couto (sem partido),  Manoel Bezerra (PRTB), Didi de Arnor (PRB), Sandra Rosado (PSDB), Tony Cabelos (PSD), Rondinelli Carlos (PMN), Alex Moacir (MDB), João Gentil (PATRI),  Ricardo de Dodoca (Pros), Zé Peixeiro (PTC), Maria das Malhas (PSD) e Didi de Arnor (PRB).


A bancada da Oposição ausentou-se, compreendendo que a retomada da sessão se deu de forma forçada e ilegítima.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Profissionais do Hospital Regional de Assú se queixam de abusos sofridos em visita do Sindsaúde/RN

"Jogaram sapatos, redes, jogaram nossas coisas fora sem nem pedir permissão." Servidoras e servidoras relatam prejuízos materiais com mudança arbitrária no sistema de armários, que deixaram de ser pessoais e passaram a ser rotativos durante a direção passada de Dra. Liduina. Sindicato sentou com novo diretor Andriério Lopes, que, por sua vez, não se comprometeu a reverter a polêmica decisão.

Na manhã desta terça-feira 16 de abril a direção do Sindsaúde Mossoró visitou o Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos, em Assú/RN. Na ocasião, servidoras e servidores do hospital se reuniram com o sindicato no refeitório do hospital.

Inicialmente, o coordenador estadual João Morais relatou as reivindicações atendidas com o término da greve da saúde estadual, bem como a vitória judicial do Sindsaúde no STF, que garante o pagamento dos salários atrasados com juros e correções monetárias. O sindicato aguarda que o processo volte à primeira instância para que se proceda à notificação do Estado no TJ-RN.

Após serem abertas as falas às pessoas presentes, relatou-se uma insatisfação com a situação desencadeada a partir da mudança no sistema de armários - que deixaram de ser pessoais e passaram a ser rotativos - desde decisão proferida na última gestão de  Liduina Maria Dantas de Melo. Conforme relato de diversos trabalhadores e trabalhadoras, a mando da ex-diretora, "jogaram sapatos, redes, jogaram nossas coisas fora sem nem pedir permissão" na implementação da mudança. De acordo com outra pessoa presente, "a situação ainda é mais absurda pois os próprios servidores que adquiriram vários armários, do seu bolso".

Sindicato se reúne com novo diretor geral do Hospital Regional de Assú, Andrierio Lopes


Em reunião com o atual diretor geral do Hospital, Andrierio Lopes, o mesmo não se comprometeu a reverter a polêmica mudança do sistema de armários. Na ocasião, apuraram-se também outras reinvindicações dos(as) profissionais da unidade hospitalar, tais como a inexistência da divisão de gênero no repouso, com homens e mulheres dividindo os mesmos espaços; e as denúncias de assédio moral entre servidores no interior da unidade;  e de mudanças arbitrárias de setor de trabalho. 

Tais denúncias foram ventiladas nos corredores do Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos em todo o decorrer do conturbado mandato da última diretora, que sofreu reiteradas denúncias por parte da imprensa local e de trabalhadoras e trabalhadores da unidade. A ex-diretora pediu exoneração no dia 10 de abril de 2019, sendo substituída por Andrierio Lopes por ato do governo do Estado do RN.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Sindsaúde/RN promove reunião jurídica no Hospital Regional de Apodi

Na ocasião, sócios e sócias aproveitaram para tirar dúvidas com o advogado do Sindsaúde - Regional de Mossoró - Dr. Josimar Nogueira

Na manhã da segunda-feira 15 de abril o Sindsaúde/RN - Regional de Mossoró - promoveu reunião de sócias e sócios junto ao assessor jurídico do sindicato - Dr. Josimar Nogueira -no Hospital Regional Hélio Morais Marinho, em Apodi/RN.

Inicialmente, Dr. Josimar teceu alguns comentários gerais sobre as condições necessárias para o acesso ao direito da aposentadoria, seja a aposentadoria comum, sejam as hipóteses de aposentadoria especial por insalubridade - que requer um tempo menor de 25 (vinte e cinco) anos de serviço. O advogado orientou que profissionais não precisam gozar de todas as licenças para dar entrada na aposentadoria, e que servidores(as) que tiveram sua insalubridade cortada devem buscar o sindicato para reaver o tempo perdido.

Na ocasião, servidoras e servidores aproveitaram para tirar todas suas dúvidas junto ao advogado e apresentar seus respectivos processos. Alguns(mas) profissionais aproveitaram o momento e pediram para se filiar ao Sindsaúde/RN.

sábado, 6 de abril de 2019

Sindsaúde promove palestra sobre Reforma da Previdência em Pau dos Ferros

Debate ocorreu no auditório da VI URSAP e contou com a participação do advogado trabalhista Taiguara Fontes, da servidora do INSS e diretora do Sindprevs/RN, Meirice Fernandes, bem como do representante da CSP-Conlutas Dario Barbosa

Na manhã desta sexta-feira 05 de abril ocorreu uma palestra sobre a Reforma da Previdência de Bolsonaro promovida pelo Sindsaúde - Regional de Pau dos Ferros em conjunto com o Sindprevs/RN - núcleo regional de Mossoró. O debate ocorreu no auditório da VI Regional de Saúde - URSAP.

Iniciou a exposição o advogado trabalhista Taiguara Fontes. Na ocasião, o mesmo expôs números obtidos a partir da Comissão Parlamentar de Inquérito da Reforma da Previdência, que por sua vez traz como resultado a negação do discurso do déficit. Aproveitou, ainda, para criticar o mecanismo de Desvinculação de Receitas da União - DRU: "se existe um único ponto possível de ser reformado, é a extinção das DRUs" - defende.

A segunda pessoa a falar foi a servidora do INSS Pau dos Ferros e diretora do Sindprevs/RN - núcleo regional de Mossoró - Meirice Fernandes. Meirice apontou a contradição entre o discurso do déficit, e aproveitou a deixa para questionar "como o governo pode alegar déficit se ele desconta 30% das verbas da seguridade social todo ano? Na verdade, a previdência é superavitária." esclareceu. A diretora do Sindprevs/RN ainda criticou o sistema de capitalização proposto por Guedes/Bolsonaro, em que as contribuições patronais deixariam de ser obrigatórias e passariam a ser facultativas.

Por fim, falou Dário Barbosa, representando a CSP-Conlutas. Dario taxou a campanha pró-reforma da como um "assassinato da verdade". Comparou, ainda, a proposta de reforma da previdência proposta por Bolsonaro para trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos com o "plano de cargos e carreiras" concedido como um privilégio do governo Bolsonaro para os militares.

Edneudo, coordenador regional do Sindsaude Pau dos Ferros, concluiu expondo as "maldades" da Reforma, como o tempo mínimo de contribuição, e a idade mínima de 62 anos pra mulheres e 65 para homens. Por fim, agradeceu aos presentes, e abriu as falas para aquelas pessoas que porventura tivessem dúvidas ou quisessem manifestar-se.

Sindsaúde/RN promove palestra sobre Reforma da previdência no Hospital Tarcísio Maia

Evento faz parte de um ciclo de debates em hospitais regionais promovido pelo sindicato e contou com a participação de Rivânia Moura, pesquisadora da temática de previdência social e presidenta da ADUERN, e Dário Barbosa, representante da CSP-Conlutas

Na manhã desta quinta-feira 05 de abril o Sindsaúde/RN promoveu um debate público sobre a Reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional (PEC n°6/2019) na sala de reuniões do Hospital Regional Tarcísio Maia. 

João Morais, coordenador estadual do Sindsaúde/RN, introduziu o debate questionando o termo utilizado para descrever a PEC n°6/2019: "reforma da uma impressão que é algo bom, como quando vamos reformar nossa casa. Mas o que estão propondo é a destruição da previdência social".

Rivânia Moura, presidenta da ADUERN e pesquisadora referência em Previdência Social, contestou o discurso de déficit da previdência social utilizado por Guedes/Bolsonaro: "o sistema não é deficitário, por outro lado, todo ano o governo desvia 30% das verbas da previdência para outras áreas, que não são para financiar aposentadorias e pensões, nem assistência, nem saúde pública". Apontou, ainda, a importância das verbas da previdência social para financiar as indústrias e as grandes obras de infraestrutura na história do Brasil república.

Dario Barbosa, representante da CSP-CONLUTAS, por sua vez relembrou que "o que onera de fato o orçamento brasileiro não é a previdência social, mas a dívida pública", que consome quase 50% do dinheiro público todos os anos. Apontou, ainda, que o atual ministro da Economia Paulo Guedes é sócio do BTG-Pactual, devedor da previdência, e que os bancos são os maiores interessados na Reforma da Previdência.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Com tomógrafo quebrado no Hospital Tarcísio Maia, pacientes correm risco de vida

Foto: Jornal O Mossoroense


O tomógrafo do Hospital Tarcísio Maia segue quebrado. Se não bastasse o pequeno número das ambulâncias da SAMU para atender Mossoró e região, elas agora têm uma nova demanda: carregar pacientes em um longo trajeto até Natal.

Nos casos de urgência e emergência, a situação se agrava. Pacientes em estado grave que estejam precisando de um exame de tomografia não podem esperar um trajeto tão longo, o que significa que a omissão do estado em não consertar o tomógrafo faz tais pacientes correrem o risco de morte. Inclusive, na última sexta-feira 29 de março, a imprensa local noticiou que uma equipe da SAMU levava um paciente à Natal e na altura de Assú, na BR-304, o paciente não resistiu e morreu dentro da ambulância.

O Sindsaúde/RN alerta para o crescente risco social à saúde pública que este descaso com o tomógrafo - equipamento hospitalar de natureza essencial – acarreta para a população de Mossoró e região. Pacientes correm o risco de morrer. Neste sentido, anunciamos que através de um ofício, pedimos a tomada de providências junto à promotoria da saúde do Ministério Público do Rio Grande do Norte para sanar esta situação calamitosa.

terça-feira, 26 de março de 2019

Nota do Sindsaúde/RN contra a chamada dos terceirizados da Prefeitura de Assú



O Sindsaúde Mossoró vem por meio desta nota expressar oposição ao projeto de lei nº 07/2019, enviado à Câmara Municipal de Assú em “regime de urgência urgentíssima” pelo atual prefeito do município Gustavo Montenegro Soares. Com a aprovação do referido projeto, o prefeito visa promover à contratação temporária, através de cooperativas, a uma variedade de cargos tais como de artesão, auxiliar administrativo, Auxiliar de Serviços Gerais, motorista, professor, operador de máquinas, médico, entre outros.  

Muito nos impressiona que o mesmo gestor que, alegando o “limite prudencial” tentou demitir 94 concursados admitidos regularmente e com direito adquirido, hoje remeta projeto de lei ao legislativo municipal visando a terceirização de 300 (trezentos) cargos. Vale lembrar que o Sindsaúde – Regional de Mossoró, em 19/12/2017, esteve na rua promovendo um relevante protesto contra esta tentativa, que levou o prefeito a recuar. Com esta medida, quaisquer argumentos “contábeis” caem por terra e a natureza política da escolha do prefeito se revela: invés de um concurso público, interessa muito mais ao gestor a contratação de uma cooperativa em que possa alocar seus apoiadores.

Servidoras e servidores municipais de Assú promoveram uma Assembleia no último 22 de março, em que pautaram o referido projeto legislativo, ocasião em que repudiaram os intentos da gestão, bem como sua falta de respeito com os servidores ao não promover reajustes ao reiterado descumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Assim como expressou a categoria do funcionalismo público de Assú, o Sindsaúde/RN se opõe à generalização das terceirizações por perpetuar práticas da “velha política”, da criação de “cabides” e da continuidade da lógica de troca de favores. A situação de Assú é um demonstrativo particular do problema mais geral do crescimento das terceirizações no serviço público. Para a criação da referida quantidade de cargos, defendemos o imediato arquivamento do PLM 7/2019, a imediata convocação de concurso público e uma política de respeito e valorização do funcionalismo municipal.






segunda-feira, 25 de março de 2019

Sindsaúde Mossoró disponibiliza Prestação de Contas do exercício de 2018



Um sindicato democrático é aquele que é controlado de perto pela base. Isto inclui, além da realização de assembleias, que a direção forneça acesso de todos os dados referentes às contas do sindicato, para que as trabalhadoras e trabalhadores saibam para onde está indo o dinheiro descontado todo mês em seu salário. 

A prestação de contas sempre foi pública, e disponível para quem quiser em nossa sede própria. Avançando ainda mais na transparência e na democracia, já disponibilizamos para consulta on-line toda a Prestação de Contas referente ao ano de 2016 e 2017. Dando continuidade a essa trajetória, o Sindsaúde Mossoró agora disponibiliza a Prestação referente ao exercício anual de 2018

 Acesse a Prestação de Contas do Sindsaúde Mossoró de 2018.1 aqui:

sexta-feira, 22 de março de 2019

Parada nacional contra a Reforma da Previdência reúne cerca de mil pessoas em Mossoró



Pelo menos outras 120 cidades brasileiras sediaram protestos neste 22 de março contra a proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro


Na manhã desta sexta-feira 22 de março mais de mil pessoas tomaram as ruas de Mossoró contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro. O ato foi organizado pelas centrais sindicais CUT, CTB, CSP-CONLUTAS, Intersindical, UGT, bem como pela Frente Brasil Popular e Fórum dos Servidores Públicos do Oeste Potiguar. Mossoró se somou à pelo menos outras 120 cidades em todo o Brasil, que também sediaram protestos contra a polêmica PEC 06/2019.

A programação começou logo cedo: já as 06h petroleiros e ativistas do movimento sindical promoveram uma ‘blitz educativa’ na entrada da Base 34 da Petrobras. Após a parada dos petroleiros, os presentes se direcionaram à concentração da manifestação, que estava marcada para as 08h em frente ao INSS do Aeroporto. Desde a concentração, os sindicatos marcaram presenças com faixas criticando a proposta do governo, em um ato que reunia trabalhadoras e trabalhadores do setor público e privado das mais diversas categorias. Estiveram presentes também estudantes, trabalhadores rurais e mulheres do movimento feminista.

A marcha seguiu pela Avenida Felipe Camarão em direção ao Centro. O ato ainda contou com uma parada em frente à Câmara dos Vereadores de Mossoró, ocasião em que foi realizado um desagravo público contra a postura da casa em reprimir a sindicalista Marleide Cunha (declarada persona non grata apenas por expressar a insatisfação de sua categoria com o governo Rosalba e os vereadores governistas). A manifestação expressou críticas a todos os níveis de governo: as pessoas presentes se colocavam contra o governo Bolsonaro (PSL) e sua reforma da Previdência; grevistas da saúde reivindicavam do governo Fátima (PT) o pagamento dos salários atrasados de 2017 e 2018; e servidores e servidoras municipais expressavam profunda insatisfação com a gestão Rosalba Ciarlini e o parlamento municipal.

O ato terminou seu trajeto na praça do PAX, ocasião em que representantes das centrais sindicais, Frente Brasil Popular e Fórum dos Servidores do Oeste Potiguar – que organizaram o protesto em conjunto – realizaram seus discursos de encerramento. As entidades prometeram não parar de pressionar os parlamentares, e que caso o governo insista na pauta, afirmam que uma nova greve geral (tal como aquela que ocorreu no 28 de abril de 2017) não está descartada.



quarta-feira, 13 de março de 2019

Nota do Sindsaúde contra reiteradas ameaças e perseguição aos grevistas do HRTM



A direção do Hospital Tarcísio Maia segue em sua “caça às bruxas” contra os grevistas. Começou com ameaças do diretor e ex-sindicalista Valmir Alves, que tentava intimidar os grevistas visitando os setores de trabalho onde se concentravam profissionais que aderiram à greve. Agora, setores da enfermagem, em conjunto com a direção, estão partindo das palavras às ações, e além de ameaçar com faltas, estão editando ocorrências contra participantes do movimento paredista.


A ocorrência assinada pela enfermeira Mirella Carla, que teve seu teor vazado e amplamente discutido nos grupos de Whatsapp que reúnem profissionais da saúde, é prova disso, e chegou ao conhecimento do sindicato. A ocorrência narra uma ocasião em que um técnico de enfermagem que afirmava estar participando da greve mediante a escala de revezamento é ameaçado de falta (“caso ele não queira voltar para o setor, ele ficaria com falta”). O servidor ainda veio a ser intimidado em seu direito de greve, sendo levado pela enfermeira à sala de direção para prestar satisfações perante o diretor Dr. Eliézer.



A repressão a servidores grevistas está sendo recorrente no interior do Hospital Tarcísio Maia: a maioria das(os) ativistas estão sendo ameçados de falta e já foram intimidados pela direção do hospital – esta situação é similar em outros hospitais regionais. Mais preocupante ainda é a discussão sobre a legitimidade da greve, levantada na ocorrência. No documento, registram-se, a nosso ver, várias inverdades sobre a Greve da Saúde deflagrada no dia 05 de fevereiro:

  1. “ninguém tinha ciência desse assunto [...] não tinha nada formalizado (sobre) a greve”: a greve foi deliberada por ampla maioria de servidoras e servidores da saúde presentes em assembleia soberana, marcada com a pauta específica sobre a greve. Foi dada ampla publicidade à greve, seguindo todos os trâmites legais, tais como notificação com antecedência mínima de 48 horas, publicação na imprensa estadual, dentre outras.
  2.  não tinha nada oficializado sobre a greve”: De acordo com o narrado ao fim da ocorrência, quando o servidor foi levado à sala da direção, Dr. Eliézer repercutiu a opinião da enfermeira, de que não reconhece greve da saúde como legítima.
  3. quem organiza é o sindicato, não o hospital [...] deveria ter um comando de greve no hospital”:As greves não são do sindicato, mas da categoria de trabalhadoras e trabalhadores da saúde. É fundamental que a própria base assuma o comando da greve. Foi o que ocorreu, desde o início, no interior do HRTM.  Importante relembrar que tanto a escala de revezamento de greve, quanto a questão do comando de greve, foram tratadas e aprovadas em reuniões dos grevistas que ocorreram no próprio Hospital Tarcísio Maia.

Por fim, afirmamos que é preocupante o nível de repressão e perseguição às trabalhadoras e trabalhadoras no HRTM e nos demais hospitais regionais. Nós – sindicato, servidoras e servidores- exigimos, apenas, o cumprimento da lei: o respeito ao direito de greve e o pagamento dos salários atrasados.


O Sindsaúde/RN tomará as medidas judiciais e políticas cabíveis para confrontar qualquer tipo de perseguição aos ativistas no interior dos hospitais públicos do Rio Grande do Norte, até que a governadora apresente um real compromisso no que diz respeito ao pagamento dos nossos salários atrasados.


 Enfermagem e direção do HRTM ameaçam e editam ocorrências contra grevistas